terça-feira, 29 de abril de 2014

Perdi

Me perdi em qualquer definição, 
Me perdi em qualquer solução, 
Me perdi em qualquer ideia, 
Me perdi de qualquer pulsão. 

Dentre todos os caminhos perdidos, 
Não perdi nenhum pedido, 
Dentre todas as cotas, 
Nenhuma era a minha hora. 
De todos os aborrecimentos gerados, 
Nenhuma era por mim buscado. 

Perdi o sono, 
Perdi a saída, 
Peço o silêncio, 
Peço a organização. 
Perdi nada mais aquilo que eu já não tinha, 
Seria um descaso com minha mente ,
Mas descobri que isto já não era o meu presente. 

Perdi o que eu não precisava, 
Perdi o que mais me indagava, 
Perdi o que agora me da aflição, 
Mas foi algo que precisava meu coração. 

Perdi o que era em si falho, 
Perdi o que me jogavam como cascalho, 
Mas planejamento era o que de fato faltava, 
E que agora eu sei que era isso o que e eu precisava, 
E não sabia de ao certo eu procurava. 

Perdi, 
Como perdi. 
Como perdi?
Como perdi...
Apenas perdi. 
E sem sequer pedi.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

sono

Sonho,
Sono, 
De olhos grudados, 
Sono. 

Sono, 
Do desejo de um pouco mais de descanso, 
De um dia bom de muito respirar e canso, 
Nunca canso de sonhar, 
Mas canso, 
Nunca perdi o desejo de amar, 
danço,
Numa noite bela com sonhos me encanto. 
Luto, 
Pela vontade de dormir, 
Mas lírio, 
Porém não simples, 
Porém a mim,
Porém. 

Sono. 
Vem chegando e comigo bailando, 
Quase me deixando confuso. 
Quase me deixando fora do meu curso.

sono. 
Hoje, 
Ontem, 
Amanhã, 
De madrugada,
Sono. 

domingo, 27 de abril de 2014

Agonia


Quem já passou por isso, 
Sabe dizer o que eu estou sentindo, 
Que não é apenas um exagero, 
Mas sim um grande medo do recomeço. 

Se um estranho chegasse em mim, 
Avisando o que hoje eu estaria fazendo, 
Com certeza eu não teria dado crédito, 
E continuaria simplesmente o caminho. 

Mas o que hoje me encobre, 
Dobrará com certeza amanhã. 
Eu não sei ao certo o que estou fazendo, 
Mas diria que não estou acertando. 

Nunca pensei que um dia eu seria assim, 
Numa pensei que me deixaria ser levada, 
Nunca fui uma criança malvada, 
Mas sinto como se estivesse sendo castigada. 

Nos velórios em que eu descobri,
Poucas seriam capazes de me deixar partir,
Onde estão os lugares em que eu sempre Feliz escrevi? 
Onde estão o colorido das eternas borboletas?
Onde posso me deixar simplesmente viver?

Se perdi minha bússola, 
Gostaria que o sol indicasse o meu caminho, 
Uma vez que eu sei que pessoas só se aproximam de pessoas felizes. 
Pessoas sem cicatrizes. 
O que posso fazer então?
Me negar,  ser aquilo que preparada eu estou não?
Fingir um sorriso pra ter outras ao meu alcance?
Mas isto não será um verdadeiro lance. 

Se um dia eu perdi a verdadeira Samanta em que se encontrava no meu peito, 
Rogo que alguém a consiga encontrar, 
Pois do jeito que estou agoniada, 
Ela estará perdida, 
Pedindo pra voltar, 
Mas sem saber o caminho que deve pegar. 

O Mistério, 
O grande e doce mistério, 
Foi perdido quando a chave se perdeu. 
Se podes me ajudar, 
Então digas, 
Pois a agonia que meu peito respira, 
Já deixou de ser ilusão, 
E virou numa cadeia de sérias frustrações. 

sábado, 26 de abril de 2014

Sonhos de uma noite de primavera

Sonhos,  quem o pode explicar?
Trömen, wer kann die erklären?

Numa tarde, de meu aniversário, estava no shopping Center Taça, lugar onde muitas vezes encontramos pessoas sem mesmo ter se marcado.

