sábado, 27 de outubro de 2012

Escola

Colo, segurar a cabeça, engatinhar, em pé, cair, levantar, andar, balbuciar, falar. Escola, choro, professora, mãe, choro

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Funções Vazias

Um aquário vazio, um relógio sem bateria, um pc sem net, celular sem linha.

  1. Qual é a função dessas coisas do jeito que estão? Nenhuma. Um aquário pode se tornar objeto de enfeite.
  2. O relógio não mostra a hora certa sem a bateria.
  3. Um computador sem internet não passa informações do que você está fazendo, a não ser que você use uma memória externa como pendrive ou cartão de memória.
  4. Celular tem mil e uma utilidade, mas sua real função é a comunicação. Pra que serve um celular se não for para entrar em contato com outrem? Nenhuma.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Bando de mentirosos


Birra do relógio, birra da segunda feira. O que são 19 horas? Uma volta e meia nos ponteiros do relógio? Quanto tempo dura um minuto? Quanto tempo dura isso tudo? Nem começou e já domina meus pensamentos. O que será amanhã á essa hora? Estarei mais aflita? Será que eu saberei o que estarei sentindo? Será egoísmo meu me sentir assim? Céus... Como é difícil pensar nisso. Não é comigo, mesmo assim... Sinto uma sensação que pulsa no meu ser. Dará tudo certo, tudo certo. Esse é o meu pensamento. Mesmo assim... O medo invade minha mente, domina qualquer razão. Palavras não são suficientes para me acalmar... Por favor... Estranho pensar nisso. Será que quero pensar? Devo pensar? Posso pensar? Ela vai aguentar. Eles disseram que iria demorar meses para a internação... E ligam dois dias depois da consulta. Os pacientes de lá informaram que demoravam quatro, cinco meses para ser direcionada a cirurgia... Bando de mentirosos. Eles poderiam... Sei lá, preparar o nosso espírito para isso. Isso é assustador. 

domingo, 14 de outubro de 2012

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Insônia

Sinto o silêncio do sono do mundo, 
sinto os meus olhos cansados,
sinto o meu corpo clamando pelo descanso, 
mas o sono não vem até mim. 

Doce e amado príncipe dos anjos, 
esta noite, por onde voas? 
Erraste o caminho do meus olhos? 
Eu deveria ter solicitado a sua tão estimada magia onírica? 
Os meus sonhos estão querendo lhe usar...

A cama de seu confortável acolhimento,
não alivia esse meu tormento,
até desejo sonhar com gatos,
mas sinto como se a adrenalina estivesse pulsando nas minhas veias.

Minha voz ecoa no corredor solitário,
onde o mundo dorme,
e meus olhos continuam deserto.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Um dia: 10 de Outubro

