quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

fragmentos: Sono

Sono, sono,
Vasto sono!

fragmentos: Pensamentos num pós horário de almoço

Se teu ombro eu tivesse agora, deitaria minha cabeça nele.
Se um travesseiro eu tivesse agora, descansaria meus pensamentos sobre ele.
Se uma laterna eu tivesse agora, desligaria as luzes aqui e brincaria fazendo formas com as mãos sob a lanterna.
Se o sol eu tivesse, iluminaria até os confins mais solitários da face da terra.

Meus olhos estão cansados, mas minha mente está bem ativa.
Meus olhos virão o que a minha mente explana. Meus olhos viram o que eu não escolhi.
Meus sonhos se guiam só. Meus sonhos são independente das coisas que acontecem a minha volta.

Tenho como costume gostar das pessoas, independente das coisas que elas fazem. Pessoas foram feitas para serem amadas, independente dos que elas digam, do que elas tratam as outras pessoas..

Olho e vejo.
Vejo e olho.

Fluxo do Pensamento: No trabalho

Chegando cedo no trabalho,
é... fazer o que, peguei uma carona.
Cheguei 1 hora e 15 minutos mais cedo.
O que fazer?
Nada né.
Olhar o face...
Droga, esqueci!
Aqui não pega o face.
Rever e-mails...
Nada novo.
Por que essas salas têm que ser tão frias?
Estou virando um picolé.
Foi por causa disso que hoje trouxe um casaco.
Meu casaco preto de lã.
Ou é algodão?
Só sei que tem um decote enorme em forma de 'v' e é preto.
Isso já é suficiente para mim.
Ideia legal de colocar um quadro branco como um mural. Imprimiram letras pretas num papel amarelo. Cada um com o número telefônico e o nome do local para ligar.
Tempo, tempo, tempo.
Sono.
Soooono.
Sono?
Não, entediada.
Passar tanto tempo assim pode enlouquecer alguém.
Acho que vou tomar café agora.
Ou tomo mais tarde?
Pensando melhor, agora seria uma boa hora.
Ou boa hora seria quando Mila chegar?
Há um vaso esquisito no canto, entre a minha mesa e o armário dos fichários.
Quantos fichários têm.
Troicentos.
Chega a ser uns 60...
Talvez 62.
Não sei ao certo.
O Pc que estou usando é Positivo.
Ótimo.
Pensamento Positivo agora.
O nome do pc é "Máquina:01".
ótimo!
Positivo e número 1.
Começar o dia bem.
7 :16 da manhã.
Minha irmã tá lendo um livro no pc.
Ela tem paciência.
Oba!
Oba?
Nada.
Daqui a pouco tenho que subir para o meu setor.
Trabalhando no censo escolar.
Uêba!


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

fragmentos: Sorriso

Chega de palhaçada.
Ela sorriu e o sorriso apareceu.

Fluxo do Pensamento: Mente encrenqueira a minha

O dia....
Perfeito? Por que não?
Recebi uma ótima notícia.
O que há comigo?
Ser feliz...
Estava.
Consegui um emprego, é temporário, mas é.
Consegui resolver um problema, o que é ótimo.
Sinto algo faltando.
E daí?
Encho mil coisas na minha mente durante o dia, mas a noite meus sonhos me traem.
Como fugir?
Há lembranças em todas as partes.
Ele pode mesmo fazer isso?
Sim, ele pode.
Céus!
Não quero me enganar, mas não sei o que fazer.
Minha mente diz 'nada ver', em outro momento recai em momentos que nunca existiram.
Isso foi tão melancólico.
Para Sam!
Tah bom, parei!
Parou mesmo?
Não.
Não?
Céus! Estou discutindo com a minha própria mente?
Claro.
Caraca! Enlouqueci.
Calada.
Eu estou calada.
Tah não.
Tou sim.
Tah não.
Eu já disse que eu estou. Mente encrenqueira.
Eu sei que minha mente está repleta de pensamentos que...
Isso é estranho...
Fazer sentido?
Ai...
Que coisa.
Momento estranho agora...
Quem iria ler esse fluxo de pensamento?
Eu não tenho ideia. Mas ele não vai.
Percebi que é bom não sentir a ansiedade que eu sentia antes.
Mas...
Sei lá...
O que pensar, não?
A princípio senti um vazia enorme no meu peito.
Mas consegui momentos de paz...
De paz?
é... De paz.
Como assim?
De uma maneira que há muito tempo eu não ficava.

Acho que já comecei a falar besteira...
Besteira?
É... Besteira...

Quem iria notar que as estrelas brilham a noite?
Quem iria notar no brilho que as luzes trazem para si?

Acho que se eu fosse do tipo que bebesse, taria ferrada.
Estou pensando cada coisa hoje...
Pronto, Parei.
Parei...
Parei?
Sabe aquele momento que você olha para o espelho e ver algo que não está lá?
Você ver uma miragem.

fragmentos: Não nasci para magoar ninguém.

Não nasci para magoar ninguém.
Nem a mim e nem a ninguém.
Quer ser feliz? Seja. Não serei eu a estragar isso.
Quero ser feliz? Serei. Não serei eu a estragar isso.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Fragmentos: O céu.

Se o céu soubesse o quão tá radiante, teria inveja de nós, seres humanos,  por poder contemplá-lo.
A lua estava tão linda, o céu tão perfeito...
Simplesmente encantador.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Risos

Como você rir?
Minha irmã rir assim "kakakakaka",
Minha outra irmã rir para dentro, 'hihihihi'.
Uma amiga minha, quando rir, chama atenção de todos em que estão a nossa volta. Rir até quem não sabe do que ela está rindo.
Meu amigo rir timidamente. Você só sabe que ele realmente 'curtiu' a piada, quando a gente olha para ele. Riso simples. Riso gostoso de se ver.
Outras pessoas, quando riem, batem palmas, tocam na pessoa que está ao lado, abaixa a cabeça, faz careta. Outros abrem a boca 'abertamente', e soltam aquela risada, aquela bendita gargalhada.

