quinta-feira, 26 de abril de 2012

Histórias e histórias...

Como esquecer do primeiro encontro? Da primeira tentativa  de beijar? Como esquecer da primeira briga? Ah... Esse ai ninguém esquece... Sabe por quê? Porque o medo de perder o outro pode ser tão grande, tão absurdamente exagerado, que a reconciliação pode ser mais do que uma simples troca de carícia. É algo que envolve tudo. Cérebro, pulsação, coração e bastante, bastante mesmo, emoção.  Os primeiros são o que sempre marcam. Sempre. Sabe o porquê eu digo isso? Por um simples fator: fomos feitos para aprender, para digerir cada nova sensação que conhecemos. Tai um dos motivos que não esquecemos tão fácil nosso primeiro (a) namorado (a). Há sempre uma lembrança, seja boa ou ruim, mas sempre há. Há o desejo de toque, o do contato físico e emocional. Há pessoas que dizem que gostam de manter a amizade com o ‘ex’, mas essas, talvez, desde o princípio só desejavam a amizade mesmo. Não há como manter a mesma relação que existia entre o ‘inter-relacionamento-mais-que-amigos’, pois a lembrança é viva demais, o desejo de ter aquela convivência é forte demais. Amizade entre ‘ex’, nobre leitor, ao meu ver, é quase inacessível. Amigos, amigos. ‘ex’ a parte.

sábado, 14 de abril de 2012

Doce Mar

Ao mar,
O amor,
das ondas sobre o mar,
de uma intensidade
sem limite da minha tenra idade.
De uma brisa tão delicada
De meu sentimento.

Se te olhar com meus imaturos olhos,
Queira me perdoar.
Pois em mim pulsa
o SIMPLES desejo de VERDADEIRAMENTE te encontrar.

Se o amo grande ser?
Não há palavras que possam medir
mas querendo, podes sentir.

De sua água tão cristalina,
de suas espumas tão desejosas.
És para mim, mar,
meu doce Mar

domingo, 8 de abril de 2012

Pesadelo: Só

Corria...
Corria...
Estava tudo embaraçado... Uma confusão de cores... Minha respiração estava acelerando... Estava tudo escuro... Frio... Muito frio... Parei... Não havia ninguém próximo a mim... A rua estava deserta... Estava estranho... Muito estranho...
Minha casa estava ali, bem próxima... Entrei em casa... Estranho... Muito estranho... Estava aberta... Eu sempre fechava a porta quando saía... Escuro... Uma coruja piou ao longe... Eu estava sozinha em casa... Onde estavam todos? Escuro... Tudo escuro... Cadê o povo da minha casa? Eu não suportava ficar só em casa... A casa ficava fria... 
Cada barulho era uma sentença para um novo susto... 
Estava ficando surtada? Não poderia estar... 
Na sala... 
Iria dormir na sala... 
No meu quarto... Se eu dormisse lá... E se alguém chegasse... E se esse alguém desejasse... Eu estaria indefesa no meu quarto... 
Eu não poderia ficar só no quarto...
Na sala... 
Seria na sala... 
Só na sala... 
Estava na sala... 
Estava muito frio... 
Não conseguia dormir... 
Só na sala... 
Ninguém iria aparecer? 
Onde estavam todos?
Levantei-me... 
Tinha algo estranho no quintal... 
Ali... 
Perto das plantas... 
Em cima do murinho... 
Aquilo era um rosto? 
Não... Não era... 
Estava muito pequeno... 
Do tamanho de minha mão. Aproximei-me... 
Por qual motivo iria fazer isso? Simplesmente eu poderia voltar para cama... 
Poderia... 
Mas... 
Dormiria? 
Não. 
Cheguei perto... 
Aquele pequeno corpo estranho se movimentou... 
Aqueles olhos não encontravam os meus... 
O rosto era bem pálido... 
Céus! O rosto lembrava a de um palhaço... 
Medo... 
Muito medo... 
Uma figura estranha na minha casa... 
E eu estava só... 
Muito só... 
Ele girou a cabeça assustadoramente... Medo... Muito medo... Ninguém aparecia pra me ajudar... Ninguém... Absolutamente ninguém... Aquele ser começava a pular... Não em cima de mim... Nem em minha direção... Estava tentando fugir pelo prédio vizinho a minha casa... A escola abandonada... 
Céus...
Como o último instrumento... 
Tentei gritar... 
Minha voz não saia... 
Por mais esforço que eu fazia... 
Ela não saia... 
Simplesmente não saía... Desapareceu...
...
Acordei no meu quarto... Eram pouco mais de uma hora da manhã...

quinta-feira, 5 de abril de 2012

O beijo do serafim

Estava com uma sensação estranha quando me levantei aquela noite. Estava com um tempo esquisito lá fora... O céu tinha uma cor que mesclava o azul escuro e o azul anil... As nuvens ficavam em grande destaque no céu... A lua em seu estado mais completo... E lá estava ele...

Seria um sonho? Seria um delírio meu? Não havia ninguém próximo a mim... Só estava ele, esplendido, ali, logo ali, debaixo daquela magnífica árvore, do fruto mais doce da face da terra... Havia uma iluminação diferente... Como se quisesse está iluminado... Que tão belo ser... De olhos acastanhados, não possuía cabelos cacheados, mas um corte bem curto... Não eram loiros, mas de um castanho tão escuro, tão escuro, que parecia com o preto... Ele olhava pra mim... Ele realmente olhava pra mim. 

As seis asas dele o deixava mais angelical... Seria pecado olhar pra ele do jeito em que eu estava olhando? Ele era o ser mais belo em que eu havia, um dia, conhecido. Seu sorriso era meio maroto, seus olhos me hipnotizavam... Não sei se eu flutuei ou se eu andei até lá. O que eu sei é que eu estava tão próxima dele agora do que quando eu comecei a descrevê-lo. Ele estava ali, e eu aqui. Estávamos tão próximos do que os últimos sonhos que eu tive com ele. Ele olhava pra mim de uma maneira tão curiosa, como se estivesse pensando no que eu poderia estar pensando. Seus olhos me fizeram esquecer o chão, sua mão tocara na minha, fazendo que os meus batimentos acelerassem, que meu sangue corresse, que tudo a minha volta só se tornasse um breve borrão... Só existia eu e ele... As asas dele nos envolveram, os braços dele se moldaram no meu corpo, e eu fiz o mesmo movimento que ele.... Por um momento ficamos assim, um encarando o outro... Como uma carícia silenciosa... Silenciosamente penetrante... Ele era magnificamente belo tão de perto... Como eu poderia ficar assim... Tão perto dele... Será que ele conseguia escutar as batidas do meu coração? Será que ele poderia sentir o mesmo que eu? Seria possível... Eu estou apaixonada novamente... E pelo mesmo anjo? Pelo mesmo ser... Ele era o meu Serafim... Seria errado pensar assim? Não tenho medo dele, tão menos desse sentimento que estava, novamente, brotando do meu ser... Delicadamente seu rosto foi descendo... Meu nobre e tão belo anjo....