segunda-feira, 31 de março de 2014

Fluxo: Palavras

Kennst du meinen Traum? 
Kannst du mein Meinen Lesen? 

Sim, perguntei-me. 
Seria tão fácil amá-lo... 
Seria tão fácil ter seus beijos em meus lábios... 
Seria tão fácil se pudesses   meu pensar ler... 
Se existe uma coisa em que nunca entendi 
se  algo que me faz pulsar 
é saber que posso te ter por completo. 

Lábios com lábios, 
Mao que sobe, mão que desce, 
Respiração que se mistura 
Sons baixossons surdos 
Sons de desejos, 
Sons conhecidos 
Sons descobertos 
Sons de corpo 
Sons de alma 
Sons. 

Somos? 
És. 
Sou? 
Sim. 
Se posso te dizer um segredo 
Se posso te dizer o que o meu corpo não esconde 
Se posso te dizer o que me fazes sentir quando me tocas 
Se posso te dizer o prazer que me atinge quando você simplesmente rugi 
Quando simplesmente  
se colocas em mim, 
Saberias que eu estaria mentindo 
pois palavras não são suficientes 
palavras não atingiriam 
palavras não são 
Suficientes. 

Quem poderia dizer, então? 
Quem poderia sentir, então? 
Quem poderia? 




Sonho: der traum. 
mente: der Geist 
Meinen: pensaropinarsuporachar

domingo, 30 de março de 2014

Sonhos - poema

Entre sonhos e medos,
Entre medos e pesadelos
Entre sonhos e bobagens,
Sempre me vem a tua imagem.

Entre o coração que pulsa,
Entre medos e desejos,
Entre a tristeza e agonias,
Sempre me vens em meus pensamentos.

Entre loucuras e sanidades,
Entre o encontro e desencontros,
Entre tudo e o nada,
Sempre me vens em meus mais íntimos segredos,
Hora ou outra meu corpo por ti clama de tanto desejo,
Que em chamas minha respiração encontras o que não tocaste,
Que em chamas de uma ilusão meu coração se encontra,
Algo que era magia,
Algo que tem sido uma gripe doença.

De encontro ao teu corpo,
De encontro à luz apagada da sala,
Aos teus beijos em meu colo
Aos teus beijos em meus lábios.

Se o toque da trombeta não fosse um alarme,
Meu coração repleto de sensações em alarde,
Teria pulsado e teria em mim te colocado.

Aos olhos de um outro alguém,
Meu corpo apenas paira inerte entre os outros seres.

sexta-feira, 28 de março de 2014

O Último Adeus -Ep. 2

Já leu a Introdução episódio 1?
2 
Horas se passaram e o avião já havia decolado. 
Eu peguei um voo que partia no final da tarde. Eu tentei dormir a noite, porém eu não havia conseguido. Apesar de ter dito a minha esposa que viagens de avião eram seguras, eu não tinha tanta empatia com eles. Algo disse que já havíamos passado da África e já havia passado 80% do trajeto. Uns pares de minutos fizeram o avião vibrar. Havia sido algo meio tenso, mas se passou bem. 
Quando estávamos próximo ao aeroporto, os procedimentos padrões foram feitos para uma descida segura. Algo deu um alerta, algo de sempre, avisando-nos que estávamos descendo. Era uma sequencia em ele se inclinava e depois voltava a ficar em sua forma horizontal. Numa dessas sequencias o volante do avião travou e os pilotos não conseguiram erguer, tão menos diminuir a velocidade, mas só perceberam o perigo os que mais tinham experiência em voos. Foi uma queda rápida, seguida de uma intensa e extensa implosão. 