Com quatro coisa em mente eu sai. Faculdade, concurso, loja e Vem. Esperei pouco mais de 15 minutos esperando o ônibus. Sentei. Coloquei o fone. Quase não ouvia meus pensamentos. Se eu estava tentando fugir de algo? Provavelmente. Às vezes a música era capaz de suplementar os pensamentos mais ordinários. Uma leve dor de cabeça começava a atormentar na parte direita  da nuca, quase detrás da orelha. Como seria o dia? Eu não tinha ideia. Desci. Pra cortar caminho entrei nas Americanas. Se isso tinha sido a melhor das ideias? Se você desconsiderar o quantitativo de gente... Véspera do dia das crianças. Haviam reorganizado os produtos. Bonecas, carros, em destaques. Colocaram promoção até em cremes, claro, por que não? Se os pais iam comprar coisas pra suas crianças, poderiam aproveitar as ofertas. Além, é claro, das típicas promoções de salgados e doces... Aquilo ali é uma tentação de chocolate. Cheguei 13 minutos antes de o banco fechar. Ótimo. Havia pegado o número r196 e estavam... Nossa senhora! Ainda estava no r178. Eu ia passar o resto da tarde lá! Sentei. Afinal de contas, eu tinha que pagar mesmo! O cara que estava sentado no lado esquerdo, pelo o que eu percebi, tinha chegado dois minutos antes de mim, tinha umas seis pessoas na frente dele, ele era c171. O letreiro foi chamando, chamando, chamando... Tão rápido que fui atendida em quinze minutos. Quando me levantei, percebi, o outro homem seria o próximo. Respirei aliviada. Ainda bem que eu não tinha demorado tanto quanto ele. Sai dali com duas coisas resolvidas. Agora era só ver onde era a loja. Meu fone havia descarregado, fui obrigada a ouvir o que estava ao meu redor. Antes de atravessar a movimentada Avenida da Boa Vista, escutei uma cálida música, eu não teria ouvido se tivesse com os meus fones. Um sorriso surgiu em meus lábios. Eu gostava daquela música. Atravessei. Dessa vez não usei o caminho que tinha feito pra chegar ali. Havia um homem que falava próximo a mim. Quando chegou ao sinal, acabei 'entrando' na conversa dele. Ele dizia algo estranho, algo como 'as mulheres são muito carente. Quando não conseguem encontrar um homem... Acaba procurando uma mulher... Eu mesmo não trocaria uma mulher por um homem, mas entendo o contrário... '. Como ele poderia tá dizendo isso? Era a opinião dele. Parei e vi que a loja que eu tinha a suposição que era, na verdade era outra. Me ferrei. Eu não teria como encontrar agora. Pensei em jogar no Google, mas isso iria me tomar um tempinho. Eu sabia que tinha uma por perto. Continuei a andar. Fui interpelada por aquele cara que estava conversando atrás de mim. Ele me tomou uns oito minutos corridos. Gostaria que eu fosse um guia turístico pra ele. Queria mesmo conhecer Recife ao meu lado? Não tenho ideia. No final, pediu meu número. Eu não tenho o costume de sair distribuindo o meu número. Ele chegou a dizer que entendia mais das mulheres do que nós mesmas. Isso foi... Teria ele mesmo a audácia de acreditar naquilo? Eu concordo que ele era habilidoso nas palavras, poderia levar fácil-fácil a pessoa pelo seu magnífico nível de argumentação, mas considerar-se o 'tampa' no quesito mulheres... Achei isso hilário. Se dei o número do meu cel? Isso é completamente pessoal. No final ele disse 'fica por conta do destino' e eu fui-me embora. Por conta do destino? Danou-se foi tudo. Desci e subi vários lances de escadas, mas consegui encontrar a loja. Outra fila. Havia uma que era pra quem não tinha troco. Ótimo. Vasculhei em minha bolsa. Droga! Tinha que pagar quinze centavos. Achei cinco. Onde estava as demais? Só de cinquenta. Mil vezes aff ecoaram em minha mente. Sempre havia trocados lá. Por que justamente hoje não tinha? Eu não fazia ideia. Virei-me e questionei a mulher, que estava ante a mim, se ela trocaria os cinquenta centavos. Ela mexeu e acabou encontrando. Ótimo. Sai dali e fui pra fila dos que estavam com dinheiro sem troco. Ao sair de lá repeti, mentalmente, mil vezes que eu não iria fazer esse tipo de coisa quando fosse tempo de datas festivas. Havia tanta gente...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Meu mundo onírico: Sam, Edilma e Daniel

        Estava com ela e com ele. Éramos três:  eu, você e Daniel. Estávamos saindo. Boa ideia a sua, não? Ir à praia.  Ela havia nos convidado pra ir a um passeio lindo! Por que não aceitar? Agora... Saímos os três, com apenas a roupa de banho. Eu não havia estranhado o fato de estarmos saindo à noite. Ela pegou um objeto redondo, de cor vermelha, e pediu que segurássemos aquele objeto. Eu olhei para Daniel e percebi que ele estava com uma cara de quem não estava entendendo o que estava acontecendo. Pegamos.  Um buraco se abriu no chão. O objeto redondo foi atraído e, por consequência, nos levou junto. Ele nos levou a um caminho estreito e escuro, mal conseguíamos ver a nós mesmo. Não sentia arranhões, como se flutuássemos levemente, o suficiente para não tocar no chão. Ela estava séria e relaxada. Teria, ela, o costume de fazer isso todos os dias? Com o tempo fui me acostumando. Era mais rápido do que viajar na superfície. Não tinha engarrafamento, não tinha sinal. Estava tranquilo. Tranquilo de mais. Começamos a passar por um corredor de uma altura maior e cheio de portas. Lembrei-me dos esgotos que tinha lido em Os Miseráveis, lembrava muito. Ratos enormes começaram a aparecer. Antes mesmo que eu pudesse cogitar em ficar apavorada, surgiram morcegos, baratas. Isso começou a me deixar enojada e terrivelmente assustada. Eu sabia que aquele território era deles, mesmo assim, desejei que eles estivessem em outro canto. “Tudo bem. Vai ficar tudo bem.” Eu repetia direto isso. “é só ter calma. Breve chegaremos.” Que breve é esse que não chegava? Olhei para os lados... Daniel estava dormindo. Dormindo? Como isso poderia ser possível? Para alguém dormir tem que está tranquilo e, pelo amor de Deus, quem estaria tranquilo numa situação em que nos encontrávamos? Até viúvas-negras tinha lá. Eu disse viúva-negra! Uma espécie de aranha que devora o parceiro depois dele terem feito o serviço de ‘colocar os ovinhos nela’. Se ela era capaz de fazer isso com o próprio parceiro, e o quiçá ela iria fazer comigo?  Próxima vez eu iria repensar se eu iria usar os veículos não convencionais. Ser ‘arrastado’ no caminho subterrâneo não era o melhor meio que eu já tinha usado.  Não sei se a ideia de está escuro era tão agradável agora, uma vez que poderia ter cobras lá e eu nem ter percebido isso. Depois de um tempo, conseguimos chegar a superfície. Entramos num supermercado pra comprar coisas...

