sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

2011

Hoje não vou pedir coisas. Hoje vou lembrar.

Este ano foi o ano. Briguei, reconciliei. Perdi contatos, retomei amizade. Quase reprovei, passei com honra.
Fui a praia, encontrei antigos amigos.
Chorei no 13 de Maio, cuja as lágrimas  batizaram a minha bolsa. Passei o dia de Natal no hospital. Parei de respirar por duas vezes, uma por uma sms (algo como 'forte é o que você me faz sentir') e outra por uma frase posta no Facebook.
Reencontrei com alguém mega  especial.

Escrevi poemas, descobri que fazia crônicas, confundo com contos. Comecei a escrever dois livros, nos dois só fiz dois capítulos.

Aprendi que querer pode tornar verdade algo, pois quando se quer, encontra caminhos que o faz aproximar do seu desejo e obstáculos  só serviram para reforçar a importância, se você realmente quer, não cairá.

Emagreci, engordei, emagreci.
Dancei, cantei, desenhei, amei.
Liguei, mandei sms para mim.
Imaginei nós dois juntos novamente...
Fiquei feliz, fiquei deprimida.
Tive medo, muito medo.
Tive coragem, coragem para tentar, coragem de seguir em frente. Coragem de ir dançar músicas que eu não conhecia os passos...

Deixei meu primeiro trabalho: lá aprendi que se a primeira vez pode ser desastrosa e que pode acarretar no trancamento do curso, a segunda te dará mais segurança, te dará mais segurança, te dará oportunidades para rever e te dá força. Que nem todos com quem se trabalha, te quer bem. Que problemas podem ser evitados se desconsiderar ações ilegais  dos outros. Aprendi como pode ser prazeroso ensinar. Não penso em nada além de ensinar.

Reaprendi a dizer 'eu te amo' e me permitir a 'chorar'.

Não quero ser uma pessoa diferente do que fui em 2011.
Quero ser tudo o que eu fui e mais um pouco. 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

fluxo da consciência: Escolhendo o presente

Pensando em um presente...
Lá vai eu pensar num presente para dá a ele. Pleno Dezembro. Muita gente no centro. As americanas então? Quase não há espaços para se andar. Se prepare para passar uma boa hora na fila.
Chocolates? 
Não é uma boa ideia. 
Um livro, talvez? 
Mas o que levar? 
Auto-ajuda? Ele não precisa.
Algum Fantástico? Não sei se curte.
Um porta-retrato? Só é bom quando se coloca uma bela foto.
Tantas lembrancinhas com temas natalinos... Mas quem iria gostar de receber de aniversário algo que lembre outra coisa? Por qual motivo ele teve que nascer na Ante-véspera do Natal? Como se ele pudesse fazê-lo.
Fevereiro, Março... época de carnaval.
Eu só gostaria de ser um pouco mais fácil.
É fácil.
Como é fácil.
Pensei em fazer um desenho.
Pensei em fazer um poema.
Pensei em fazer tantas coisas...

Eu só queria ser um pouco mais inteligente,
Um pouco mais criativa,
Para dá a ele uma lembrança. 
Demonstrar a ele que já esperava por essa data a mais de um mês.

Como ele é?
Simpático...
Possui o sorriso mais belo,
Uma tração natural para ele...
Uma voz doce,
Um olhar... 
Que olhar...
Ele... Tantas coisas pra se dizer dele...
E nada vem em mente.

Pensei num anunciador de vento...
São tão legais...
Tenho um no meu quarto e há outro na varanda/terraço.

Simplicidade?
não.
Originalidade.

Vou pensar mais um pouco...
Alguma coisa que eu possa fazer que vai combinar com ele.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Fluxo da Consciência - A recusa do coração.

Se eu pudesse estar a frente do mar...
Sem ninguém por perto...
Gritaria até dessufocar  o que estou sentindo...
Não há porque ficar assim... não há.
Me sinto como uma concha que é retirada a sua pérola...

Eu quero..
Eu tenho...
Eu faço.
Não faço
Choro?
Não choro...