Fragmentos- Especial

Te sunt specialle ad me
você é especial para mim

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Fluxo da consciência: Escolhas

Uma verdade.
Um sorriso.
O sorriso.
A verdade...

Apenas vaidade?
Insensatez... Realidade? Surreal.
Encontros,
desencontros,
irrealidade...

Difícil?
Não.
Fácil?
Não.
Então?
Não sei.

Sonhos esquisitos, verdades ocultas,
sentimentos vazios, sentidos insentível...
insensível,
não visto,
irreal.

O que faço?
Dúvidas? Nenhuma.
Certezas? Nenhuma.
O que faço... Desfaço?

Agora,
amanhã.
Ontem.
Agora.
Neste segundo.
Que segundo? O que eu pensei ou o que eu decidi?

Amigos novos,
amigos antigos,
amigos verdadeiros
amigos de memória,
amigos que um dia viveram
amigos que um dia viverão.

O verão que se impõem ao inverno,
o inverno que se  impõem na primavera...
Nada,
absolutamente nada.

Palavras vazias?
Palavras recheadas de nada?
Palavras que carregam mais significado do que a extensão de hidrogênio que possui o mar.

Mente perturbada,
mente calma.
Questão de momento,
Questão de segurança,
questão de confiança.

Novas,
antigas,
apenas ideias.
apenas seguimentos que todos seguem,
apenas caminhos que eu escolho.
Escolho certo?
O que é o certo?
Meu certo é o certo?
Ou o certo que você pensa ao ler isso é certo?
De onde vem o conceito do certo?

Céus!
Complicação?
Isso é complicado?
Ou sou eu que complico tudo?
o que é o tudo?
Seria o meu tudo um nada de alguém?
Tudo bem, acho que estou exagerando agora.
Melhor pensar isso depois.
É apenas...
É escolhas. Só isso.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

Fragmentos: Advérbios

sim, talvez, nunca.
Aqui, muito, agora, depressa.
Tampouco, afobadamente, bem, ja, com certeza.
Sem duvida, provavelmente, bastante, adiante, de repente, alegremente, não.

Fragmentos: tentativa.

casa, relógio, tempo.
Olho, som, coração.
Um sentimento, a escolha, o desejo.
Sábado, bate-papo, lágrimas.

Verdade, caminho, tristeza.
Dias, noites, felicidade.

Fragmentos: Pensa em alguém e ler.

Pensa em alguém, depois lê:
És apenas um substantivo comum, seus adjetivos são delimitados ao físico e o que a minha imaginação direciona. Podes ser a sol, podes ser a lua. Mas meu céu possui estrelas que me guiam, que me olham. Estrelas que sabem da minha existência. Do que eu sou, do que eu sinto.
 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Feliz

De hoje em diante serei feliz.
Sou feliz.
De agora em diante, estarei no mundo dos risos, estarei com os olhos abertos.
Ser feliz não é difícil.
Ser feliz é escolher ser feliz.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Promessas - Capítulo 2


Apesar de vê-la do mesmo estado que ele se encontrava, não fiz nada. Ele sabia muito bem que ela precisava ser reconfortada, mas não sabia ao certo o que poderia fazer ou que ela precisava imensamente ficar sozinha. Ela parecia não ver mais ninguém. Ninguém. Ela estava de corpo presente, de mente ausente. Ela olhava sempre para o mesmo ponto. Sempre sem piscar.
O relógio tinha uma mania insensata de quase não querer se movimentar. Será que ele estava programado a trabalhar desse jeito? Fui para o quarto esperar... Acabei adormecendo. Acordei eram três da manhã. Eu levantei para beber água. O corredor eternamente branco se encontrava eternamente solitário. Não havia uma sequer pessoa nele. Sai assim mesmo.
Não sei ao certo quanto tempo precisei para sair daquela realidade e me afundar em outro devaneio. Lembrei que certa vez... Numa quinta feira... Umas 12h20min, talvez... No celular...
Ele - Não dá para ir hoje. Quero chegar cedo em casa e amanhã vou a festa de uma prima minha.
"Quantas vezes ele daria uma desculpa?" eu pensei.  Mas eu sabia que a correria este risco, de ele ter alguma coisa pra fazer, a final, eu havia ligado pra ele no dia anterior e ele disse que ligaria para confirmar. A ligação não foi feita.
Ele - Mas podemos remarcar. - Ele não sabia o que aquela simples afirmação havia feito em mim. Uma porção de esperança brotou no meu ser, uma corrente de animação passou do dedo mindinho do pé até acelerar meus batimentos.
Ela - Pra quando?
Ele - Para quarta-feira que vem - "Tão longe assim?", Eu pensei.
Ela - Tem certeza que não vai mudar? - Eu não queria esperar até a quarta e descobrir que não seria, que poderia correr o risco do não acontecer.
Ele - Sem falta - Ele prometera.
Ela - eu passo ai ou nos encontramos lá?
Ele - Tanto faz.
Ela - Eu passarei ai...
E o telefone foi desligado. Alegremente fui dá as boas novas à minha amiga. Era brilhante. Era muito bom.
Na terça seguinte.
Eu – Eu não vou ligar para ele hoje, só para não correr o risco de ele dizer uma desculpa.
Amiga – Se você quer fazer isso.
Ela não consegue dormir direito à noite. Isso foi tenso. Na manhã seguinte, havia acordado esperançosa, a final, ela iria encontrá-lo hoje!
No final do expediente ela pede para a amiga esperar na hora da compra das entradas. A amiga chega a questionar se ela temia que ele não fosse. A resposta não foi precisa ser dita diretamente. Só que ficou combinado de uma ligar para outra.