Leia o Episódio 3 (em 04 de Abril de 2014)

sábado, 22 de março de 2014

O Ultimo Adeus- Ep. 1

Já leu a Introdução?
1 
E ela estava com aquele ar triste,  
que era bastante incomum para uma criança de seis anos, principalmente para esta que era tão risonha e amável. Eu olhei para a mãe dela, que era a forma adulta da filha, tão bonita quanto. Talvez tenha sido por este espírito que ela tinha, por esta animação de ver o novo em que  situações demonstravam. Ela notou que eu olhava-a e deu um sorriso simples, aquele  que sempre vinha acompanhado de uma pergunta. E ela o fez: ''Tem certeza que tens que ir?'', ela se aproximou de mim. Do que ela temia, afinal? Ela falava com se temesse por algo. Eu sorri e toquei em seu rosto e respondi: ''sim, eu tenho.''. Não seria uma longa viagem, eu estaria viajando por duas semanas, mas as minhas meninas, minha filha e a minha esposa, pareciam temer que algo fosse acontecer. Eu dava crédito a minha esposa quando ela dizia que iria chover, pois era tiro e queda. Mas agora, eu não entendia. ''Eu vou a Alemanha, passar apenas alguns dias. Farei uma escala depois disso na Geórgia, visitar meus pais. Eu volto''. Senti algo estranho no meu peito. ''Você volta mesmo?'', minha filha perguntou-me. ''Sim, eu juro'', falei. 
Eu a abracei e vi que em seu olhar havia um brilho diferente. ''Hora de você dormir, garotinha'', falei olhando minha filha. ''Podes me colocar na cama, papai?'', e eu simplesmente disse ''sim''. 
Uns trinta minutos depois, ele sai do quarto dela e encontra a sua esposa em pé. 
-Não foi dormir? 
-Eu não consegui. 
-Você ao menos tentou? 
- Sim, eu acho. 
-Você acha? 
-Deitei, mas lembrei que não estavas ali. Eu quero passar esta última noite com você. 
-Mas esta não será a ultima noite com você. Eu viajo amanha, mas estarei de volta em duas semanas e... 
-Não. Eu sei, é só que... 
- Eu já disse que não precisas ter medo. Voar de avião é mais seguro do que de ônibus, por exemplo. 
- Por favor, Shota, não é o meu desejo que você me convença  que  esta não será a sua última noite comigo. Apenas desejo passá-la com você. 
- Agora eu entendi. Eu só... 
E antes de completar o que ia dizer, ela se aproximou de mim e tocou-me no rosto com a palma da mão. E o silencio se fez em nossa boca ali. O toque havia sido carinhoso e aumentava a cada segundo enquanto ficávamos ali. Havia algo dentro de nós que nos aproximava. Eu olhei para ela e ao poucos fui cedendo. Eu não iria sair tão cedo, mas ela iria ficar cansada com certeza. Mas havia algo esta noite mais forte do que o de costume. Como se aquilo, fosse sumir ou explodir. Era algo que misturava desejo e medo. Era algo repleto de amor e temor. Mas isto era apenas uma viagem, apenas uma viagem! Já havia amanhecido e as trocas de carinho ainda não havia cessado. 
-Você não vai dormir? 
-Vou sim. 
-Então o faça. 
-O farei, pois sei que estás aqui. 
-E eu sempre vou estar. 



quinta-feira, 6 de março de 2014

Encontros e desencontros: Episódio 5

Já leu o ep. 1, o ep. 2, o ep.3, o epi. 4?

