terça-feira, 30 de abril de 2013

fragmentos: vento de inverno

Vento que sopra tranquilo, me arrasta para o céu e faz voar, entre nuvens tormentadas pelas chuvas, me faz ver as estrelas e o além mar

A bicicleta

Todos os dias eram a mesma coisa: ônibus lotado, gente fazendo barulho. Mesmo cansado, não tinha o direito de vir sentado. Quando podia, via o mar de Olinda pela janela. As vezes era divertido. Certa vez, no centro do Recife, uma dessas vendedoras ambulantes de pipoca, subiu no bus e vendeu algumas. Ela desceu. Algumas paradas depois ela subiu outra vez. Teria ela notado que havia pego o mesmo ônibus? Enfim. Num dia desses, na parada de ônibus, reencontrei uma antiga velha amiga. Conversa lá, conversa cá, descubro que a avó dela morava numa parte do caminho, em frente a praia. Ela havia me contado que ia de bicicleta ao trabalho. Me interessei pelo fato. Perguntei se assim eu poderia fazer. Questionei-a  se eu poderia deixar a minha bicicleta na casa da avó dela.
Dias depois já comecei a fazer isso. Todos os dias, na mesma hora, saia e andava de bicicleta parte do caminho...
Algumas semanas se passaram e era o mesmo ritual.
Houve um dia que ele deixou a bicicleta lá, antes de sair viu a senhora dona da casa. Sorriu para ela. Ela fez o mesmo gesto com os lábios para ele. A tarde chegou e ele não voltou para buscar a bicicleta. Dias, semanas, meses e anos se passaram, e ele nunca voltou a buscar a bicicleta...


segunda-feira, 29 de abril de 2013

Que apenas me quer

Te dou o céu, te dou o mar
mas meu coração não está a te amar.
O que posso te oferecer
qualquer outra mulher pode fazer.

Os meus sonhos você pode até realizar
o meu coração podes até tentar conquistar
você pode ser o mais nobre dos príncipes 
você pode até me levar a lua
só te peço: me deixa na tua

Não és sonho,
Não és fantasia
és a verdadeira face de um homem
como um cavaleiro, passas por batalhas,
e como um rei, vence todas elas.

Você é a força, você é a verdade
Você é o cara que anda me rodando
você é o cara que apenas me quer.

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Nota: Quando escrevi isso eu estava apaixonada por alguém e sabendo que havia outro por perto.  Hoje quando reli isso achei interessante. Hoje há alguém que demonstra claramente o interesse por mim, mas eu sei que não sinto nada... Estou disposta a arriscar, a permitir que ele entre e quebre as barreras do meu coração. Eu acho que eu devo isso a mim. Me permitir que um outro alguém consiga entrar e romper as barreras de carne e de ossos que protegem meu coração. Acho que isso não é errado.

domingo, 28 de abril de 2013

Fluxo da consciência: Sair do PC

Ao pensar novamente eu aqui...
qual é o problema em si?
Num dia frio... Quantas coisas eu posso pensar?
Coisas que ficam burlando as minhas sensações... Que ficam pulando, que incomodam...
Estou com uma sensação esquisita em meu peito..
Foi para hoje que eu voltei..
Dejavú
Desmemórias em série...
Que coisa
Estou cometendo os mesmos erros?
Aff
odeio isso
Odeio?
Sei lá
Sinto como se eu tivesse me jogando novamente num mar da solidão...
E essa culpa é minha...
Permito-me a isso.
Não deveria...
Sei lá
Que coisa
Que droga
O que pensar?
Como dispensar?
Tomando um banho, indo dançar, lavar os pratos...
Sair do computador
ele  não ajuda em nada.
Que coisa...
Que droga
O que pensar?
Não penso
Não quero
não.
Aff

pensamentos que me levam a minha musa
pensamentos que me levam a outra conduta
isso não é uma disputa
quase dizendo uma palavra chula

Que coisa
que droga
Domingo
Chovendo
Com dúvida
Que saco
Que coisa

Não dá
não continuar assim
sei lá
Apenas um norte
Que norte?
Recuperar a certeza que eu sempre tive
Recuperar o meu humor
Levar as coisas a  sério e ao mesmo tempo na brincadeira
Não guardar comigo um sentimento sequer
mas...
Há algum sentimento em mim?
Sei lá...

Já não sei se sou uma pessoa que possua algum sentimento...
Fiquei fria?
Sei lá...
O toque na pele que não ultrapassa a barreira de carnes e ossos do coração
sinto que nem há a aceleração do meu coração...
Afinal, o que é que eu estou sentido?
Estou me iludindo?
Estou revendo o modo de minha vida?
Que droga!

Que coisa....
Posso pensar nisso?
Não!
Pensamentos ruins só nos leva a um campo de negatividade
só nos leva a nos ferrar
Não!
Ao grito do meu peito que inflama minha mente e transborda
Não!
Não dá!
Frio como a neve, molhada como as chuvas...
Seca como o sol, distante quanto uma ilha...

Preciso de um banho para limpar meus pensamentos
Preciso de um livro para me tirar dos minha atormentada mente...
Preciso sair do computador e ver a vida...

Natural...
Nada de tecnologia...
Preciso de um mero tempo...
Nada com nada
Tudo com tudo...
Sei lá...

Já não penso como antes...
Já não sinto como antes...
Seria eu uma humana-computador?
Onde só há a introdução de dados e nada de vivenciá-los?
O que há com a minha mente?

Céus!
Vá entender isso...
Que coisa,
Que droga,
Sei lá...

Me joguei num mundo de lembranças.
Me joguei num mundo do esquecimento...
Preciso sair.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

O Armário

Cheguei par visitar a casa que seria alugada para a nossa temporada de férias em Olinda. Todos os anos o grupo do trabalho decidia ir para um lugar diferente. Trabalhávamos para uma agência de viagens e o nosso setor era justamente de criar crônicas para despertar a fantasia dos clientes. 
Entrei na casa. Era bem ampla e espaçosa. Em todos os quartos havia banheiro. A cozinha era bastante cômoda, assim como os outros ambientes. Quando eu ia ligar para a minha chefe, descubro que a casa já tinha sido escolhida e que as pessoas do meu trabalho já estavam a caminho. Fui até a minha casa e peguei as minhas coisas, o que acabou me deixando para trás e eu acabei pegando o último quarto. Ao entrar lá descubro que não tinha um banheiro para mim. Eu estranho isso. Não que eu fizesse questão de ter um só para mim, mas a dona da casa havia me dito que todos os quartos possuíam um. Deixei as minhas coisas de lado e fui organizar os papeis que eu tinha trazido, coisa pouca, só pra reler e fazer alguns planejamentos. 
Estava tarde e percebi que todos estavam dormindo. Deito na cama. Escuto um 'pic poc, pic poc'. Acordo e fico deitada. Afinal, de onde vem esse barulho? Virei a cabeça de vagar e olhei para os lados, mas, infelizmente, o quarto estava escuro. Respiro duas vezes e viro de lado. Outra vez escuto um 'pic poc, pic poc'.  Me levanto e ligo a luz. Não havia nada e nem ninguém fazendo barulho no meu quarto. Olho para o relógio e vejo que eram apenas três e meia da manhã. Belo começo de férias. Sai do quarto e fui para sala. Percebi que todos dormiam, todos menos eu. Vou a cozinha, tomo um pouco de água e volto para o quarto. Outra vez escuto um 'pic poc, pic poc'. Olhei para o relógio. Eram três horas e quarenta e dois minutos. Céus! Eu já estava me aporrinhando. Seria alguma brincadeira? Ou a casa estava com defeito? Ah, claro! Para alugar a casa ninguém conta todos os detalhes da casa. Me levanto e vou procurar de onde vem o som. O som vinha do armário. Do armário? Que saco! Como eu não imaginei isso? Mas isso não era som de ranger da madeira, parecia... Parecia... Parecia outra coisa. Abro uma porta, nada. Abro outra, nada. Havia apenas uma terceira porta. Abri. Tinha um tapete no chão. Um tapete no armário? Entrei. O armário era embutido e era enorme. Me cabia dentro. Achei estranho, mas depois que o tapete terminava, percebi que eu entrei em um outro quarto. Encontrei o interruptor de luz e liguei. Fiquei surpresa pelo o que eu encontrei. Era um banheiro completo e todo rosa. Eu cheguei a pensar que estava sonhando ou sei lá, qualquer coisa que não fosse realidade. Mas estava lá. Quem iria acreditar que uma das portas do armário, daquele imenso guarda-roupa, era a entrada do banheiro?  Aquilo ali era um guarda-roupa-guarda-banheiro. Isso daria uma ótima crônica... Mas será que alguém iria acreditar nesse armário de Olinda? Ou iria achar que seria apenas uma crônica?

quinta-feira, 25 de abril de 2013

relembrando

Incrível como as coisas se repetem... Uma hora somos nos a esta brincando de esconde-esconde na rua de casa. Parece que foi ontem... Agora é o meu primo Dori que está ali, SE DIVERTINDO! No meu tempo as coisas eram diferente. Era barra bandeira, queimado, Super Nitendo... Era divertido ser criança. Parada agora, em frente de casa, relembro as coisas que eu fazia. Percebo que os adultos acabam inventando doze mil maneiras pra mitificar a felicidade.

quarta-feira, 24 de abril de 2013

A viagem ao desconhecido - Prólogo



- O negócio é mergulharmos juntos no desconhecido. - Ele dissera... E eu levei a sério... E agora estávamos juntos dançando num canto completamente desconhecido, com músicas estranhas e pessoas que falavam uma língua que nem eu e nem ele entendia. Só pensando nisso me deixou parada por alguns instantes. Eu não havia planejado isso, havia simplesmente partido com ele numa viagem sem destino certo. Apenas em busca do desconhecido.