Essa parte eu li no diário dela... O final estava meio estranho, estava borrado. Poderia ser lágrimas? Talvez. Eu entendi que ele não estava no trabalho quando ela chegara lá...

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Estrela

Dizem os cientistas que as estrela são corpos celestes mortos. Dizem os poetas que as estrelas são luzes que iluminam as nossas vidas. Em quem acreditar ? Na escuridão ou na luz ? 
Acreditem na luz, pois iluminam na escuridão. Elas são como pingos de esperança regadas no céu.
Elas iluminam quando a escuridão está por todas os lados.
Elas são o norte, são o sul.
Elas encantam até o coração mais cansado, até o coração mais sufocado.
Quando estiveres triste, olhe para elas. elas iluminarão a sua noite.
Quando estiveres alegre, olhe para elas, elas espalharão a sua alegria.

Fragmentos: destino

O Destino faz manobras que nem os mais complexos labirintos se imputaria


Fecho de Luz

O quarto estava completamente escuro. Bem escuro. Eu havia desligado a luz... Deitei na minha cama.... Reparei no fino fecho de luz... Não havia janelas em meu quarto... Desci a  minha cabeça pelo travesseiro e fui descendo até que meus olhos ficassem abaixo, bem na mira, daquela luminosidade. Encarei, por acaso, a lua. Havia uma velha telha, um pouco afastada da outra. Por ali, a existência da lua se fazia presente... Quando voltei ao travesseiro, percebi, estranhamente,  que a luz esquentava o meu coração.

Formatura

Amanhã é minha formatura. Eu gostaria de chamar muitos, mas é limitado. Escolhi quatro amigos e minha família.
Eu sei que é mais uma etapa na minha vida, é, eu terminei. Minha vida na graduação durou 4 anos. Se foi divertido? E como! Se foi estressante? Como qualquer outro curso u.u. Consegui o que eu procurava no mundo das Letras. Aprimorei meu pensamento, lutei com o mundo das linguagens até entender 'plenamente' o que ela 'pode ser' e 'como posso mexer' nela. Desmistifiquei o mundo das regras, entrei.
Adorei, amei, odiei, pedi pra sair, mas terminei. Provei de cada sensação.
E agora? Tomei uma bússola, escolhi um caminho e seguirei. Já não tenho dúvidas quanto a isso.
Agradeço pela presença de vocês

Fragmentos: Arriscar

O jeito é fazer, e não adiar!
Arriscar é o tema, o resultado não é o problema.

Ao amor o amor ao mar

Ao amor o amor ao mar,
o meu canto vai ecoar,
o coração o vento levará,
e de encontro a nuvem chegará.

Fragmentos: fraqueza 2

Seria fraqueza minha expor o que eu ando sentindo ultimamente? Seria alguma espécie de chamamento de atenção sobre mim? 

Fragmentos: Beleza

A beleza não está no corpo de quem habita, mas nos olhos de quem aprecia. 

Fragmentos: Seres humanos

Seres humanos  não mudam, apenas se adaptam.

fragmentos: memória

Guardo na memória cada lembrança ruim, pois as melhores ainda as vivo.

Fragmentos: Liberdade

A liberdade se torna felicidade quando se encontra o verdadeiro amor.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

fragmentos: Plantei

Pacientemente montei o meu jardim,
desordeiramente colhi...
Sobrevivi.

O tempo e o Vento.

Preocupada com  o tempo,
preocupada com o meu vento,
O vento é  capaz de levar pra longe coisas tão pequenas,
efêmera,
como grão de areia, como levar casas com décadas de vida...
Talvez essa não seja a melhor das ideias...
O que isso significa?
Preocupar  com o meu vento?
De todas as sensações que eu conhecia, nenhuma delas se enquadra nesta metáfora...
O que eu iria querer que eu jogasse ao vento???

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Nota: Apenas uma metáfora.
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Fragmentos: Inveja

A inveja destrói até a mente mais brilhante.

Fragmentos: reduzida

Reduzida pelo sonho. Seduzida pela realidade.

fragmentos: coragem

Cria coragem nobre garotinha. Toma um bom banho pra fazer esse cansaço físico ser levado pela água. Coragem mocinha!

Fragmentos: Fraqueza

Fraqueza só é fraqueza se você a considera como tal.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

fragmentos - Cicatriz

Ontem quase queimei meus olhos.
Hoje está cicatrizando, eles incomodam um pouco,
amanhã só restará as cicatrizes.

Fragmentos- O som do coração

'é uma noite maravilhosa para dançar sob a lua com as estrelas... Uma noite fabulosa para fazer amor sob os céus de outubro'
O Som do Coração (trecho de uma música que é tocada no filme, com título em português, O Som do Coração.)

fragmentos - sorte e azar

Azar em jogar
Azar no amar
Sorte no azar
O jeito é estudar...

fragmentos: Leve para bem longe

Que a chuva leve pra bem longe qualquer pensamento malandroso, qualquer coisa que faça o desalento reinar em nossas mentes.

Meu mundo onírico: A Torre na Torre

Era a tarde, aproximadamente 17:00.
Eu ia buscar meu primo, o jorge. Ele tinha 5 anos. Estava chegando no colégio dele quando a minha irmã, Sarah, aparece. Enquanto eu espero, ela dizendo que havia passado na casa de painho e ele pedira para esperar Cecília, minha prima de 2 anos. Chega o carro de Klebiane, tia de Cecília, esperando na frente  da escola. Confesso que ficamos indecisas, se ficávamos ou não esperando a nossa prima.
Ela nos ver e aproxima o carro, ela sai.Faço o convite para o aniversário de Sarah, a final, já estava chegando. Klebiane diz que irá. Cleber, o irmão de Klebiane, e pegamos carona com ele. Fomos fazer alguma espécie de compras num supermercado de porte médio (talvez no hiper de casa forte, ou algo do tipo) pois depois disso iríamos  viajar. Tive a ideia de ir ao Carrefur para comprar algo específico.Entramos no carro.