Meu ar


Tentando respirar...
Uma agonia aflorava no meu peito...
 Ou eu falava ou respirava...
Espirro, agonia, lamentava...
Ou eu comia ou respirava...
Nome disso?
Resfriado, gripe, virose, sinusite.
Nariz entupido
Quem inventou isso?
Malandra leve chuva que me tomou no domingo de eleições!
Quase sem ar...
Puxando ar para respirar...

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Dança

Corpo, movimento, sorriso, olhar, encanto, atração, movimento, ritmo, olhos,cabelos, ondulações, movimento, música, toque, respiração.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Encontro

Gritos, dores, raiva, palavras, silêncio. Olhares. Silêncio. Um passo. Negação. Um abraço roubado. Olhares. Tentativa. Beijo. Olhares.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Ah... O amor não é lindo?

Sempre há um motivo para um sorriso aparecer no rosto... Quantas vezes você amará? Em todas as vezes que você acreditar... Existe várias faces de o amor aparecer, mas em todas elas há uma coisa em comum, sempre mexerá do coração ao cérebro, sempre trará novas sensações. Sensações agradáveis? Eu diria sensacional! Faz-nos falar tantas bobagens... Bobagens? Isso nem sequer existe no dicionário de um amante. Tudo, absolutamente tudo, que é dito ou expresso, tem um valor mega significativo. Um simples olhar pode acarretar numa transfusão intensa de sentimentos, que pode se tornar indefinível. Confusões? Provavelmente as piores. Em um momento estas vivendo tranquilamente, mergulhado em trabalhos acadêmicos, relatórios e pressão no trabalho, escapadas para verificar o email e o face e, de repente, tudo fica dócil, complicado, simples, brilhante, terrível, de uma maneira singular, e ao mesmo tempo. Possível isso? Dá para entender? Conselhos? Esses aparecem aos montes. Mas como seguir um? Cada história é única. Cada um mantém o ser que difere do outro. Magnífico isso, não? Cada relacionamento é terrivelmente curioso. Os casais, de fato, compartilham experiências parecidas. Que fique bem claro, eu disse ‘parecidas’. E o que nos leva a amar outro ser? Uma infinidade de coisas, eu diria. Independente da relação sanguínea, me refiro, aqui, ao amor que fica entre o gentil e o carnal, nesta mistura. 
Em princípio, alguns dizem, que a aparência é que atrai, se o ser amado tem o corpo bem delineado, se o cabelo é bem cortado, se os olhos possuem o tom mais perfeito de castanhos... Bem, isso varia de pessoa pra pessoa. Se atrai? Claro! Eu iria negar? Atração, em muitos casos, é o que faz a gente se aproximar. Mas o que faz permanecer algo, depois de cinco minutos de aproximação, é o que a pessoa trás consigo. Do contrário, o que era de uma beleza que brotaria a paixão mais avassaladora, torna-se nula. Costumo dizer que é como você abrir a geladeira, tirar o pote de margarina, com o nome ‘açúcar’ escrito na tampa, e, quando abre, encontra sal. E ai? O que é que verdadeiramente importante? O eterno? O nome? Ou o que está no interior? Ai cada u tem a livre escolha. Não existe uma sensação mais agradável do que sentir o amor pulsar nas veias... Talvez, só talvez, quando se é correspondido... Isso sim torna mais agradável. Como explicar a sensação de querer saber como o outro ser se encontra? Como explicar, caro leitor e leitora amiga, o desejo  de tocar e sentir-se tocada por esse ser? Mil palavras eu usaria, mil palavras não seriam suficiente pra definir... a única coisa que posso fazer é dizer que quanto sentires isso, não ignore. Não é preciso dois para sentir o amor. Amar é uma dádiva. Não dá para definir isso. Não o mal diga, não se sinta menor por não poder consumar com o bendito cujo. Simplesmente deixe que essa sensação brote no seio do seu ser. E, mais uma coisa, lembre-se que não existe nada pronto, o nunca mais e o para sempre não existem. E se desejo seu for, lute por esse amor. Mas o que é o amor? Não tenho a mínima ideia. Só sei sentir, não explicar.