(Continua)

fragmentos: Sol

No meio das terríveis tempestades sempre surgirá um sol. O problema é que as vezes não estamos preparados para a aparição desse grandioso astro. Estamos vivendo num tenro frio e molhado tempo, podemos ficar cegos pela luminosidade solar e achar estranho o calor que ele trás consigo...

fragmentos: Querer

Aprendi que quando um não quer, não importa o que faças, ele não te olhará com outros olhos.

Fragmentos: Amor

Sinto um sol brilhando em plena tempestade 

terça-feira, 23 de abril de 2013

fragmentos: Sorte

Só tem sorte quem nela acredita.

Táticas do coração - Parte 5

Já leu a Parte 1, a Parte 2, a Parte 3, e a Parte 4

No sábado,
Eram 14:57 quando recebi a seguinte mensagem: Lah, não poderei ir ao shopping com você. Tenho uma coisa a resolver...
Eu já estava me preparando para ir tomar banho. Eu estava animada. Eu sabia que poderia ser hoje. Ao menos eu saberia a resposta disso. Se eu conseguiria ou se isso não iria rolar. Mas essa mensagem me desandou completamente.
Como resposta eu mandei:  Esperou até agora  para dizer isso?
Ele poderia ter dito isso mais cedo.
Eu: Tas fugindo de uma mera conversa?
Por qual motivo esperou até essa hora?
Ele respondeu: Não, apenas vou à um enterro.
Para uma mensagem de celular, foi bem formal. Ele até usou a crase. Talvez por ele querer demonstrar que sabia como usava ela. Sendo que não se usa, não nesse caso.
Minha resposta: Lamento.
Lamentava mesmo. Mas coloquei assim, só com uma palavra, para não definir exatamente o que lamentava. Eu queria ter saído com ele e também não gostava da ideia de enterros. Minha resposta havia sido para ambas as ideias.
Como eu estava na internet, continuei lá.
Ele respondeu: Não parece que lamenta, mas enfim, desculpe...
Jurei que estava havendo numa certa cumplicidade. Não respondi pra ele. Continuei o que eu estava fazendo. Estranhei quando, pouco de 45 segundos depois, recebi uma nova mensagem. E era dele. Por qual motivo ele estaria enviando aquela? Não tinha ideia. Não era de costume ele fazer isso.
Ele dizia que: Agora que eu soube, não seja inconveniente.
Eu: Hã?
Inconveniente? Por que ele me chamaria assim?
Mandei outra resposta: Já fui a um enterro antes e não gostei. Sei muito bem o que é ver o findo de uma vida. Nunca seria assim.
Eu tinha ido a um e a sensação foi terrível. Eu fiz um acordo comigo mesma de só a ir outro quando fosse de alguém da família, alguém que eu lamentasse de ver nunca mais. Como alguém poderia me chamar assim? Inconveniente? Por isso? Acho que essa foi a segunda vez que ele usava uma qualidade na qual não me pertencia.

No domingo,
Mandei a mensagem: Olá! Ao garoto que se assemelha a um nobre cavalheiro, que está pronto para ajudar a uma amiga que precisa ser medicada, ou quando acompanha a uma cerimônia de despedida de um ente amigo, só desejaria, no momento, que uma brisa silenciosa passasse por ti como uma carícia em seu rosto.
Não sei ao certo se acreditei muito no lance do enterro, mas verdade sendo, era um ato legal. Gostaria, mesmo, que ele dirigisse essa legalidade para mim.

Terça-feira,
Falei com Dih. Ela tinha vindo toda expectante pelos resultados. Eu relatei por alto o como havia sido. Ela olhou para mim e disse "por que as pessoas sempre escolhem morrer na hora de encontros?". De certa forma, essa passagem era compreensiva. Eu disse pra ela, quando estávamos no ônibus a caminho do trabalho, que eu estava perdendo o interesse por ele. Ela disse que isso estava escrito na minha testa. Que estava claro. Mas uma voz, bem lá no fundo do meu âmago, dizia para continuar.  Eu falei a ela que queria mesmo falar com ele, que estava imaginando se seria possível ou se eu devia deixar de lado. Ela disse para mim que eu deveria ligar para ele, mandar uma mensagem, já que o encontra face a face estava demorando muito, e dizer o que eu queria dele, de que eu estava afim dele. Liguei para ele, lá do estágio. Perguntei se ele tinha tempo para falar. Ele, pelo o que pareceu, não estava dentro de casa. Não sei se ele estava na rua próxima a ela ou do trabalho. Ele disse que a presidente  iria para o trabalho dele. Não sei qual era importância que ele tava dando a uma signoplória visita dela. Com os devidos ajustes, eu comecei a falar com ele. Disse que eu queria poder sair com ele, a beijá-lo, a mandar essas mensagens bobas e deliciosas que se é permitido para um namoro. Mas, enquanto ele falava, comecei a perceber que a ligação estava muda. Talvez, pelo meu nervosismo, estaria tudo bem. Mas quando eu parei de falar, esperei pela resposta dele, e não ouvi nada. Falei algumas coisas a mais e esperei novamente pela resposta dele. Nada. De repente a ligação foi perdida. Foi desligada. Sei que eu me coloquei nessa situação. Mas acho que ele poderia ter dito algo. Um sim ou um não. Mas que dissesse alguma coisa.

Quando voltava para casa, eram 19:59, mandei a mensagem: Oi! Tudo bem? Tirou alguma foto com ela? A diferença de ter falado aquilo com você  na minha frente é simples: Eu poderia saber a resposta só com a expressão de seu rosto. Eu gosto de você Lucas. O que você diz?

Ele não respondeu.

Quarta, Quinta e Sexta-feira
foram dias que eu estava numa jornada de cursos numa faculdade. Quarta enviei para ele: Olá! Já se sentisse jogado numa máquina de lavar roupa numa espécie de lata de sardinha? A ideia de pegar CDU todos os dias não é muito confortável. Mas acho que 'talvez' o tempo ajudasse. Ainda bem que o congresso sós são 3 dias. Não sei se sabes, mas temos que ter cerca de 200 horas de trabalhos complementares. Tem umas palestras que vale a pena ir, outras nasce uma vontade tremenda de ter asas e sair voando. Tenha uma gloriosa noite.
Eu pensava nele direto. Eu queria isso.
Na sexta eu telefonei para ele. Ele estava com o primo dele. O mesmo do dia do cinema. Falei com ele.  Ele disse " A senhorita ainda não me disse o que você queria dizer". Algo bom passou nas minhas veias quando ele disse isso. Perguntei o que ele iria fazer no sábado. Ele me respondeu que só iria sair com a mãe e com esse mesmo primo. Perguntei se poderia ser amanhã, se poderíamos nos encontrar. A resposta que obtive foi de eu ligar a tardizinha para saber. Desliguei. Algo me dizia que aquilo era algo bom mas que eu não me preparasse para vê-lo amanhã. Tentei não pensar nisso.

No sábado...
Quando deu 14:00 horas, liguei da minha casa para ele. Uma voz masculina  atendeu. Ele não estava com o celular. Havia saído e não tinha levado...
Retornei as 15:00 e... Disparou.

Segunda feira,
Falei com a Dih. Ela me motivou mais que qualquer outra coisa. Ela é uma pessoa maravilhosa. Ela não me via como se eu estivesse envolvida num lance de adolescente, mas como eu mesma via. Um desejo de concretizar, de tentar algo que antes tinha sido esquecido. 
Liguei pra ele, perguntei se ele tinha tempo para falar, ele disse que sim. Falei o que veio em mente, que me descobrir que gostava dele, que gostaria de namorar ele. Mas não queria num futuro, queria agora. Ele respondeu, ou começou, que não saberia responder prontamente, pois havia saído de um relacionamento a pouco tempo. Eu repliquei, dizendo que não faria isso se não fosse pela conversa que havíamos tido no msn. Adicionei que talvez eu tivesse interpretado errado. Ele respondeu que eu não tinha interpretado mal, mas que precisava pensar. Eu imaginei que ele poderia dizer sim ou não. Não pensei nessa parte do talvez. Ele perguntou se poderia ter esse tempo. Eu pensei um pouco e perguntei quanto tempo. Ele não disse o quanto. Um tchau simples foi dado e eu desliguei.

Terça-feira,
Falei com Dih o que eu tinha feito. Ela me aconselhou. Ela me acalmou. Disse para eu só ligar no final de semana e era isso que eu iria fazer. Pensei em dar uma semana. Não mais que isso...

Quarta, quinta, Sexta-feira,
Pensei algumas vezes nele, mas tentava me ocupar o máximo para isso não acontecer.

Sábado e domingo,
No sábado, liguei para ele de casa, as 22:00 horas. Disparou.
No domingo, liguei, ocultando o meu número. Mas ao atender e quando eu me identifiquei, ele desligou...