Iríamos voltar e buscar minha avó e a minha tia. Eu disse que poderíamos esperar no mercado enquanto buscavam elas. Cleber nos deixa num prédio enorme, parecia até uma torre, não havia nada por perto, só pistas e uma rua esquisita. Os outros também esperam com a gente lá. Cleber nos deixou numa parada de ônibus que ficava dentro daquele engradado  e aparentemente protegido prédio.

Esqueço de calçar as minhas sapatilhas e volto para o carro para pegar. Vejo que o carro estava aberto e não ligo. Procuro, encontro, pego o meu calçado. Quando percebo que o carro está em movimento, um homem, com aparência esquisita, estava roubando o carro e fez uma ameaça.

Eu salto do carro que estava no começo de sua aceleração. No susto, corro para os outros. Vejo minha amiga Jody e peço para todos correrem.Um homem com uma arma nas mãos entra no prédio.Todos se espalham. Eu e Jody tentamos  entrar numa cabina de segurança. Uma das duas salta para sair de lá e cai em cima daquele cara que está armado e corre. A outra fecha a porta. Ele coloca a arma na brecha da porta da cabina. Quem estava dentro segura a arma.
Quando está na luta dentro da cabina de segurança a arma é pega, num jogo de quem é mais  forte e ágil pra ficar com a arma, ela é pega sendo que quem pega não consegue disparar.
Segundos depois um disparo é ouvido.
Eu havia conseguido entrar numa espécie de salão no prédio. Momento de nervosismo geral. Nesse ínterim  havia escurecido. Ficamos esperando um pouco.
Amanheceu.
Todos saíram de onde estavam.
Procurei por todos e perguntei por Jody.
Olho para a cabina. Haviam trancado (como fizeram, eu não entendendo.) aquelas portas com grades e vi uma mancha de sangue.
Perguntei por ela.
Desespero toma conta de mim. Ela havia ficado ali e eu tinha conseguido sair...
O porteiro-segurança  responde que ela não estava mais por aqui...
Todos conversam e eu vejo um homem caminhar em nossa direção, com uma arma na mão, de fininho.
Medo.
Eu movimento todos, fui discreta, cada um foi para um canto.
Quando eu vi o homem se aproximando, com a arma, peço a todos para entrar, uma arma é dada para mim por uma adolescente e eu miro e como não vejo ninguém suspeito, deixo a bala sair de uma maneira que  falha e  não dispara.
 Os jovens estavam se concentrando num salão. Eu fui  para lá e a porta estava fechada e Gona também queria entrar e um qualquer garoto que eu não conhecia. Abriram e entramos.
A sala que estávamos era cheia de janelas, igual da nossa sala, sendo que a esquerda (do nosso lado), fechava com trinco e a direita não tinha. Como eram várias janelas, cada uma daquelas janelas, deveria ter alguém para as vigiassem.
Vejo que várias pessoas lá da igreja, que estava na sala do nosso lado, (eu estava na janela extrema esquerda e consegui ver isso) e eles rondavam.
Paz era o que vinha em mente.
Tiros são ouvidos dentro do salão.
Terror total.
Quem estava fazendo isso?
Correria Total em todas as direções, pânico geral.
O povo da igreja estava atirando.
Havia pessoas estranhas lá.
Muitos mortos.
Eu tentei me esconder, fiquei pendurada nos muretos para ninguém me ver mas eu ouvia gritos e sons abafados.
Muitos haviam sido mortos.
Um homem negro, forte, chega e diz que aquilo não teria sido feito se não tivessem o preconceito com ele e que tudo aconteceu porque confiaram naquele prédio e pensaram ser seguro só por estar num local teoricamente seguro com uma estrutura segura.

A torre na torre
(local)    (situação)
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Isso foi um sonho que eu tive. Apenas isso. A sequência foi essa, apesar de eu ter achado que o meu sonho foi mas vívido.
Sonhos, como bem sabemos, segue uma lógica que pode ser de fácil entendimento e de uma linearidade normal, como pode ser de uma lógica diferente e não possuir ligação com o mundo real. Lembrando que isso é um sonho, apenas isso.
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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Um episódio : o mundo dentro do mundo

Caminhava no  lago quando vi aquele velho pássaro, tentou se banhar  naquele antigo lago, bem no caminho que sempre estaria um belo sapo.
Naqueles dias em que o inverno estiava, os bichos aproveitam, passeando com seus filhotes. Os jovens lograva um pouco, as fêmeas desflorando um pouco e demostrando seu rosto...
As rosas dependuravam pelo sol, estavam se abrindo para aquele novo horizonte de alegria e paz.
Uma leve música calma ecoava pelas pelas trilhas dos bosques. Parecia uma terna eterna harmonia.
O velho pássaro olhava para mim, como se esperasse algum movimento ilícito da minha parte.
Os filhotes, de alguma espécie felina, atravessaram a trilha e adentravam  no bosque, como crianças que estavam fazendo travessuras.
Doze pássaros, de cores diversos, cortavam o ar em círculos não planejados e seguiam o seu rumo.
Sem esperar mais uma nova atração, segui o meu caminho. Não esperei encontrar nem um sequer animal. Estava cansada. Aludida. 
O sol quase dormia quando cheguei em casa. Em mais uma tarde de Novembro...
Se sono fosse sementes, eu já teria refeito a floresta atlântica no Brasil e não teria nem um metro quadrado disponível, pois teria nem um espaço livre, usaria até baobás.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Promessas - capítulo 1