Só queria poder desligar uma pouco dos meus pensamentos pesarosos,
Só queria ter um motivo para dizer que o que eu sinto não é nada demais...
Eu só queria...

Porque eu tenho que ser assim?
Porque eu não posso simplesmente seguir o que a minha razão me informa?

Não consigo,
Não dá...

Lágrimas não...
Não é suficiente chorar...
Talvez, só talvez, eu tenha que ser assim,
Passar por isso

Mágoa...
Intranquilidade...
Insuficiência...

Como? E para quê ficar assim?

Não dá.
Não quero.
Não dá.

Meu coração pulsa por algo que eu mesma não consigo entender,
De tantas maneiras que eu procuro ser,
Ele não quer entender,
Como um órgão que faz parte do meu ser,
Se recusa a compreender?

Não é sonho,
Sem fantasias,
Só não consigo...
O que ele tanto solicita?
O que ele tanto...

Tanto...
Tanto...
Tanto...

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Conexão. :-)

Na me importava. Nada.
A música dominava o meu ser, as vozes eram como um sutil movimentos nos lábios, quase não se ouvia nada.
A batida, o jogo de luz, ajudavam ainda mais o desligamento da realidade.
Risos...
Tudo possuía a mesma conectividade.
Ele chegou...
Eu estava ali, dançando.
Estava anestesiada... Estava livre, por alguns instantes, das minhas prisões...
Eu podia tudo.
Tudo parecia tão simples agora...
Ele vinha olhando diretamente nos meus olhos...
A batida mudou... Agora era uma música mais agitada...
As luzes ficaram entre o azul e o vermelho...
Nada mais importava.
Ele sabia o que acontecia no meu ser todas as vezes que ele olhava pra mim daquele jeito?
Giros... Giros... Passos com pernas, ombros e cotovelos...
O ar ficava mais gelado...

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A Inglória da Véspera


O rio, de um tom vermelho vivo, lembrava sangue, transbordava corpos... Vestígio do grande ataque no Recife Antigo...
Não havia as lágrimas, não havia o desespero, nada além dos corpos boiando e do tom superficial no rio...
Que desastre para uma véspera Natalina.
Onde estavam as vozes? Onde estavam os repórteres que não haviam denunciado a grande inglória Recifense?
Estavam todos com medo...
Temiam uma nova invasão, temiam sofrer o mesmo destino daquelas centenas de corpos...
Os celulares tocavam... E ninguém ia atender...
Os carros parados... Os semáforos abriam... Não havia um automóvel que andasse...
E a dor... O esquecimento... Os familiares começavam a estranhar... 
Onde estavam seus filhos, maridos, amigos? Haviam marcado para  se encontrar para a ceia e simplesmente não apareceram?
Na net já possuía algumas cenas conturbadas que tinham sido enviadas por alguns... As 7 horas da noite... Foi a hora exata... Do grande ataque... Ônibus... Empresas... Casas... Nada foi esquecido naquela margem do rio...
E os corpos continuavam a boiar, como uma grande sopa de caldo avermelhado...

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Amar assim

Na beira do mar, as 5 horas da tarde... O céu ainda estava com um delicado azul...
Estávamos de pé. O vento soprava...
Ele estava a uns 8 metros de distancia de mim, de costa...
Eu gritei pra ele
Me perdoa!
Ele virou pra mim, sem entender
Te perdoar de que?
Com lágrimas jorrando dos meus olhos, falei
Me perdoa por te amar assim...

domingo, 11 de dezembro de 2011

fluxo da consciência - Pós encontro

Já vai dah meia noite... e  nada do telefone tocar, onde ele estava? onde será que ele se encontra
só queria ser uma abelhinha neste momento e ir de encontro a ele e simplesmente observá-lo
só queria poder ouvir a sua voz poder ir além de minha imaginação e ir de encontro a ele
poder tocá-lo
poder poder

Conhecimento não é o que eu procuro por que isso veio em mente agora
não sei
confusão
eu não quero
eu não posso
céus o que é isso
eu quero poder só
sei lá