Passei por esses dias pensando nele. Pensei no que seria reatar. Mas a chama que clamava no peito foi envenenada pela ausência de informações, com o novo silêncio dele. Talvez o prazer de conquistar seja menor que ser conquistada. Sei que penso que fui até onde eu pude. Agora é seguir em frente e deixar de vez esse capítulo que pertence ao meu passado. Reescrevi o que pude, acreditei em algo que pensava em ser real. Mas acho que a minha imaginação se superou dessa vez. Eu retiro o meu pedido. 

Terça feira,
Lih chega para mim na sala e diz : “Quem é esta pessoa?”. Eu não tinha dito nada a ela. Eu disse “não vai ficar brava comigo?” Quando eu disse isso a ela, ela soube na hora. O nome dele era Lucas Henrique e já havia contado a ela sobre ele, como LH. Quando ela olhou para mim, com aqueles olhos de nove e quarenta, que era típico dela, eu já sabia que ela tinha adivinhado. Ela disse “LH?”. Quando ela percebeu a minha afirmação, ela continuou “Eu, Brava? De jeito nenhum, Lah. Eu sei muito bem o que é isso. Só espero que não aconteça a mesma coisa que houve comigo... Foram quatro anos perdidos.



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Nota: Isso é apenas uma história. Estava no meio dos rascunhos. Terminei esta parte a mais de um ano atrás. Comecei a escrever Táticas do coração 2, mas não foi finalizado. Me perdi no meio do caminho e não sei se vou continuar a escrevê-lo.
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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Desconfio - Dominó


Aprenda jogar Desconfio (Jogo de dominó)
Os participantes começam com quatro peças (isso pode mudar, de acordo com a vontade de jogar, mas para a primeira rodada, comeces com esse número. Logo entenderás.) O primeiro participante é o único que coloca a peça virada com o lado dos números virada para todos verem qual(s) é(são) o (s) números que ele possui. A primeira peça pode ser qualquer um, mas pode haver um comum acordo entre os participantes para se começar com uma 'carroça'. Enfim, as regras são simples:

1- todas as peças que forem postas no jogo devem ser ocultadas, ou seja, viradas para baixo, com a exceção da primeira.
2 - o primeiro jogador escolherá um número que está na primeira peça que inicia o jogo e todos os outros participantes terão que colocar uma peça com o mesmo número.
3 - Em qualquer momento, qualquer jogador pode dizer 'desconfio'. 
4 - E como o burrinho, ganha os que saírem primeiro.
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A brincadeira é todo oculta, e sempre terá alguém que não vai colocar a peça indicada. Como um jogo comum, 'como burrinho', segue em circulo, cada um tem uma vez para jogar. 

Vamos dizer que está jogando eu, Hilton,  Guilherme, Bethy e Carina. Eu começo a jogar e coloco uma carroça de duque para cima. Hilton coloca uma peça, Gui coloca outra. Na vez de Bethy, Carina diz 'desconfio'.  Quando ela vira o dominó, era um terno e uma quina. Como a peça solicitada era um duque e Gui foi quem colocou a peça. ele leva todas as peças e ele recomeça o jogo. Se tivesse um dois na peça que o Gui tinha colocado, quem levaria todas as peças era a Carina

Ao 13 de Maio

Quantas vezes você passa pelo 13 de Maio? algumas delas você já olhou? Já entrou? Já parou para observar o parque?
Há tanta coisa para se ver. Os brinquedos são coloridos e dispostos livremente por algumas partes do parque. As árvores são encontradas em todas as direções. Algumas, provavelmente, foram planejadas, outras, eu acho, já estavam ali quando decidiram  fazê-lo. Há fontes e alguns lagos, ou algo do tipo. Cada espaço possuem tartarugas, ou é jabuti?, não sei, só sei que estão lá.
Se as árvores do 13 de Maio pudessem falar, jamais calariam. Teriam tantas histórias para revelar. Muitas delas lembrariam de como a minha infância foi divertida, brincando, correndo e até se pendurando nelas.
Há uma árvore tão antiga, mais tão antiga, que posso dizer que conheceram pessoas, que hoje, são mais velhas que a minha avó.
Já chorei intensamente perto dos animais, já fugi de uns 12 patos que queriam o meu lanche. Já fiquei com alguém. Esse parque tem muito o que contar. Hoje tem tantas jovens crianças, que talvez nem lembre de mim, uma moça sentada no balanço do meio vermelho, com os pés nus em contanto com a areia.








sábado, 20 de abril de 2013

Ele

Não tenho por costume criar uma crônica ou conto no final de semana, mas achei que essa poderia ser uma exceção.


Estava a noite e chovia muito. Eu não queria entrar em casa, apesar de está fortemente cansada... Não era justo... Não era. Eu passei o dia trabalhando, ouvindo coisas que eu não gostaria, com uma dor que nos acompanha quando a gente arranca um dente com uma raiz enorme, cólica e uma afta causada com o atrito do aparelho da pele interna da boca... Mesmo assim eu não queria entrar. Eu estava com medo. Era assustador lembrar as cenas que se passaram no meu doce lar antes de sair. Eu tinha esquecido já... Eu apenas queria descansar... Mas ao chegar em casa me lembrei dele. Ele era grande, olhos claros e cabelos espessos. Era jovem e muitas vezes, no que dizia outras mulheres, ele era encantador. Sua voz era grossa, seu olhar era frio, seu toque pesado... Eu não sentia a paz através dos olhos dele... Eu não conseguia me sentir segura próxima a ele. Eu sempre buscava algum motivo para não ficar no mesmo ambiente que ele... Era apenas um medo grande... Um pavor que nascia em mim todas as vezes que estávamos perto... Ele era um lobo em  pele humana... 

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Táticas do coração: Parte 4

Leu a parte 1, a parte 2 e a parte 3?



Na segunda feira,
Não fui a faculdade, estava com um pouco de dor. Entrei no pc e conversei com Marcos. Contei a ele algumas coisas e ele me motivou para eu ligar e marcar com ele. Liguei e Lucas disse que ia ver se a empresa liberaria na sexta-feira. Sendo que Marcos foi mais que conselheiro. Ele disse que me considerava uma mulher cheia de adjetivos bons. Ele disse que queria muito mais do que uma simples amizade comigo.

Na terça-feira,
Cheguei à faculdade e falei com Dih. Falei a ela o que estava acontecendo. Pacientemente ela me ouviu e disse que eu poderia ter calma que as coisas iriam acontecer se eu quisesse. Disse que eu tinha tino para isso, que era questão de movimento meu. Ela disse que sabia que eu era decidida e conseguiria, mas para isso teria que falar para ele. Ela ainda completou ainda que o nível de entendimento dele era diferente. Não que ele seja intelectualmente desprovido, mas que ainda tinha uma mente de quase 21 anos.  Cheguei no trabalho e peguei o telefone na primeira oportunidade. Liguei a primeira vez, disparou. Uma das estagiárias me pediu o telefone. Devolvi. Caraminholas passaram pela minha mente. Eu quero é novidade em relação a isto. Uns vinte minutos depois eu tentei de novo. Ele atendeu. Lucas disse que ainda estava vendo na empresa sobre a sexta feira. Eu fiz o que Dih tinha me aconselhado, perguntei a ele qual era o dia que ele poderia. A hora e o local. Como resposta ele disse no sábado, às 16:20. 

Na quarta-feira,
Mandei uma mensagem para descontrair. Na verdade, eu não sabia ao certo o que enviar e mandei a ele a Batalha de honra.

Na quinta-feira,
Continuei a mesma ideia da quarta e mandei  Bum Brum Bram Bam.

Na sexta-feira,
Como eu estava super cansada, mandei a seguinte mensagem: Sexta feira, neste momento, no onibus voltando pra casa. O que seria  melhor do que já está em casa, numa banheira com água quente, deixando só a cabeça apoiada em algo macio, como numa toalha? Eu não sei. Quando mandei essa mensagem, eu pensei em algo como está com ele, na banheira, só relaxando, curtindo o abraço dele na água morna.

Que tal ler a parte 5?

Fragmentos - Só

Lá estava eu, no cantinho do quarto escuro. Pela janela dava pra ver que chovia muito. Estava frio, muito frio, terrivelmente frio. Estava querendo que alguém tivesse em casa... 

Sabedoria

Sabedoria é curtir o dia, mesmo que tudo dê, em absoluto, errado.
Bom. Dia começando, situações novas...
O mistério de tudo havia passado e eu estava, mais uma vez, me vendo numa situação delicada...
Havia perdido minha carteira, havia esquecido o relatório em cima de minha cama, tinha queimado o café que eu deveria levar para a minha 'delicada' chefe... Sem contar que a bateria do meu celular tinha se esgotado... Ele deveria aguentar mais... Deveria ser como eu, aguentar o dia todo no trabalho, além das míseras horas na faculdade, e meu burlamento do sono pra fazer os exercícios e pesquisas a noite.