Quando todos esperavam naquela fria sala com o pequeno televisor ligado com alguma coisa sem qualquer nível para se considerar desperdiçar a atenção.
Eu estava ali no corredor eternamente branco.
As pessoas  realmente conseguiam ficar paradas?
Conseguiam conversar como se algo não estivesse acontecendo?
Não percebiam o quanto agoniado ele se encontrava? Cada passo que dava era como se o chão estivesse procurando um motivo só para não ficar estático? E de quem foi à ideia de colocar carinhas amarelas, nos corredores, cuja informação era 'sorria você está sendo filmado'? Quem foi? Aqueles olhos... Pingos pretos assustadores... 
As enfermeiras ficavam indo e vindo nada de dizer uma só palavra... Nada. Era tão difícil dizer  uma única coisa? Uma informação... Sei lá, qualquer coisa. De repente aquele silêncio ficou quase insuportável.
Calma. Calma... Calma... 
Tentava dizer para mim mesmo. Adiantava? Nada. Só arranjava mais e mais motivo para pensar qual era o motivo de pedir tanta calma. O que me fazia ficar cada vez mais inquieto.
Onde estava minha paciência, a final? Tentara tantas vezes escutar música e, simplesmente, não conseguia ouvir nem os primeiros trinta segundos e já trocava. Perdera as contas de quantas vezes havia feito isso.
As pessoas simplesmente pareciam ignorar... Mas por quê? Era por saber que ele estava esquecido num mar repleto de flores espinhosas? Desde quando flores cresciam em água salgada? Desde quando? Céus, o que eu estou pensando? Só queria ter alguns minutos sem pensar... Sem temer por... Quanto tempo isso vai perdurar?
Uma voz feminina gritando o fez sair de meus devaneios.
- por favor! Deixem-me vê-lo! - Cada vez mais forte, agoniado, ela clamava. -Necessito! Por favor! Pelo amor de um ser superior! Alguém... Por favor! Eu não posso ficar assim! Ele... Como ele está? Por favor... - ela apareceu no final do corredor. Se não fossem os olhos vermelhos, marejados de lágrimas, ela poderia ser comparada como um anjo que fora visitar a terra por uma missão celestial. Tinha uma aparência jovial bela, possuía os cabelos ondulados, com um castanho-dourado-claro, de um tom entre castanhos e loiros. De uma altura mediana e um corpo... Um corpo que lembrava muito à sua mulher.
- só me digam que o verei ainda hoje! - e mais lágrimas rolavam pelo rosto dela. Ela estava falando com um dos médicos de plantão. Ele disse algo que a fez sentar prontamente, sem desviar dos olhos dele. Lágrimas e mais lágrimas escorriam pelo rosto delicado dela... 
Será que esse alguém que ela tanto fazia questão de ver, morrera? Será que havia... Havia... O médico estava trazendo-a para uma das salas de espera, a que ele estava, e a fizera sentar naqueles solfares enormes. Falara algo e saíra. Vi quando ela olhara para todos os lados lentamente e percebi, com grande espanto e compreensão, que ela sentia o mesmo que eu há alguns míseros minutos atrás.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

A vida

A vida e você que  escreve...
Como todo enredo, há vários personagens. Por maior controle que se haja, os personagens pode ganhar mais destaque que outros: alguns ficam em algumas cenas, outras em todas elas. A presença não é marcada apenas pelo físico, mas sim pelo aparecimento dele, o que pode acontecer com uma lembrança viva, um retrato dele, um desenho, uma carta... As possibilidades são inúmeras.
Às vezes é fácil fazer com que um personagem desapareça, fazendo-o viajar, morrer, se mudar,  ou simplesmente desaparecer. Outras vezes não. Há tantos caminhos a ser trilhados, tantas vontades a ser saciada, tantas ligações a serem feitas, que acabamos  nos encontrando. Assim também acabamos nos desencontrando também.
As situações que passamos, podem trazer risos ou lágrimas, também pudera, principalmente por nós, seres humanos, sermos seres sensíveis, alterando e adaptando os nossos sentimentos com o que encontramos, com o que vivenciamos. Todos passamos por isso, o que difere é a nossa escolha, de fazer dos resultados um meio de aprendizagem, mesmo que não aceitemos ou que doa. 
Viva, apenas isso. 
Não tenha medo em seguir outro caminho. 

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Promessas (Prólogo)

Essa é a história que vou contar, por favor, tenha paciência. É uma história um pouco dolorida e está repleta de lembranças. Algumas eu só conheci porque a minha mãe escrevia diários e o meu pai... Bem, vocês terão a oportunidade de conhecer ele melhor. Como você se sente com perdas? Para começar, uma conversa simples... Algo que aconteceu anos antes do meu nascimento...
Uma mera conversa de namorados...
Ela - você nunca me disse que vocês eram gêmeos?
Ele - nunca?
Ela - não.
Ele - Agora você sabe.
Ela - posso perguntar uma coisa?
Ele - diga.
Ela - você me daria gêmeos?
Ele - você gostaria de ter?
Ela - sim.
No verão, dois anos depois, na maca, a caminho da sala de cirurgia.
Ela - me prometa que fará com que os nossos filhos mantenha contato com a minha família.
Ele - você vai sobreviver.
Ela - me prometa!
Ele - prometo.
Ela - Eu sei que vou sair viva. Perdoa-me, sim? Eu queria escutar isso de você. Eu precisava ouvir.
Ele - não há o que perdoar, meu amor.
Ela - eu vou ficar bem, eu sei. Dizem que a comida de hospital é muito ruim. Prometa-me que, ao sair daqui, iremos comer uma bela pizza.
Ele - uma pizza de frango e uma de calabresa, do jeito que você gosta.
Ela - feito.
Houve uma troca de olhares que, nem quem estava próximo, não saberia onde findava, de tão profundo que era.
50 minutos depois.
Escuta-se o choro da primeira criança.
Médicos começam a acelerar os procedimentos.
Ele não entende nada. De repente a máquina que faz 'bipe', que indica que ela está viva, fica numa linha só...
Outra criança sai de dentro dela, sendo que essa não chora.
Médicos a levam para outra sala,
Ele se apavora e acaba desmaiando.
Anos depois...
Dizem que ela acorda em um dia chuvoso. “Estranho”, ela deveria ter pensado, pois fazia sol quando ela havia entrado no hospital e a previsão dizia que a semana seria quente.
Seria um final feliz, certo? Mas felicidade, não é o que, de fato, aconteceu. Eu poderia terminar meu relato por aqui, mas não foi isso o que aconteceu...