Se eu o encontra-se agora o que eu faria iria dizer o que como dizer
como deixar claro que tenho uma ligação forte com ele
e que eu não sei
não sei
se sei sei
se não sei

só imagino
só desejo
eu sei o que sinto
ele
nada sei
sei algumas coisas
o que sei
sei
se sei
sei

Oh dúvidas
Incertezas

O que quero na verdade
A verdade talvez

Indelicada...
Insustentável dúvida

Ele fala
Eu escuto
Ele entende
O que eu disse
O que faço
Faço


Ele não entende
entende
Ele disse que está incerto
incerto
incerto

Meus pobres pensamentos
pensamentos
inseguros
talvez
só por não saber o que de fato ele deseja
deseja
desejo

Como posso acompanhar isso
como posso
posso
.
.
.

Vontade de gritar
vontade de dizer o que eu estou sentindo
vontade de dizer
nada
tudo
nada de tudo
tudo do nada

Estou aqui
Consegues me ver

Não acredito no poder de materialização de  minha mente

Como podes pensar nisso

Como ele pode escutar o que penso

Pensas

O que direi do sonho passado da estrela mais brilhante do céu enluarado
O que posso pergunto ver o despertar do sol sem nenhuma proteção para os meus olhos

como posso
como podes
sim
não

sim
não

diga que sim
direi que não
não confundas o que penso
não confundas no que vejo
o que vês
o que sinto
o que sentes
o que o meu corpo fala
o que teu corpo fala
ele sente sua falta
que parte
por completo

NÃO MINTAS
não grites
NÃO FUJAS
não me negue
negar?
Negar

-Olhe para mim só mais uma vez e diga o que queres comigo

não farei isso
fará
não farei
fará sim
não quero fazer
mas você tem que fazer
não preciso
você necessita
não necessito
PEDIR PARA NÃO ME NEGAR

E ele pede mais uma vez para eu não negar ele.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Grande Rei

- Se te amo, grande rei?- Como uma cachoeira num centro do deserto, completei na minha mente. A cachoeira seria um refúgio... Um bom refúgio da inconstância no deserto... -  Não há palavras que possam medir o que um jovem coração como o meu pode sentir por alguém na face da terra. Mas junto a ti não desejarei passar uma única noite.- Quando terminei de falar isso, o rei pareceu não entender o que eu havia dito. Como eu pudera ser tão cega a ponto de dizer que o amava? Como pude ser tão egoísta comigo mesma? Eu poderia ter ficado calada e deixado que tal sensação tivesse ido embora. Eu tinha uma boa apreciação por ele, mas ele não era merecedor de tal consideração. Ele era adorado, desejado, cortejado, aparentemente belo e acarinhado por muitas mulheres. O que me atraía nele era o simples fato de que na infância havíamos prometido um ao outro ficar juntos. Nutria por ele algo que eu não sabia explicar, mas eu queria cultivar. Mas o Gran'Rei se achava superior e simplesmente não queria dá o braço a torcer e arranjava desculpas para o não cumprimento de tal promessa. Não sei se ele sabia disso, mas a cada desculpa que ele arranjava, mais interessada eu ficava. Eu não queria aceitar os pretendentes que meus pais me ofereciam. Eu já havia conhecido vários. Eles eram sempre divertidos, com uma grande capacidade de argumentar, o que normalmente eu adorava. Mas eu era teimosa e o meu coração e meus pensamentos me traiam mutuamente. O que eu poderia fazer? Eu estava cogitando mesmo em deixar a promessa de lado até que eu tive que revê-lo numa partida de Xadrez há dois meses. Desde lá não tive controle. Em meus sonhos ele aparecia. Ele não era tão interessante quanto os outros pretendentes, não possuía um nível de argumentação bom. Mas era ele que eu queria. Mas eu estava começando a ficar cansada disso. Já tinha passado por isso. Eu sentia que ele estava indeciso. Ele arranjava desculpas para não realizar porém não dizia o adeus. Eu já tinha dito adeus uma vez. Mas eu sabia, por teimosia, que não tinha como fazer isso, ou se isso realmente seria possível.

(CONTINUA).