TPM

E as lembranças sempre viverão em nossa mente, mesmo aquelas que não foram vividas... Estão vívidas em nossos pensamentos... E sempre encontramos algumas pessoas que nos fazem lembrar de outras... 
Acho que esta semana estou melancólica de mais... 
Hormônios desatentos a nossa normal atenção ao mundo real... Quem inventou a cólica e a melancolia não pode ser desse mundo... Vontade de fazer tudo e fazer nada ao mesmo tempo...
Sento inquieta... Não consigo ficar sentada, tão menos em pé por muito tempo... 
Tempo... 
Aprendemos a sorrir sem ter a vontade em fazê-lo... O incômodo é grande... Mas só sabe disso quem passa por isso... Idaí que isso seja natural para um ser feminino? As pessoas só tem como costume mal dizer  as mulheres que ficam assim... 'Isso é TPM', como se fosse algum tipo de frescura feminina. Se pudéssemos escolher, não escolheríamos ficar com dor. Mas quem pensa por esse lado? A vontade que se passa na cabeça das pessoas que assim pensa é apenas menosprezar quem assim se sente e não de acolher. Por mais certeza que tenhamos em nossa vida, muitas vezes, é perdido, é esquecido, no período pré-ciclo-mensal. Sentimos insegurança, sentimos medo, sentimos  que nosso mundo está sendo atacado por incômodos. Ficamos irritada... Com o tempo a gente se acostuma a sorrir e a dá menas atenção a dores neste período, não que deixamos de senti-los, mas por saber que logo aquilo passará e que no próximo mês terá outro...  

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Ciclo

Vivemos numa sociedade estritamente organizada... Sabe o porquê de eu dizer isso? Nossa vida é contada por anos, numa linha reta, onde não podemos voltar nem um dia do que vivemos, apesar de as lembranças viverem em nossas mentes, sempre caminhamos para frente.
Acho meio alienados, além de achar, também, organizado. O ano é formado por ciclos: ciclo das estações do ano, ciclo das comemorações, que se parecem em diversas formas como aniversários familiares e de conhecidos, de festas religiosas das várias culturas existentes...
Apesar de sabermos que seguimos sempre em frente, vivemos neste habitual ciclo de vida. 
Ciclo de vida... Qual é o ciclo de vida? Temos o costume de criar ciclos, é o estudo, o ensino, dos relacionamentos amorosos... Temos essa necessidade de criar algum 'depois', algum motivo para simplesmente chegar, para saber que ainda não acabamos... De seguir...
Quando este ciclo é quebrado perdemos o nosso chão... Perdemos o nosso norte. Isso pode ser perigoso. Quando nos perguntamos com muita frequência se ainda possuímos algum motivo para continuar a viver, podemos simplesmente desistir... Já se fez essa pergunta? Eu já fiz...
Criamos  e recriamos os ciclos até o nosso último suspiro. As vezes é difícil encontrar algo para seguir. O primeiro passo é que mais pesa. A escolha do primeiro caminho pode parecer terrível sem uma bússola... 

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Desafio- 3

Com sua ajuda, em um minuto, desalinho mil nós. Quem sou eu?

Ame e odeia

Ame o poeta, odeia a poesia
Ame o mar, odeie o peixe,
Ame o Criador, mas odeie a criação
Ame a paz, mas despreza o silêncio
Ame a casa, mas desprezas a união

Ou seria ao contrário?

Ame o poema, odeia o poeta

Ame o peixe, odeie o mar,
Ame a criação, mas odeie o Criador
Ame o silêncio, mas despreza a paz
Ame a união, mas desprezas a casa


terça-feira, 16 de abril de 2013

Desafio 2

O que sempre está te acompanhando, sempre muda de posição e nada fala mas sempre mostra a sua presença?
Dica - De dia é constante e a noite muda com frequência.

Fluxo da Consciência - Oceano

Navegando por sete mares, por doze céus, mergulhando por olhos castanhos, retomando para si um sentimento puro e delicado que outrora fora completamente esquecido...
Por sete anos navegando pelo mesmo sonho, pelo mesmo desejo...
O que importa agora?
O despertar de uma noite gloriosa...
De minutos passados por doze horas sem ser percebido...
Por algo que outrora fora queimado, por desejo intocado...
O que vem agora?
Eu não tenho ideia...
Apenas navegando pelos sonhos reais, pelo segundo que fora esquecido por outrora...
Que desejo?
Que sonho?
Já não quero viver cenas planejadas só na minha mente,
Pois no tenro e bravo silêncio o barulho posso encontrar em minha mente...
Mas agora não é algo ruim...
Mas agora não é apenas um desejo...
O agora é uma realidade que outrora eu não tinha imaginado...
Navegando por mil oceanos que o destino nos oferece a caminhar...
O que se encontra em minha mão eu vou agarrar... Não vou deixar escapar...
Apenas um sonho que outrora eu não havia imaginado...
O baú guardou os mares que já naveguei e não mais vou encontrar...
E o sonho deixou de ser sonho e passou a ser mais que um milagre...
E o sonho deixou de ser sonho e passou a ser real....
Navegando por doze mares, encontrando com sete pessoas,
reencantando com o encanto
encontrando com o encontro
desejando o desejado
amando a vida
a vida vivendo
e deixando de lado o que outrora foi uma faca que descia sob o meu peito
Lembranças vem agora em minha mente
o barulho que não interrompe o silêncio
o silêncio que é quebrado com a aceleração do coração
das nossas veias suplicando pelo toque sobre a pele,
ao desejo de ser desejada encontrado
Seus olhos me fazem navegar por doze mares da emoção...
Não há promessas, só há toques...
Que o pulso sempre acelere ao se deparar nesses castanhos olhos claros...
Que seja real e não viva em minha imaginação...



segunda-feira, 15 de abril de 2013

Tons de pele Humana


Olhando 'coisas' na internet, acabei entrando num site em que falava sobre as nomeações dos tons de pele do ser humano. A principio eu estava curiosa em encontrar os nomes que eu estudei nas primeiras séries do ensino fundamental. Havia tantos nomes, que eu tinha dificuldade em decorá-los (isso não quer dizer que hoje  eu tenha facilidade em decorar algo, enfim, voltando). Era caboclinho, mameluco, negro, moreno, índio... Eram tantos... Enfim, o que me motivou a procurar hoje foi a minha certa dificuldade em aceitar apenas a relação 'negro, branco, pardo, índio' que são descritos em qualquer formulário padrão nacional. 
Neste site em que eu entrei é de cunho português (é, português de Portugal), e ele vinha trazendo a explicação desses nomes 'raciais'. Uma coisa curiosa e ao mesmo tempo interessante é que vinha falando da nomenclatura 'Mestiço', que em Moçambique se tem como 'misto' e no Brasil como 'pardo'. Se você têm um pai de um tom e a mãe de um outro, meu filho, és mestiço, no caso és pardo. Mas que ser brasileiro vai abrir e falar que é assim? Bem, eu sempre me considerei morena (pele clara do cabelo escuro). Minha família é uma mistura de judeus-europeus (da Polônia) por parte de vô, Portugueses e índio, por parte de vó. Minha mãe é clara e meu pai moreno (pele clara do cabelo escuro). Acharias entranho se eu dissesse que eu seria parda, não? Quando falamos em tom de pele 'parda', nos lembramos, a maioria das pessoas, a pele enegrecida. Se eu colocasse isso em algum relatório, em alguma ficha de preenchimentos de dados, iriam olhar torto para o meu lado e iria dizer que eu estaria mentindo. Bem... O que eu posso fazer? 

Desafio

Eu te desafio:
1 - encontras no silêncio o barulho.
2 - depois que encontrares o barulho do silêncio, encontrarás uma pergunta.

Brincadeira da conquista - 1

Tava bolando algo com chocolate. Abri hoje a barra que painho me deu. Você  precisa quebrar cada quadradinho que ele tem. Para isso, tens que deixá-lo na geladeira para ficar feito pedra. Os quadradinhos tem que ficar perfeito, do contrário fica menos 'sério' a brincadeira.
Tens que está acompanhada por um cara. De preferencia um ficante. Eu tinha planejado fazer isso com o... Mas não deu... Mas farei com o próximo que me encantar. Como príncipes encantados  está em falta no mercado, servirá qualquer outro nobre. Enfim, voltando. Vocês têm que ficar frente a frente. Sentados de preferência, pois  seus olhos tem que ficar alinhados. Como regra, ele não pode fechar os olhos e nem te tocar. Preste atenção em cada passo da brincadeira. Ainda não testei,  mas consigo imaginar os resultados. Voltando, ele tem que saber que não pode fechar os olhos no decorrer da brincadeira. Agora entenda o porquê: os olhos são a chave.  A chave para sabermos se ele está 'adorando', se ele está 'sentindo prazer' nisso. Se os olhos piscam, ele está gostando. Se os olhos se fecham, então ele está adorando. Se a intenção é fazer com que eles queiram mais da gente, transformar o lance em namoro, ou despertar nele o interesse por mais encontros, temos que mostrar para eles o quanto podemos provocar sensações nele. Enfim, com a pedrinha de chocolate passe levemente pelos lábios dele, algo como o toque de uma pena. Vale a pena lembrar que tens outra mão, e  com esta tocarás de leve no rosto dele. Detalhe, seus olhos tem que ficar nos olhos dele e você tem que saber que ele vai estar adorando isso, e ele vai sentir que você sabe muito bem o que está fazendo.

sábado, 13 de abril de 2013

fragmentos: Felicidade

É fazendo muito barulho que a tristeza se assusta e deixa mais espaço para a felicidade

Seu Akira

Todos os dias encontro com o seu Akira. Ele todo risonho, sempre vem com  uma história divertida. As vezes ele é extremamente chato. Sabe como é, certo? Todos temos o nosso dia. O que vou contar agora é algo que me tem por dúvida, algo que sempre me pergunto se é ou não é verdade. Poderás me ajudar? 
É o seguinte...
Ele é um motorista.  Ele sempre conta sobre as mulheres da vida dele. Ele vem trazendo histórias antigas até as mais atuais. Conta de situações que eu complico-me a querer acreditar...
Ele diz que há três mulheres na vida dele agora. A primeira é a mulher, a esposa dele. A segunda uma mulher que, assim como ele, é casada e tem 'apenas' um caso com ele. Um caso pequeno, coisa de anos... A terceira, é a namorada dele. A esposa dele não sabe das outras, mas as outras sabem que são outras... O que me intriga, caro amigo leitor, é que ele tem mais de sessenta anos. Eu não acredito que um homem dessa idade possua... Bem... Como posso dizer isso sem ser vulgar? Penso que ele seja suficiente para manter um relacionamento quente, mas três? Isso é de mais para uma cabeça de uma jovem como eu entender.