Escute isto enquanto estiveres lendo. A thousand years - Christina Perri 

E como são feitos os sonhos? Sabes informar-me? Se sim, sento agora e escuto-o com todo o meu prazer. E assim presto atenção a todas as palavras em que você poderá dizer. E agora, o que me contas? 
Sonhos? Sonhos reais ou sonhos que sobrevoam a nossa mente enquanto dormimos? Ou aquelas histórias de desejos para um futuro como sonho? Então, o que procuras? Simples, tudo faz parte da mesma coisa, sonho.  Imaginar e desejar algo que queremos... 
O sonho,  não pode ser explicado, só exemplificado e isto eu posso te oferecer. 
Então, conta-me! 
Então... Na ultima noite sonhei com algo tranquilo, algo bonito, algo sincero. Algo que só poderia contar pra aqueles que saibam sonhar. Não contaria para aqueles que acham que sonhos são bobagens. Se você o achar, melhor nem mais escutar. Se queres saber, continue aqui. E aqui vamos nós. 
Estava caminhando na beira do mar, numa tranquila noite cheia de estrelas. Como todas as vezes, uma paz entrava no meu ser e eu começava a pensar em tantas coisas, coisas que me faziam bem, coisas que me faziam repensar nas atitudes que eu tinha feito, coisas legais, coisas interessantes, coisas que eu simplesmente reviveria outra vez. Passados dez minutos de caminhada, vejo uma mensagem no meu celular. Era ele. Não precisava mais de nada para explicar quem era ele. Algo sempre me fazia nervosa, sempre me deixava com uma curiosidade além do limite. Sempre me deixava com uma vontade incrível de saber o que vinha atrás daquelas mensagens. Eu estava ali para acalmar-me, e estava assim, mas aquela mensagem me deixou com uma típica sensação de querer, uma simples pensamento de que nada havia mudado. Confesso que eu não esperaria isto dele. Percebi que a gente não nos entendíamos. Aquilo era verdade, aquilo era uma feia verdade, nas esquinas de tudo o que eu tinha feito, nada o fizera notar o quão especial ele era pra mim, e eu sei que imaginei mil coisas com ele. Confesso que ao olhar para a tela do meu celular, não sabia ao certo o que fazer. Não, eu não sabia. Certas coisas ficam gravadas, como cicatriz, e jamais vão embora. E o que eu sentia agora era algo que não sabia ao certo o que pensar. Bem verdade que eu estava tão distante agora que não poderia isto alterar... 
Isto foi o seu sonho? 
Sim. Sonhos nem sempre são ligados à lógica, apesar deste sonho parecer que foi vivido. Onde eu parei... Assim, sentei-me e olhei o celular. O que eu temia? O que é que eu temia? Não poderia ser algo de mais, ou seria? Fazia tanto tempo em que a gente não mais se falava, era até estranho ele tê-lo feito. Mas o fizera. Abrir a mensagem, e assim estava escrito: 'Eu não sei porque ainda estranho o fato de você manter o mesmo número'. E como eu sabia que era o número dele? Bem, eu não sabia. Não tinha o número dele no meu celular, mas lembrei assim que eu vi o número. Seria mais maturo de minha parte apenas ignorá-lo. 
Mas tudo em que girava em torno deste cara, fazia-me ter curiosidade. Então eu respondi: 'e ainda tens o meu número? Quem deveria estranhar era eu.' Agora fechei os olhos e perguntei-me o que ele queria. Ele sabia muito bem o que eu pensava dele, e ele sabia da dificuldade que tivera em esquecê-lo, e como fora bem fácil reaquecer o sentimento. E o que ele queria, meu Deus? 


Escute isto enquanto estiveres lendo.When You Say Nothing At All

Antes que continues, poderias explicar o que foi que te fez isso sonhar? 

Eu poderia explicar, mas isto não faz parte do sonho. Eu fechei os olhos. Senti que o vento havia passado em meu rosto, fazendo meus cabelos ondularem por alguns momentos. Eu abri os olhos e dei de cara com ele.

Como eu deveria ter agido? Em primeiro, senti-me como se algo tivesse levado para longe qualquer senso de coragem do meu ser. Eram bobagens, confesso. Nada no mundo poderia explicar o que se passou em minha mente. Nada. Simplesmente calei-me, mesmo tendo vontade de gritar sérias coisas, de simplesmente colocar tudo em que se passava em meinha mente, mas não soube fazê-lo. Olhei e simplesmente esperei. Não havia motivo para tanto, não poderia haver. Mas sonhos, como todos eles, não seguem uma ordem lógica, sonhos simplesmente acontecem, seja movido pelo um desejo intrínseco, seja um desejo exposto, mas sempre seguem um desejo que em nós nutrimos. Sonhos não é coordenado pelas lições de vidas que temos, sonhos têm os seus próprios desejo, sonhos têm seus próprios destino.

