segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Que papel exerce a linguagem no “ler e escrever” nas práticas sociais?


Ser alfabetizado atualmente, isto é, saber ler e escrever, tem se revelado condição insuficiente para responder adequadamente às demandas contemporâneas. Assim como a literatura possui os seus movimentos de mutação e as regras gramáticas a demanda da sociedade sofre modificações, gerando, hoje, uma necessidade de reflexão sobre o texto. Há alguns anos, não muito distantes, bastava que a pessoa soubesse assinar o nome, porque dela só se interessava o voto. Hoje, saber ler e escrever de forma automática (aquela em que só consegue ler) não garante a uma pessoa interação plena com os diferentes tipos de textos que circulam na sociedade (gêneros cujo texto é oferecido através de signos [placas de trânsito] ou os escritos com diferentes tipos de linguagens: formais e informais; Conotada e Denotada. Formais escritos: como jornais, cartas; informais: como o MSN, de redecomunicação (entendemos como rede de comunicação o meio/via de transmissão da comunicação através da rede da internet). É preciso ser capaz de não apenas decodificar os sons e as letras, mas entender, interpretar, conseguir desvendar os significados e usos das palavras em diferentes contextos. No exercício da convivência na sociedade a linguagem vai definir quem ela é e o que ela faz. Muitas vezes a falta dessa prática, desse exercício, acaba se havendo umas incoerências ou, no dito popular, num mau entendimento.