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Dando um tempo - Face

Decidi dá um tempo... Nada de face, nada de ficar online para ninguém. Perco tanto tempo olhando coisas no face que acabo deixando a minha vida de lado. Perdi as contas de quantas vezes eu desativei o face. Estou aqui on, porém ninguém sabe. Querendo falar comigo podes usar o meu número. Afinal, de tantas compartilhadas eu fico apenas na superficialidade da vida, onde o meu foco está preso na observância da vida dos outros...
Só apenas um tempo, um tempo para mim, é apenas o que eu preciso. Da última vez só levei três dias. E agora? Eu não tenho ideia. Talvez amanhã já esteja ativada, talvez só reative no meu aniversário... 
Sei lá...
Espero que a nossa relação não seja afetada. Será que o face sentirá a minha falta? Ele sempre pergunta "como você está, Samanta?", "o que andas pensando, Samanta?". Ainda não sei o porquê dele ainda não se referir a mim pelo meu apelido, afinal eu deixei um "Sah" no lugar onde ele assim pergunta. Ele parece se preocupar comigo... Ou ser o extremo do enxerido... Ou um amigo cuidadoso... Ou apenas um jeito de tentar atiçar o usuário a escrever alguma coisa... Assim poderia atrair a atenção dos contatos para curtir, ou comentar, ou compartilhar... Assim terias mais visualizações, poderias adicionar mais contatos, ou até mesmo convidar outros para usar esse meio atual de comunicação ativa mundialmente. 
Ferramenta útil, confesso. Temos a oportunidade de conversar com qualquer um que estiver conectado... Agora... Será que estamos trocando a vida humana pela vida virtual? Penso que precisamos de uma hora humana, uma hora superior que a gente oferece para as máquinas... As vezes penso que estamos vivendo uma versão de um filme em que eu assisti, em que os homens ficam em casa, deitados em uma espécie de cama, controlando androides, um tipo de robô com a mesma aparência de quando os usuários eram jovens, na versão dos perfis virtuais. Eu sei que alguns filmes já vem falando sobre esse assunto já algum tempo. Um dos que posso falar é de Tempos Modernos. A primeira versão dessa ideia que eu vi, onde o homem vive ao lado da máquina. Um outro que posso citar também é infantil, onde os seres humanas saem da terra para os robôs poderem 'limpá-la', afinal, com essa corrida tecnológica, os seres humanos não se importaram, em maioria, em dá um destino sustentável ao que era deixado de lado. Chega a ser curioso o motivo em que criaram esse filme, a do Wall-E. Como se quisessem apenas repassar a mensagem para as crianças dessa possível ameaça, a de a terra ficar inabitável, de a terra correr o risco de virar um território de lixo tecnológico. É interessante notar que essa é uma boa ideia, mas será que vai funcionar? Vai, se todas elas puderem refletir sobre e não ficar presa apenas na superfície das imagens...
Enfim... É apenas um afastamento temporário do face... Tentar ver a vida com os meus olhos e não por uma tela fria de um computador, de um celular ou de qualquer meio tecnológico. As vezes penso que estamos nos tornando humanos desumanos, humanos que está perdendo o poder do tato, o poder de... 
Isso é apenas um pensamento...
Talvez eu já esteja on amanhã...




quinta-feira, 11 de abril de 2013

fragmentos: Sol

O sol nasce para todos

Você existe em mim

A ideia é criar uma história em que eu leve apenas cinco minutos criando. Algo que eu pensei em fazer escutando "você existe em mim" de Josh Groban. Algo para saber o que acontece quando eu escuto essa música...

Dentre alguns minutos que eu vi você no 13 me fez sorrir interiormente... Como se eu soubesse que você seria o meu salvador... Coisa que parece bobo, mas senti segura olhando esses olhos castanhos claros que você possui... Agora o que me intrigou foi o fato de eu não senti nada ao encostar os meus lábios junto aos seus... Acho que eu perdi essa sensibilidade ou nunca criei... Acho que estou fugindo da ideia principal...
Mas o sorriso ainda não sai dos meus lábios ao lembrar da cena de ver você em pé no meio do parque olhando para mim. Por tão pouco tempo senti que eu estava sendo esperada. Havia perdido esse pensamento em outro momento... Você, nobre e belo ser, que estava lá, me fez ver que eu estava viva outra vez...
A minha ideia de escrever isso em cinco minutos já era... Está tocando outra vez a música... Consigo sentir cada mudança da batida da música... Vai me empolgando... Meu coração vai acelerando e um prazer inexplicável vai surgindo e me dá vontade de dançar ao ritmo das notas com a mistura harmoniosa de Josh... A ideia do você existir em mim é muito bom... Pensei que havia perdido essa sensibilidade... Essa música mexe comigo e me lembra que a ideia do amor não é aquela que é oferecida a um ser,  a um outro ser exatamente, mas o amor é oferecido a nós. Ao prazer de viver, ao prazer de continuar e não desistir... 
É isso que me prova todas as vezes que eu escuto ele... A batida é forte e me trás a vida... Pra quê chorar? A vida pode ser mais do que você pode ver... É mais do que cinco minutos esperando por alguém que nunca vai voltar, é mais do que o toque do prazer na carne... 
Acho que imaginei outra vez esse nobre homem... Com seus fones de detalhe laranja que tanto atraía a minha atenção... Eu sei que não o amo, mas a ideia que trago com ele é que posso ir além do que eu posso ver agora, pelo simples fato de ele me deixar intrigada com as coisas que andam a minha volta... Ele repara nas coisas do modo em que eu reparava antes... Ele consegue, mesmo que não intencional, trazer uma esperança que eu havia esquecido... 
Foi apenas um lance entre nós... Mas o que ele trouxe consigo foi muito mais do que beijos sobre o corpo, foi mais do que contentamento do toque. Ele reacendeu o que outrora fora guardado. Acho que estou fantasiando um pouco, ou, talvez, eu esteja me inspirando no 'você existe em mim' 

Falando sobre felicidade

Força e coragem
Quantas vezes eu falei isso para mim? Quase todos os dias encontramos situações que podem nos trazer alegria e infelicitações.
Curioso, o meu ver, como as pessoas falam da felicidade. As vezes ele parece ser algo que só se encontra em momentos ou como se fosse quase-impossível com o seu encontro. Afinal, o que é felicidade? Ter posse de algo? Ter a mulher com o corpo mais perfeito da face da terra? Comer algo delicioso? Afinal, o que você pensa sobre isso, amigo leitor? O que é felicidade para você?
É poder sorrir em todos os momentos?
É poder compra algo que se quer?
É trabalhar e ganhar bem?
É trabalhar no que gosta de fazer?
É poder ficar em casa?
É poder poder?

Acho que cada um de nós temos um conceito diferente. Algumas pessoas encontram a felicidade em casa, acompanhadas com a sua família, outras na igreja, outras com a sua necessidade impulsiva de impor a sua opinião de tudo o que considera importante. Chega a ser divertido parar para pensar sobre isso. Qual seria a sua felicidade? Acho que a minha tem uma parcela muito grande em escrever. Faço isso desde que me dou por gente...
Enfim, voltando para o que estávamos falando... Acho que me perdi.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

fragmentos: Preços

O tomate tá caro, o chuchu encareceu. A luz aumentou, diminuiu o tamanho da conta, a água sumiu de casa, e o importante é o engarrafamento. Afinal, o que seria de nós brasileiro se nos importasse com isso? A copa tá ai! Vamos comemorar, não? Isso sim que é um país de todos!
Viva!

fragmentos: Palavras

Quando não se tem nada em mente, leia. As palavras são capazes de trazer ótimas ideias.

Fragmentos: a primeira queda a gente nunca esquece

A primeira queda a gente nunca esquece. Meu celular caiu da pia do banheiro. Tadinho, só tem uma semana comigo e já caiu.

fragmentos: queda

Foi pensando em você que não vi a porta, bati no batente, cai e quebre o nariz.

Táticas do coração: parte 3

Leu a Parte 1 e a Parte 2?