Mas como é que este sonho termina? 
Como? Bem, este sonho mudou, tem outro final. Mas acho que deviria outro sonho contar. Pode ser? Bem, o da praia termina bem simples, sem final até. Eu sei que esperavas algo mais romântico, algo mais vivido, mas confesso que eu também fiquei desapontada. Sonhos sempre terminam, mesmo que não tenha um final. Perdoe-me. O outro era bem mais vivido. Ele se passou próximo a minha casa. Sim, sempre há aquela velha história que carregamos dentro do nosso ser, aquela que nos leva a pensar num futuro romance. Parece patético falando, mas acho que é o destino de todos ter um sentimento escondido. 
Isso é o seu sonho? Fala logo, estou começando a ficar impaciente. 
Bem... Próximo a minha casa há duas casas que vendem doces, acho que o nome que se dá a elas é bomboniere. Enfim. Ele estava lá. 
Tu tens uma fissura por 'ele', certo? 
Posso continuar? Eu já te disse, sonhos não são controlados por nós mesmo! Posso terminar de contar este sonho e depois termino o que eu comecei, pode ser? 
Sim, estou ficando curiosa com os dois. 
Então. Eu tinha um amigo que sempre falava esta palavra. Era curioso, às vezes servia como um ponto final, outras vezes como uma ligação com outra coisa em que ele estava falando. Continuando... Onde foi que parei? 
Ele estava na casa de doces. 
Certo. Na verdade ele não estava dentro. Foi o seguinte... Eu estava pra sair de lá. Como lá tinha duas portas pra você sair, a primeira dava para um pátio e em seguida pra rua, eu estava no pátio quando vi ele passando pela porta. Ele não entrou, apenas passou. Eu andei de costas até sair da qualquer ponto de visão dele. Se isso foi estupido? Não sei, só não queria ter que ficar na frente dele. Algo dizia-me que aquilo não iria ser a melhor situação a ser enfrentada agora. Virei-me e chamei minha irmã e saímos de lá. Mas encontrei com ele no caminho, na verdade, ele veio ao meu encontro. 'Céus!', eu pensei. Não estava preparada para aquela situação, não, eu não estava mesmo. Como sonhos são algo rápido e que muitas vezes esquecemos os pormenores, só poderei contar a situacao que me lembro ter acontecido, não consigo lembrar palavra por palavra como isto sucedeu. 

Teria como seres um pouco mais rápida? 
Sim, eu tenho. Você o quer? 
Céus! Termina!!! 
Ok, continuando... Houve uma briga entre eu e ele, algo que nunca tinha acontecido com a gente. Palavras feias foram ditas, pesadas até. Ele parecia raivoso, mas não agressivo. Sonhos nem sempre mostra o seu comportamento verdadeiro ou o que estás acostumado. Enfim, continuando, eu segui em frente. Ele veio atrás de mim. Outras confusões foram feitas. Nada de mais foi este sonho, mas eu não entendia motivo dele fazê-lo. Algo estava vivo em cada palavra que proclamávamos.  A briga se intensificou, a tal modo que não conseguíamos passar desapercebidos. Eu pedi para ele para, quero dizer, eu tentei fazê-lo, mas nem eu consegui controlar a vontade em que eu sentia de falar. Tentei ignorá-lo, sim, mas não fui feliz nisso. Ele me atraia, em tudo. Fechei meus olhos e calei minha mente, fugi da li em pensamentos e senti o silêncio. Não poderia continuar assim, não poderia. Ele não estava mais ali, aquilo ali era apenas meus pensamentos. Foi aqui que eu escutei a forma carinhosa em que ele sempre tivera me chamado. Ao abrir os meus olhos entendi o que se tinha passado. Eu não tinha feito isto de propósito, eu não tinha conseguido me silenciar. Eu tinha desmaiado. E foi ai em que eu percebi onde estava, eu estava nos braços dele. 

Escute isto enquanto estiveres lendo e esperando: SUPERGEIL - DER TOURIST
  
Sonhos sempre tem finais felizes? 
Não. Sonhos não tem finais, sonhos não tem desleixos. Sonhos são apenas sonhos. Sonhos são aquilo que te faz ter uma nova ideia de viver. Não tem infelicidades. 
E o que vem depois disso? 
O que vem? Bem, isto é apenas um sonho. Sonhos frequentam em nossas mentes e não nos permite tocá-los. Sonhos nos dão mais uma vontade de vivê-los, ou de assim tentá-los. Sonhos vibram, sonhos são sonhos. Mas posso dizer que este tem um final sim.  
Então, diz, qual foi? 
Não temos um beijo, tão menos um contanto mais profundo do toque. E quando se encontra, sabe-se que é algo verdadeiro. Algo que mexe, algo que nos deixa tao leves, algo que faz a gente sorrir. Algo tão simples, mas tão grandioso. 
O que foi? 

Um sorriso em nossos lábios. Depois de um troca de olhares, acordei. Sonhos sempre terminam nas melhores partes.

fim deste ep.