Corpo colado

Sorriso estampado
de alma lavada
de corpo colado
de voo ao chão.

de medo amedrontado
de caminho traçado,
de palavra dita
de coração acelerado.

De boca beijada,
De palavra trocada,
De sonho realizado,
De corpo colado.

De impulso forte,
De mensagem enviada,
De encontro marcado,
de corpo colado.

De vida vivida,
De palavra escrita,
De situação pulada perdida,
De algo à tempos almejado. 

Sophia chronicle

Sophia - when I look... Who I see? What do you want...? I don't know.
Five minutes in front of you. You talk  me... I look for you. What is happing ? I don't understand it. - Fazia tanto tempo que não nos víamos. - Hi. - I said.
He saw Ricardo, my friend. He look  me in eye level and he inquired for me.
- Who is He?
- Why?- Havia necessidade para essa pergunta?
- Because I want to know.. Problems? - 'all', I thought.
- Ricardo only is Ricardo. So It's now I go.
- I need to talk you.
- I don't have time.
- Sophia...
- Don't have a time. Can you understand?
- No, I can't.
- Why not?
- 'Why not'?.
- Céus!
- What?
- Nothing!
- You are crazy.
- Yes, I'm. Bye.
- No yet. Stay here
- Why am I stay here?
- Because I need you. I'm very found of  you. Don't escape.
- I don't run away. You are liar. You didn't sympathetic when I tell you. You don't nice for me. You are ogre.
- Sophi!
- What? You want ask me, don't you? I listen you, aren't I? What do you want plus?
- Stop fight. Stay with me.
- You broken my heart one way. I can't do it again. It's impossibile.
- I'm sorry. I'm thousand times if is necessary.
Eu baixei a minha cabeça e algmas lágrimas caíram pelo rosto.
- I hate you.
- You don't. I can see that.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

O cupido

Anjos lindos e fofos... Pequenos e com asas peroladas...
Olhos inocentes, aura angelical...
Arcos com detalhes pequenos e flechas com coração na ponta...
Cabelos castanhos, cabelos pretos, cabelos claros e escuros...
Mas sempre cacheados.
Entre as nuvens eles conversavam. Eles olhavam para nós, seres humanos, e decidiam quem poderia formar casal.
Estavam conversando os cupidos Miguel, Gabriel, Rafael, Leonel e o Daniel. Numa das conversas, eles decidiram fazer uma competição, quem ira conseguir fazer mais casais. Enquanto isso no mundo humano...
Sarah, Isabela, Sophia, Gabriela estavam caminhando. Elas estavam indo encontrar seus namorados, que eram, respectivamente, Carlos, Roberto, Miguel e João. Eles iriam fazer um passeio a Beira mar de Olinda.
O anjo Gabriel, o mais danado, desceu sobre o mundo primeiro, tentando ser o primeiro. Ao avistar o grupo das garotas, pensou "em quatro eu vejo em minha frente, em quatro eu casais eu formo perfeitamente". Os anjos possuíam um sentido de corações, eles realmente sentiam quem amava verdadeiramente o outro ou quem poderia despertar tal sentimento no outro. O problema foi que Gabriel não ligou para o que sentiu, e ao invés de ir atrás de outros, decidiu ali mesmo iniciar a sua disputa.

"A Sarah, que tem nome de princesa,
irá ficar bela enamorada por Roberto.
A Isabela, nome de garota bela,
Estará amando o João,
Miguel... Você vai gostar agora de... De... Gabriela,
Carlos irá.... Amar Sophia"

E assim, quatro flechas ele atirou, e nos corações o sentimentos transformou, quatro casais ele terminou, porque uma confusão ele formou.

Assim antes, Sarah era por Carlos, Isabela era por Roberto, Sophia era de Miguel e Gabriela era de João. Mas depois Carlos era fim de Sophia, mas Sophia era afim de Miguel, Mas miguel ficou afim  de Gabriela...  Sarah ficou afim de Roberto, que Roberto era afim de Isabela, que Isabela ficou afim de João, Que João era afim de Gabriela,

Confusão formada e anjo se mandou. Ele sabia do que iria acontecer, alguma coisa ele iria sofrer, mas a burrada que ele fez, logo iria ser notada como insensatez.
Os casais começaram a não se entender, brigas começaram. Como eles iriam conseguir isso modificar? Era verdade que eles se amavam, mas já não podiam ficar juntos.
As horas se passaram e eles já não se falavam. Os únicos que estavam juntos era a Gabriela e o João.
Ao notar a confusão que estava acontecendo, eles tentaram trazer a razão para os amigos, que pareciam não querer entender ou ouvir.