Na quinta
era quase oito e meia da noite, mandei pra ele "Oi! Amanhã no Atacados, em frente ao estande de mágica próxima a praça de alimentação do Recife as 4 e 20?", Alguns segundos depois chegou um "sim, tudo combinado!"

Sexta feira,
Amanheci com uma boa sensação. Algo me dizia que seria um bom dia. A aula na faculdade havia sido ótima. Nunca tinha aproveitado tanto uma aula de teoria em inglês. No estágio os estagiários haviam se juntado e conversado sobre um monte de bobagens. Minha chefe Sandra, (que fique em off essa nomeação, ela costuma dizer que ela não é chefe, não gosta disso) saiu mais cedo, a minha supervisora tinha ido embora mais cedo também. Eu já estava agoniada. Sai mais cedo também, dei uma ajeitada no cabelo e peguei o primeiro ônibus para o shopping. Ele tinha ligado para mim avisando que já tinha largado e que estava indo para lá e que daria uma volta enquanto esperava. Eu pensei em fazer uma surpresa, mas quem teve foi eu quando mandei um msg para ele perguntando onde ele estava e ele ligou pra mim dizendo que estava em casa, que havia ido tomar um remédio que havia esquecido e que só esperava me encontrar as 4 e 20. Eu sabia que ele estava certo quanto a isso. Esperei por ele. Comecei a ler uma ficha que a professora havia mandado, fiz um breve resumo e escutei música, vi todos os Trailers que passavam dos filmes em cartaz e cansei. Cansei de esperar. Ele ligou e disse para eu ir a fila e que havia descido e já estava entrando. Me levantei. Fui lá. Ele me encontrou quando eu pagava o meu. Depois tudo foi rápido, a compra do lanche e o encaminhamento para a sala. Na sala quem falava mais era eu, ele respondia e perguntava algumas coisas. Ele preferia comer e escutar. Isso durou pouco mais de 20 minutos até o filme começar. No decorrer do filme ele atendeu duas ligações, a primeira era da mãe e a segunda do primo. Ouvi que ele tinha dito ao primo que poderia encontrar com ele lá. Eu não acreditei naquilo. Como ele poderia ter feito isso? Eu pensei que eu teria mais tempo. Depois do filme conversamos um pouco e o primo dele chegou. Eu acho que o tempo era bom para dizer o que eu tinha em mente, mas a pressão de saber que alguém iria chegar foi o suficiente para me atrapalhar. Eu só precisava de algum tempo. Ele disse que iria ligar. Parecia bom até a chegada do primo dele ou quando percebi que ele não iria querer passar muito tempo comigo. Eu pensei muitas coisas. Antes de eu pegar o ônibus ele havia dito que tinha gostado da minha companhia. Antes de ir dormir mandei uma mensagem a ele dizendo que também havia gostado da presença dele.

Sábado,
Eu levei uma queda de costas no quintal da minha casa, eu acho que foi uma cena cômica, se eu não tivesse tão dolorida teria rido de mim mesma. A noite, fiquei olhando para a mensagem que eu estava pretendendo mandar a ele "tenha um bom domingo. Espero que seu dia não tenha sido perturbado com seus bravos clientes. Há uma coisa que eu gostaria de te mostrar. Quando puderes na net, me diz, tah bom? Grande noite pra você, lindinho". Essa ultima parte estava me incomodando. Mandei assim mesmo.


Que tal ler a parte 4?

terça-feira, 9 de abril de 2013

Reflexões

Se você está bem, então não leia isso.
Se você estiver mal, então não leia isso.
Se você estiver curioso, continue com a leitura.
As coisas que vou contar aqui é um apelo que a minha mente me pediu hoje.
Sinto-me cansada. Estou cansada. A única coisa que quero é descansar.
Não procuro ociosidade, isso me daria ansiedade.
Cansei de procurar o tal 'amor' que as pessoas tanto confabulam. 
Acho que o meu sol se apaga todas as vezes que eu entro numa enrascada.
Viver é bom, mas ser feliz também é.
Sei lá...
Há algo errado comigo.
Ou é apenas um pensamento de uma mente cansada.

Sem noção - professora

Estava no trabalho, numa escola nova. Estava a serviço de uma pesquisa que a secretaria de educação sempre faz. O que ocorre neste episódio, a que me chama a atenção, é o fato de que algumas pessoas não terem a mínima noção das bobagens que permitem sair da boca... 
Aqui encontrei uma coisa bastante curiosa. Uma servidora, uma professora para ser mais específica, estava conversando com outros dois quando eu entrei na sala.
Ela dizendo "sabe quantas pessoas passaram por mim e não me disseram bom dia? Umas 12. Cheguei lá na sala e fiquei em pé. Sabe quantas pessoas me ofereceram um lugar para sentar? Nenhuma. Ai eu falei alto, pra que todos escutassem, se alguém iria e atender. Todos olharam para mim. Isso tudo é na Secretaria de...". Em princípio nada falei, afinal, não era pra mim que ela estava interessada a passar algum tipo de conversa. Dado momento, ela saiu da sala, assim ficou eu e uma outra professora. Conversa vai, conversa vem, descobrimos que fizemos o mesmo curso, que ela já tinha morado na mesma rua em que eu moro. Passo a informação que eu trabalhava para a secretaria de educação. A outra professora entra.
A situação é comum, se não fosse pelo o fato de sua chegada trazer comentários impertinentes quanto ao atendimento sobre o lugar em que eu trabalhava. Mesmo  depois que ela ficou sabendo que eu trabalhava lá,  continuou a falar ainda mais. Ela tinha o que em mente? Achava ela que eu ia fazer o que? Levar os pontos de vista dela a minha supervisora? Sério? Ou que eu ia entrar num duelo de argumentos com ela? Tanto para defender ou para apoiá-la? Claro que eu não iria fazer isso. Isso era apenas a opinião dela, apenas dela. Não me interessava em conversar com ela, principalmente com a propensa visão de não aceitar nada que eu fosse dizer. O que eu achei mais absurdo da ações linguística dela, foi o fato de ela falar sobre uma professora em particular, e, mesmo com um comentário que foi dado na sala (caso se essa fosse a minha mãe), ela disse 'mesmo se fosse, preferia que os alunos dela desse um cabo nela' (ela disse isso ou algo do gênero.). Como assim? Ela xingaria alguém assim? Ela não tem noção mesmo.  Acho que ela deveria ter algum mal entendido com, do contrário, não teria exilado tamanho rancor ao falar sobre a.
Considerei que ela tivera um dia nada agradável. Espero, sinceramente, que ela encontre algo bom. Se alguém não te dá bom dia, dê um boa dia a ela. As pessoas tem momentos que ficam tão submerso em seus problemas, que, às vezes, não são capazes de ver o que está a sua frente...

segunda-feira, 8 de abril de 2013

Promessas (capítulo 5): Provocações

 A primeira vez foi intrigante, confesso. Eu estava preso naquela maldita sala de detenção e ela também. Estava um calor insuportável. Estávamos próximos demais, tão próximos que eu conseguia sentir a rua respiração na minha Bochecha. Ela sorriu pra mim, que doce sorriso. Deu vontade de tocá-la. Levantei a minha mão e passei, delicadamente, pela cabeça dela. Senti que ela aprovara.

– O que você pensa que está fazendo? - Em um salto, me levantei e deixei a gata pular em cima de mim e sair correndo.

– eu estava tentando alisar o pelo da Leitinho. Agora vai demorar séculos até eu a reencontrar... – ela tinha que aparecer justamente quando eu estava fazendo carinho naquele bichano e pensando que estaria fazendo nela? Quão... – o que você está fazendo aqui? – Sala de detenção não combinava com a senhorita Perfeitinha.

– A professora Patrícia me mandou verificar se ainda estava aqui. – ela disse.

– Mentira sua. Ela foi embora assim que me colocou aqui – eu não sabia se isso era verdade, mas não perderia essa chance. Sentei na cadeira em que eu estava sentado a cinco minutos atrás. E fiquei olhando para ela. Ela, que estava com sua aparência normal, começou a ficar meio desconcertada. Colocou a mão direita na no bolso da jeans e, depois de uma pausa de uns dez segundos, falou.

– Ela foi? – Ela estava imprecisa. Ela estava, realmente, mentindo? – Como você pode saber disso? – Mais imprecisão em seu tom. Se ela estava assim, ela não havia, de fato, se encontrado com a professora, então isso significava que...

– Ela recebeu um telefonema do pai. Parece que algo de grave aconteceu com o marido dela e ela teve que ir ao...

– Você está mentido. – Ela arguiu, com os olhos quase lacrimejando – Nada aconteceu com ele. Ela não merece esse tipo de coisa... – Ela falou isso numa mistura de raiva e dó. Ela não queria acreditar naquilo.

– Então por que você veio até aqui? – agora ela tinha que dizer.

– Eu vim aqui para ver se estavas bem. Mas pelo visto a mascote da escola estava fazendo companhia agradável a você. – Ela disse isso e se virou para ir embora. Garotas.

– Espero que não fique brava comigo. – Eu falei.

– Porque eu ficaria com raiva de você? – Ela se virou pra ficar olhando diretamente para ele.

– Nada sei sobre a professora. – Ponderei simplesmente.

– Você mentiu sobre o acidente!

