Ao ver descer naquele cavalo único, com cabeça quadrada de tamanho mediano, de fronte larga, com olhos vividos, com seu pescoço imperial, com o tronco musculoso e forte que cuja características mais fortes era de ser bem resistente, cascos grandes e cochas musculosas e com uma articulação resistentes e forte. Era o Bretão dele, era o Alazão. E ele estava montado nele... O que ele estava fazendo aqui? Fazia tempos que não aparecia por esses lados...
Ela – Você, nobre cavalheiro, por onde andais? – estava com a vontade mesma era de esganar ele... Por que ele ficara tanto tempo fora?
Ele – pelos campos, pelas cidades, por onde mais nobre Dama? – com curiosidade aguçada olhava para ela.
Ela – Por onde mais? Na terra que nasceste não colocas os pés, quem dirá no castelo longínquo das baladas escocesas?
Ele – não andei pelas minhas terras, pois estava ocupado, cassando terríveis dragões? – disse ironicamente, como se essa ideia fosse obvia de mais.
Ela – e achou algum?
Ele – creio que sim. Se um espelho agora eu tivesse, a ti eu mostraria.
Ela – o que estás querendo dizer com isso, nobre homem? Que dos seres viventes eu sou aquela, a mais detestáveis?
Ele – se assim compreendeu... – ela o corta antes dele terminar.
Ela – e eu preocupada com a sua segurança e você usando palavras vãs sobre mim. Deveria ter escutado dona Andreia e me posto a outro homem e...
Ele – o que você quer dizer com isso? Alguém... ou melhor, frangotes apareceu para cortejá-la?
Ela – frangotes? Se queres dizer homem de sua idade, inteligentes e forte, acertou em cheio.
Ele se aproxima um pouco dela, não muito, havia quase dois metros separando-os.
Ela – (continuando no mesmo tom, não percebera a aproximação dele) Você está longe, não ronda o que praticamente é seu. Sabes que meu coração por ti bate, mas sinto saudades e você nada faz.
Ele – o que praticamente é meu? Sua vida? Seus pensamentos? Sentimento?
Ela – minha vida é minha. Não necessito de você para viver. O oxigênio, a água, o alimento me alimenta, me faz viver. Os pensamentos? Estudo, estudo e estudo. Tento ocupar-me com assuntos diversos. Mas hora e meia você me aparece em mente, seu sorriso... Seu olhar... Sentimentos? Não sei ao certo quanto a isso... Você mexe comigo, de certo modo fazes parte de mim. Às vezes gosto disso, às vezes... Adoro. Mas o seu silencio, sua distancia me deixa aflita. Às vezes permito-me a curtir você, as vezes me repreendo... Nobre cavalheiro permitirá que eu continue com isso palpitando no meu ser? Querendo-o e não... E não...
Ele – e não...??