Como um amor pode ser esquecido?
Mesmo nas confusões do cupído?
Como saber que ele só apenas quer brincar com os nossos sentimentos???


sábado, 9 de fevereiro de 2013

Carnaval

Eu estava de Colombina e ele estava de Pierrot. As músicas que estavam sendo tocadas alegravam até o coração mais amargo do continente. Carnaval. Apesar de ser conhecida como uma festa comemorada com muitas pessoas, e músicas estrondando e muito e muito calor, eu gostava. Mas onde eu estava, era diferente. Era um local pequeno, verdade. Mas não tinha tanta gente assim. Era até engraçado a forma que os adultos se portavam e se vestiam. Havia algumas pessoas com peças coloridas,  laranja, roxo e rosa... Aquelas mulheres ali, eu sabia, eram aparentadas ou eram amigas. Algumas estavam com tiaras coloridas, chapéus com cores fortes e uns papéis de mesmo tom grudados... As crianças jogavam confetes e serpentina coloridas... O frevo estava com a toda... Não era peixe, não era. Era Iemanjá... Morena... Me segura se não eu caio ... E eu estava sentada observando tudo... Nos quatro cantos cheguei... E as músicas frevando com todos ali. Uma leve chuva caía... Se você fosse sincera, Aurora... Recife literalmente para hoje. O povo aclama com todo o seu esplendor... A diversão estava estampada nos rostos... Cara, era carnaval. E eu olhava para o meu Pierrot... Ele conseguiria me ver? Eu estava do outro lado, ao extremo leste e ele no oeste. Ele estava na banda. Eu já tinha dançado, agora estava descansando e olhando-o. Era impossível ficar parado... O ritmo era contagiante demais... Nossos olhares se cruzaram... E tive a impressão que ele havia parado de tocar. Havia ele se desconcentrado quando me viu? Era uma grande possibilidade. Levantei, ainda com os olhos presos ao dele, e fui dançar. Senti os olhos dele sob o meu corpo em movimento, principalmente aos meus passos que estavam ritmados ao ritmo da dança. Vou beijar-te agora, não me leve a mal, hoje é carnaval... Ele cantara... E vinha em minha direção. Hoje é carnaval.  
  

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Eu

Olhei a figura que eu via no espelho...
Meio pequena, cheia de cachos, castanhos-amendoados...
Um sorriso apareceu em meus lábios... Parecia bonito o que eu via...
Parecia difícil acreditar... Mas era eu. Sou eu.
Eu estava simplesmente encantadora...
Eu estava com cara de que estava... Eu tava feliz.
Feliz!
Só a luz brilhava e iluminava o quarto, mas o meu sorriso era mais era iluminado.
Nada além do meu sorriso.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Encontros

Estava aflita novamente. Custava ligar? É, custava sim. Olhei diversas vezes para o numero na agenda do meu celular. Engraçado era o jeito que eu tinha salvo o numero dele, 'Não Ligar'. As horas se passando e o aperto no meu peito aflorando. Não podia continuar assim... Liguei... 
Algum tempo depois... Na praia...
-aconteceu algo?- ele perguntara.
-podemos caminhar um pouco? só o suficiente para clarear a minha mente. não que ela esteja embaraçada, mas para me dar um tempo para saber passar o que tenho há alguns dias... O que há dias venho planejando dizer a você.
-não seria mais prático você ir direto ao assunto?
- seria sim. - parou de andar, olhou para os lados e viu uma árvore próxima das águas. - vamos para ali, sim?- e foi em direção a ela. O caminho foi curto, levou menos de trinta segundos para os dois estarem ali.
-eu sei que falamos muitas coisas, que havias dito que se houvesse química... As pessoas vivem dizendo que o amor espera, mas nenhuma delas fala como isso pode ser...
-angustiante?-

-difícil. Eu sei que se eu fizer... - ai ela levantou a mão e passou de leve no rosto dele. Ele se assustou e quase deu um passo para trás. Ao perceber a intenção dela, fechou os olhos e apenas sentiu o toque dela - eu sei que... - e seus olhos perceberam que o rosto dele mudou ao toque dela. Sua voz foi ficando mais rouca. - pensei que você não iria sentir nada... Imagina se eu... - e subiu a mão por sobre o peitoral dele, em seguida a mão direita dele segurou a minha mão, aproximando nossos corpos e olhou diretamente nos meus olhos.

-aconteceu alguma coisa, Sam?- ele perguntou. - o que estas fazendo?- ele continuava a olhar meus olhos e a segurar a minha mão. A mão dele estava quente sobre a minha. Percebi que estávamos quase respirando o mesmo ar, e eu tinha certeza que havia uma aceleração no minha respiração. De repente percebi que estava com a mente vazia e que tava me perdendo nos tons de castanhos escuros que a íris dele possuía. Minha mão desceu no rosto dele. Ele olhava tanto para os meus olhos quanto para os meus lábios.

-não temos química nenhuma. Somos apenas amigos. - Eu falei. Eu tentei sair, mas o movimento que eu fiz foi impedido por ele. Por um momento eu não sabia o que fazer. Sentia meu coração pulsar mais rápido. Ele se aproximou devagar do meu rosto. Senti a sua respiração na minha pele. Ele havia fechado os olhos e estava meio centímetro dos meus lábios. Rocei a minha boca na dele, mas invés de beijar, fiz com que minha bochecha encostasse na dele;
-abra os olhos- eu pedi. Vagarosamente, ele abriu os olhos. - não tenho ideia do que se passa em sua mente, apesar de conseguir perceber cada sinal que seu corpo demonstra, deixando claro que você está... Que você está...
- que estou querendo sem querer, sem saber que sabe. Vejo em você uma certa confusão, mas sei que algum lado dessa bagunça pende pro meu lado...
- eu não estou confusa, só não sei o que está acontecendo. Uma hora me diz que... Céus... Isso parecia tao simples.. porque não ser simples... Custava você dizer que está apaixonado por mim? Você reage ao meu toque, você...
-Se fosse, assim, tão simples, nem você nem eu daríamos ouvidos a essa conversa. Acho que somos ambos bagunçados pelo meio... Nem eu daríamos ouvidos a essa conversa. Acho que somos ambos bagunçados pelo meio... Eu reajo ao seu toque, espero ouvir sua respiração de perto, mas me tranco e não te dou certezas porque tenho medo do que você fará com elas. Se eu disser que estou apaixonado, você vem e diz que se foi a química. Prefiro o silêncio e ter o cheiro dos seus cabelos aqui perto. - eu fiquei completamente encantada com que ele havia dito. Ele tinha dito, de certa maneira, que estava apaixonado por mim.
- Eu não preciso de certezas, só preciso saber de você me quer do mesmo modo que eu desejo, e assim eu iria saber que realmente estamos juntos... - levo meu dedo ao seu rosto, e passo uma linha na sua face com ele, indo dos olhos ate chegar aos lábios, sentindo brevemente a maciez com o dedo aproximando meu rosto do seu,  dou um leve beijo.
-Te quero, assim, obliqua e dissimulada, me quero ao seu lado, do jeito que eu fico quando você vem perto. Quero sentir o que estou sentindo agora, quero ser inseguro como quando ao seu lado e forte como quando de um beijo como este.- 
Os olhos se acalentaram mutuamente. O sorriso apareceu nos lábios dela. O vento passou e despenteou os cabelos dela. Ele olhava para ela carinhosamente. Ele olhava-o cheio de ternura...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Sem inspiração