Eu assenti com a cabeça. O rosto jovem dela, que antes estava triste e com olhos lacrimejando, ficou sem feição nenhuma, depois modificou para uma raiva aparentemente perigosa, ela entrou na sala e foi até onde eu estava sentado, como um trem. Me levantei, fiquei no mínimo, dois palmos mais alto do que ela. Ela não se intimidou por causa disso. Ela me empurrou, ou ao menos, era isso que ela estava tentando. Ela não queria, de fato, me machucar. Só queria extravasar o que eu a fizera sentir. Eu adorava quando eu conseguia fazer isso com ela, pois, por apenas alguns instantes, ela concentrava toda a atenção dela em mim, em mais nada, em mais ninguém. Quando notei que já a fizera ter um grande esforço em tentar me empurrar e dar pequenos socos, segurei os pulsos dela. Segurei suficientemente forte para ela não se mexer mais, mas não tão forte que a fizesse machucar. Ela olhou para mim... Ela tinha que olhar pra mim daquele jeito? Não... Como se não fosse suficiente, ela tinha... Meu santo pai eterno... Que fragrância ela tinha... Ela me atrai não só com o olhar dela, mas se eu fechasse os meus olhos, conseguiria encontrá-la de longe... Essências de Jasmim. Só poderia ser.

– Me solta – Ela gritou.

– Você não manda em mim – Falei com toda delicadeza possível.

– Você não pode me segurar desse jeito. – A voz dela traia o que ela proferia. Ela não estava se comportando como alguém que queria ser solta. Dei um passo para frente, fazendo ela ir pra trás. Dei outro e mais outro, até que ela se encostou ao quadro. Aproximei lentamente nossos lábios. Ela teve tempo de dizer que não queria, mas não o fez. Seus olhos estavam vidrados nos meus. A dúvida que eu vi neles era só uma: se ela continuava a olhar para meus lábios ou para os meus olhos. Primeiro foi um suave toque nos lábios. Percebi a dúvida contida nela. O que ela temia a final? Era só um beijo! Um simplório beijo. Mas algo de estranho aconteceu quando eu aprofundei o beijo. Algo debateu em meu ser. Algo me fazia... Era estranho, mas era suficiente bom para desejar prolongar o contato. Escutei algo estranho... Um som de prazer saíra da minha boca? Ou era do dela? As minhas mãos que, há cinco minutos estavam prendendo os pulsos dela, soltei. As mão direita dela subiu até a minha nuca e a agarrou, fazendo com que o nosso contato fosse mais certeiro, prolongando ainda mais o que eu estava sentido. Será que ela sentia o mesmo que eu? Minhas mãos, só Deus sabe como, por vontade própria, fincou no rosto delicado dela. Ela era... Meu! Alguém conseguiria me ajudar em definir? Se com apenas um contato de um beijo como esse acarretou tais sensações... Não sei o que aconteceria se algo mais... Mais... Mais... Mais íntimo acorresse.

Alguma coisa no corredor fez barulho... Algo quebrando, talvez. O som não foi lá essas coisas... Mas por maldição de algum invejoso leitor! Desculpa, quero realmente dizer que... Por maldição de algum invejoso, foi suficiente para interromper o nosso contato. Eu olhei pra ela. Ela olhou pra mim. Será alguma espécie de sentimento de culpa que eu vi nos olhos dela? Ou seria medo? Ou seria... O que seria? O que, em definitivo, seria?

Eu sorri pra ela... Ela, depois de hesitar um pouco, sorriu. Uma sombra apareceu no corredor. Não ligamos. Poderia ser a Leitinho. Um “hum-hum” foi proclamado, o que nos fez olhar para a porta aberta.

– O que vocês dois pensam que estão fazendo? – era a professora Patrícia. O que ela tinha que está fazendo aqui? Ela bem que poderia ter me esquecido e ido embora.

– Professora... É... Hum... Nós só estávamos...

– Vocês só estavam...

– Eu tenho que ir professora. Desculpe. Eu tinha... Eu tinha...

– Você tinha...?

– Eu tinha esquecido minha caneta com ele. Agora eu tenho... Eu tenho... Eu tenho que ir. – Ela acenou para a professora e pra mim. Afastou-se de mim... Aquilo ali tinha sido terrível... Eu a queria mais próxima de mim... Eu não queria que... Ai que ódio! Antes eu gostava de barbarizar as aulas para aparecer na sala de aula. Eu sei que isso irritava muito os professores. Mas agora seria sério. Eu não mais iria me comportar na presença dessa professora! Eu estava com ódio mortal dela. Seria guerra! Ai que droga!

– Certo... Mocinha. – Ela se virou e ficou olhando para a professora. – Não quero ver você andando por ai, à uma hora dessas, com pessoas como... Pessoas que vivem na sala de detenção. – E ela olhou pra mim...

Comunicado

Olá pessoas!
Vem por esse meio comunicar que eu estou revendo alguns textos e dando vida a outros. Estou trabalhando numa série de contos que lembrarão os contos de fadas, mas com a visão de suas origens (ou seja, os finais são diferentes dos que a maioria de nós conhecemos u.u).  Estou bolando uma sequência de histórias, como os 'Contos de tio K', 'Táticas do Coração', 'Promessas'. 
Esse mês teremos algumas novidades, mas estou bolando algo mega especial por conta do meu niver, que será dia 26-04, ^L^.
Aceito sugestões também ^Ç^
Não sei se ainda hoje consigo publicar algo novo, mas vocês podem olhar no "Arquivo do Blog".

Sam

domingo, 7 de abril de 2013

fragmentos: toque

toque no rosto, delicado e macio. Toque na mão, sentidos aguçar... Respiração devagar, de vagar na própria mudança do que está sentindo... Acelerar e encurtar...

sábado, 6 de abril de 2013

fragmentos - toques

ao toque que arrepia, ao som involutário que sai da boca que resulta de um prazer singular...

A inglória humana.

Imagino como seria terrível que os recursos estivessem findando da face da terra. O alimento estaria com os dias contados... Numa tentativa de frear esse findo seria aumentar o preços, assim só os que possuíssem mais recursos de posses iriam sobreviver. Os alimentos iriam começar serem elevados aos poucos... Em principio os governos iriam dá diversas desculpas para explicarem os absurdos dos preços... Assim iria acompanhando a água a energia... Aos poucos a vida seria transformada em um jogo de sobrevivência .. Sera q irias sobreviver? O governo nem iria se preocupar tanto, afinal os jovens estavam alienados demais na net para poder protestar...

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Fragmentos - Você é bom

Você é bom naquilo em que você pratica.

Ao toque

Ao toque sem a intenção de pureza
Ao beijo beijado além dos lábios
Ao arrepio que nasceu pós o contato rápido dos lábios sobre o corpo
Ao desejo que inflama do peito e emana pelas veias
Errado isso?
Prove e verás que o que sentes vai além do que é possível ver.
Além do toque, do beijo, do arrepio, do desejo... O que há mais?
Despertando o que foi oculto por toda uma vida.
Mudando o caminho do solitário frio para o acompanhante quente.

Fragmentos: acreditar

Se você não acredita em você mesmo, achas mesmo que alguém te dará crédito?

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Contos de tio K - O Terminal de integração


Mais um dia na mesmice de sempre, a de sair de casa e pegar o terminal da integração e ir trabalhar e estudar. Poucas coisas mudam, mas sempre é o mesmo roteiro, o mesmo ônibus, na mesma hora e, se duvidar, com as mesmas pessoas.
O que aconteceu hoje, meu caro amigo leitor, é algo que faz com que a gente possa nos desprender na nossa rotina de pensamentos comuns, me refiro a rotina de estarmos tão submerso em nossas reflexões que não reparamos o que acontece a nossa volta por simplesmente saber que não há o novo a ser visto... Enfim, aconteceu algo hoje. estava eu lá, na mesma fila, na mesma espera, na mesma... Escuto alguns cochichos, é, dessa vez eu não estava com fones nos ouvidos. A principio deixei que passasse, afinal eram apenas cochichos de garotas... Vejo algumas pessoas olharem para o lado, mas como não sou curioso, deixei passar. Mas escutei algo, algo comum, aliás. Me virei. Me deparo com a figura de um homem alto, musculoso e poderia achar isso normal, mas ele estava vestido com um vestido rodado, rosa neném e com uma tiara de princesa. Seria algo simples e passaria desapercebido se estivéssemos em dia de carnaval ou alguma outra data com algum evento que pedisse tal vestimenta. Pensei que ele poderia ser, sabe?, um cara que curtisse outros caras, o que eu não esperava era que ele falasse com a voz grossa. Taria ele pagando alguma prenda? Promessa estava fora de cogitação.
Enfim, não entendi o motivo dele assim ficar, mas foi algo que despertou a minha curiosidade e me fez rir.
Cada uma que aparece no terminal de Integração...

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permissão da imagem dada no dia 2 de junho, na inbox do facebook, de 00.59 minutos.
As histórias de tio K são criadas a partir de algum comentário feito por K.
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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Táticas do coração << Parte 2 >>


Leu a parte 1 ?