Sentei no sofá e não sabia o que escrever... 
Observei Sarah lendo, Gona no pc. 
A televisão estava ligada, a minha avó na cozinha.
Eu sabia que meu tio estava no quarto dele.
Minha mente não tinha nada para escrever no papel.
Eu queria tanto escrever algo...
O cachorro latiu no jardim.
A noite estava de uma temperatura agradável.
Olhei o céu.
Janeiro parecia possuir as mais belas estrelas no céu.
Uma estrela cadente... Fechei os olhos e fiz um pedido.
Voltei ao meu quarto e deitei na minha cama. Eu sou de Touro, ele era de Capricórnio.
O ventilador rodava, rodava e rodava.
Olhei para o meu sapo-bolsa-de-pelúcia que estava na minha cama. Dava para escutar o barulho da tv. Passava a novela.
Levantei e fui tomar um banho.
A água caía como uma massagem pelo meu corpo. Era gostoso sentir o líquido meio morno-gelado tocar em mim. Era maravilhoso.
Estava sem um pingo de inspiração para escrever. Eu estava com uma dor de cabeça chata na minha cabeça.


segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Hoje o reencontrei.

Hoje o reencontrei.
Não havia lembranças vivas, tão menos regadas de sentimentos.
Ele estava ali, naquela janela daquele ônibus.
Era ele.
Seria difícil não lembrar daqueles cabelos-escuros-lisos.
Seus olhos não pareceram, não se moveram na minha direção, demostrando que ele estava alheio a minha presença.  Olhos azuis ele possuía. Era um contraste com a pele branca e com os olhos, cabelos e sobrancelhas pretas.
Era de se esperar isso.
Eu ia fazer 15 anos quando namoramos por três semanas.
Não sei porque, mas tinha medo de fazer as coisas com ele.
Vasculhando em minha mente, lembrei-me do quanto tímida eu era. Não sei se mudou muita coisa... Mas enfim, era claro a minha completa inexperiência.
Por breve momento o ônibus ficou parado. Olhei e depois segui o meu caminho.
Foi estranho. Na verdade eu só me toquei que estava indiferente a ele.
Não sentia nada.
Hoje o reencontrei

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Conto de uma Suicida

Sentei e olhei para o céu. A princípio me distraí só com os movimentos das nuvens que escondiam a meia lua.
O céu estava repleto de pequenos pontos brilhantes estrelados.
Não sei quanto tempo isso durou, mas acabei mergulhando nos meus pensamentos.
Me sentia como se tivesse deixando a vida passar, como se tivesse desistido de continuar com a vida.
Cai tantas vezes. A impressão que eu estava tendo era que eu não conseguia ficar em pé. Sentia uma constante aperto no meu peito. Eu não sabia o que fazer. 
Descobri que meu grupo não era algo verdeiro, o que me tirou a base das amizades que eu mantia como as contantes e que eu pensava ser eternas. Problemas pessoais foram aumentando. Descobri que a minha variação de humor estava cedendo muito rápido... Não consegui me sentir bem. Não consegui me sentir... Não consegui sentir o silêncio na minha mente. Eu estava atormentada. Me sentia como um peixe fora d'água. Céus!
Tentei de vários modos encontrar o equilíbrio. Tentei me reerguer por diversas maneiras, mas não obtive  nenhum êxito. Perdi a vontade de viver.
Me sentia culpada.
Eu não deveria ter deixado as coisas chegarem a esse limite.
Senti que a solidão recomeçava a surgir em minha mente.
Descobri que era fácil entrar no fundo do poço. Juro que tentei sair.
Abri os olhos e vi como a noite estava escura. Uma dor de cabeça martelou outra vez.
Eu deveria ser mais forte, mais tolerante, mais alegre, mais simpática, mais inteligente...
Quando eu olhava para ela, desejava retirar toda a dor que ela sentia. Quando olhava para as minhas duas irmãs menores, desejava poder inserir na cabeça delas a maturidade que cabia à idade delas. 
Eu sabia que ela precisava de mim. Elas precisavam de mim.
A tristeza que vinha me acompanhando, mais o senso de responsabilidade que recaia sobre os meus ombros, mais minha sensação de inutilidade, mais minha falta de direção... A angústia repassava por tudo... Só havia uma coisa a fazer...
Encontrar alguém para ficar no meu lugar. 

sábado, 2 de fevereiro de 2013

O conto de um cão.

Sou pequeno e de pelos branquinhos. Tenho uma orelha preta e a outra marrom. Tenho mania de morder sapatos e retirar as coisas do lugar. Chegou em casa um bicho estranho. Era carregado por uma pessoa alta, pouco pelo, enrolado num pano macio. Parecia um filhote de humano. Seria que nem eu? Latia como eu lato? Eu andei em volta dele, latindo e balançando o meu rabinho. Afinal, que ser seria aquele?