Na segunda,
quando o despertador do celular tocou, assim como ligando-se, o celular ligava automaticamente quando o despertador despertava, recebi uma mensagem de dúvida, que dizia "Delicada?", ele tinha enviado as 23 horas e 37 minutos. Ai eu respondo "'calma', 'tranquila', 'sonhos bons'. Uma noite delicada. Entendes?". Eu havia feito uma pergunta, mas já sabia que ele não iria responder. Eu estava surpresa por ele ter respondido. 

Na terça feira
indo para casa, pois não tinha tido aula no curso por ter tido uma paralisação interna de um dia, faltava alguns minutos para a minha descida. Mandei outra mensagem a ele que dizia "Oi! Espero que não esteja cansado de ouvir seus clientes. Só desejando um tranquilo fim de tarde." À noite, enviei duas mensagens para dois amigos, um desses respondeu prontamente. Terça feira eu tinha tido uma carga super grande de coisas para ler, graças à bendita cadeira da quarta feira da faculdade.

Quarta feira... 
Eram três fichamentos e eu só havia feito um, lido quase o outro inteiro e o texto maior não tinha nem pego, ou seja, quarta feira, chegando do estágio eu tive que ler e acabei entrando no pc para poder digitar e enviar até a meia noite para o e-mail da professora. Quando finalmente terminei de enviar para a professora vi que ele estava online no msn. Falei com ele. Mandei um 'oi' a ele. Arrisquei. A única coisa que poderia acontecer era de ele não responder. Ai, que coisa! Eu deveria está com um casaco. Todas as vezes que eu tinha que passar por algo e que começasse e ficar muito nervosa ficava com frio. Sai do quarto da minha tia e fui até o meu e peguei o meu cobertor. Voltei. Ele havia respondido. Perguntei sobre como era o trabalho dele, ele disse que trabalhava no setor de cartões, eu disse que parecia ser tranquilo... Ai foi satírico, dizendo "Com clientes mal educados, ignorantes, pornográficos e toscos? Claro que é ruim ^^", por seguida eu disse "Isso não deve ser pior do que alunos de 5ª série. Apesar de se um fato que sinto saudades" e eu sentia muito a falta de estar no meio de uma turma para conversar e ser professora de português.  Ele disse "_-_" eu não entendi essa carinha, juro. "olha" ele continuou "você tem programas para sexta feira agora?" ele me perguntou. Eu disse "Acho que não" "uhm... se não tiver o que fazer me diz" ele disse. Quando eu tinha dito que achava que não, era justamente para dizer que eu ainda não tinha, mas que eu poderia ter. Ele iria me chamar para fazer alguma coisa? Então melhor deixar isso bem claro. "não tenho" eu disse. "bem que poderíamos pegar um cineminha né... VOCÊ E EU" quando ele disse isso eu me lembrei que quando namorávamos não tínhamos tido isso. "Assistir 'Professora sem Classe'... xD". Nessa ele havia me pego. Eu estava doida para assistir a esse filme. Eu tinha visto por um acaso o trailer dele e tinha ficado super a fim. "Já está em cartaz?" eu disse. "não, só sexta agora" como? Eu não entendi. Pra mim era lançamento. "não entendi. Só vai está na sexta?" isso tem nome, efeitos de ler muito e estar na frente do computador quando deveria está na cama no décimo oitavo sono, ou como muitos dizem, lerda. "Arg _-_" ele respondeu isso. Mais o que significava essa carinha? "eu estou doidinha para ver esse filme, mas não tinha visto a danta de lançamento" ai ele "Calma.... Sexta é a estréia u-u" a ficha caiu agora. "posso responder amanhã?" eu disse, e ele "claro".

Continue lendo! Leia a parte 3 

terça-feira, 2 de abril de 2013

Marco Zero - Risael

Não conheço muito, do muito que eu sei, sei pouco.
As pessoas possuem maneiras distintas de ver a vida.
Pessoas têm uma maneira singular de tratar as pessoas.
Como saber se está tudo bem?
Impossível?
Possível.

Nos conhecemos no Marco Zero. Pleno Carnaval.
A noite trazia por costume o frio, mas no carnaval a companhia era o calor.
Havia tanta gente ali...
Enquanto tantos conversavam, brincanvam ou fazima qualquer coisa comum que se faz, eu estava lá. Não tinha como costume ficar em ambientes cheios de gente. Me sentia insegura, com medo. A senção é estranha... Tenho a impressão que as pessoas vão nos esmagar, ou, se sairem correndo, ao mesmo tempo, podem causar um tumulto grande. Só sei que não me sinto bem. "Controle-se Manta", era o que eu dizia a mim mesma. Fui a Torre Malakoff, havia um palco montado ali. Tinha pouca gente. Comecei a dançar. O ritmo era bom. E como era!
Ritmo cubano, ritmo latino. Sempre me sentia bem ao dançar cumbia e outros do gênero. Dançava para mim. Dançava sentindo prazer em dançar. Dança é bom, faz bem para o corpo e para mente. Tenho essa predisposição. As vezes danço só em casa, no meu quarto, no terraço... Em qualquer canto. Uma das poucas coisas que eu sei que sei fazer bem. Enfim, dançando.
Havia um cara lá, um cara de aparência assombrosamente perfeita, possuia olhos claros, cabelos castanhos, sorriso estampado. Eu iria convidá-lo para dançar, mas tirei essa noite para fazer o que minha amiga havia me dito 'faça eles te convidarem'. Foi isso que eu fiz. Dancei só, mostrei que eu estava me divertindo comigo mesma, e eu realmente estava. Se você é capaz de se divertir só, serás capaz de divirtir os outros também. Enfim, dancei. 
Eu estava cansada, verdade. Tinha trabalhado o dia todo. Me divertia... Senti que eu estava provocando ele. Não sabia ao certo o quanto, afinal eu apenas dançava. Não sei se olhei muito para ele, apenas dancei.
Numa rodada, depois de algum tempo, ele chegou até mim e me pegou e continuou a dança. Foi divertido isso, bem mais do que eu havia premeditado. Convidar para dançar é bom, mas ser convidada a dançar... Isso é melhor ainda.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Portal

Pra onde vai as canetas quando desaparecem? Você não sabe? Elas atravessam o portal e vão para um mundo mágico, distante dos papeis, dos cadernos, de qualquer coisa onde elas são usadas para deixar algum tipo de marca.
Quanta besteira é procurá-las. Elas se encontrar muito longe na hora em que você precisa. Elas somem e, vai por mim, só reaparecem no momento em elas estão descansadas de descansar. As vezes as borrachas acompanham elas, outras vezes só precisam de um tempo para que possam se regenerar.
Enfim, elas atravessam um portal colorido, recheada de tinteiros coloridos, de lagos azuis, verdes, lilás e pretos. Todas as canetas tiram a sua película protetora e vai só com o refil pegar um banho de sol amarelado. Observam todas as cores repletas da natureza... Elas tiram uma boas férias...

Na Quarto, Na Praia, Na Cama

Naquela casa tão bonita, em frente da minha, não acreditei. Tive que conferir o material. Era largo e bastante confortável. O quarto era uma obra de arte, era simplesmente magnífico. Os adornos pareciam ser feitos por encomendas!
Adentrei, não acreditei. 

De repente sinto uma mão pegar a minha mão. Ao me virar vejo que quem estava fazendo isso era o dono da casa. 

- Oi - eu disse meio que sem graça - tudo bem? - falei pra ele. 
- Oi. Estaria se você tivesse me avisado que viria pra cá hoje. O que houve? - ele disse ainda olhando sério pra mim.
- eu preciso falar com você, sim? - eu disse, tentando não transparecer o quão nervosa eu estava. O problema era que eu começava a ter frio e não quando eu não conseguia controlar, isso piorava as coisas.
- agora? - ele disse. Claro que era agora, por qual motivo ele desse aquilo? Ouvi um barulho que vinha do andar de baixo.
- o que foi isso? - eu disse.
- o gato - ele dissera. Desde quando ele tinha um gato?
- podemos? - eu disse, meio imprecisa.
- pode falar - ele.
- podemos dá uma pequena caminhada? - isso faria meu corpo esquentar e relaxar.
- se preferes assim - ele disse dando meia volta e saindo do quarto. Havia algo estranho naquele quarto, algo  que eu não tinha reparado antes.
- Luana? - ele disse voltando para o quarto - Vamos? - Ele disse com uma pontada de dúvida na voz.
- Sim - Disse isso dando uma última olhada no quarto e saindo.
Fomos caminhar na praia, próxima a minha casa. O vento estava muito forte, meus cabelos voavam sem controle. Acho que não fora uma boa ideia ter escolhido ali. Tudo bem.
- O que querias falar? - Ele começou. Andamos mais um pouco até encontrar um coqueiro.
- Eu tenho que ter só alguns minutos pra te falar isso. Escute. Depois fale, sim? - Eu disse.
- Comece então - Ele disse. Mexi um pouco na areia com o meu pé direito, respirei um pouco mais forte para clarear meus pensamentos e finalmente olhei pra ele.
- O que eu tenho que te falar é... - comecei. Pra que fazer essa introdução? Só pra delongar esse acontecimento? Não, o preferível era que eu passasse a informação a ponto de ser entendido e ver o que aconteceria após. - Tenho me segurado a um desejo de ter com você o que nunca tivemos juntos. Tenho saudade das brigas não ocorridas, das reconciliações não feitas. Das saídas sem ninguém conhecido por perto. - ele não falava nada, só olhava.