Estava com a minha mãe, e era um bom dia, num bom lugar,  estávamos conversando coisas simples.  Algo fez soar um alerta em mim, o que me fez lembrar de um amigo meu que eu não estava mais vendo a muito tempo. Algo me disse que estava tudo bem, mas eu não consegui fazer com que este pensamento  fosse uma espécie de tranquilizador.  Como estávamos numa espécie de praça de alimentação,  o barulho logo me fez esquecer este pensamento.

Algo fez meus olhos olhar pros lados, o que me fez bater os olhos nele.  Eu já havia entendido que o nós já era passado,  e também esquecera de tentar esquecê-lo, afinal,  sentimentos simplesmente brotam,  e o fato de sentir algo tão bom, que me fazia sempre sorrir,  não seria algo que eu devesse jogar fora. Pessoas simplesmente nascem pra ser amada ou pra simplesmente nada significar, não existe um meio termo. Pessoas conquistam segurança,  pessoas conquistam afeto, pessoas conquistam amizades e conhecimentos. Mas sentimento nascem de uma predisposição Pessoal. Nada podes fazer quando o outro não se predispõe a ter o mesmo querer, o mesmo cuidado em que tens ou o que possui.

Depois de tanto tempo com aquela conversa de esquecê-lo, descobri que quando algo natural surge, pode ir apenas embora naturalmente.  Não adianta querer forçar a barra,  simplesmente acontece.

Ao vê que ele ali se encontrava, quase perdi o chão. De todos os seres que vivam na terra, era nele que conseguia minha paz em minha mente. Eu sei que ele nem uma imagina isso, mas eu gostava disso,  além das zilhões de coisa que me faziam quer próximo dele estar.

-wer ist er?- um outro amigo perguntou.
-ich war einmal seinen freundin. Ich habe viele den geliebten.  Aber ich habe nicht mit dem etwas gesagt. Ich habe keine Ahnung was er mscht hier.
-kannst du fragen?
-warun?
-weil du weißen kanst, oder?
-Vielleicht.
-oi?
-desculpe.  Este é Klaus. Klaus, er ist Lucas. Ele é um amigo alemão.  Mas se quiseres falar com ele,  ele também estende em inglês.
-hi! My name is Lucas. Nice to meet you.
- nice to meet you too.


Continuei a conversar,  eu não sabia ao certo como ele iria se portar.  Ele veio até mim,  procurando sempre conversar algo não tão banal,  Algo simples  Até.
Ele contara que havia encontrado minha vó e minha irmã,  dizendo que iria dá carona a elas hoje.
Depois disso dizemos Tchau e sai.  Acabei encontrando com ele na livraria.  Topamos no lugar onde tinha os livros de Nicolas Cage. Confesso minha surpresa por ele gostar dele. Na verdade, Confesso ainda mais, que descobria que sabia pouco a respeito dele, era isso em que eu sempre falava pra mim quando estava me conscientizando,  ou tentando entender porque nós dois não dava certo junto.

Depois dessa topada,  eu fui pra um lado e ele pra outro.  Não seria difícil notar que aquilo já estava estranho,  e parecia ainda mais pela clareza em que se encontrava. Aquilo ali não poderia ser um sonho,  pois era real de mais.
Neste momento eu já me encontrava só,  já não tinha nada mais pra fazer ali.

Na saída,  peguei o ônibus,  e para minha não surpresa,  ele se encontrava já ali.
Ele ignoravá-me. Vez ou outra encontrávamos nos olhando, o que me deixava fascinada e com uma eterna virtuosidade curiosa. Tudo naquele cara me agradava, tudo me atraía, tudo,  menos a indiferença que por vezes ele delineava a demonstrar.

Clareza, em muitas vezes se torna tão escura e não se dá pra se ver um nariz a frente do seu.  Acaba trazendo pra si algo que gera incerteza,  desconforto,  Algo que cria certos quebras de relacionamento.  Há certas coisas que seriam bem melhor resolvida Quando são expostas.  

sexta-feira, 25 de abril de 2014

a melhor maneira

A Melhor maneira de ter-me é não me tendo...

Ele - que fique bem claro,  nunca foi minha intenção terminar.
Ela - naquela época eu não me apegava a ninguém. Mesmo que eu quisesse,  não iria rolar.
- naquela época?
- sim. Foste o segundo ou o terceiro com quem fiquei. Não me orgulho disso, porém eram apenas lábios.
- então eu não  signifiquei nada.
- também não é assim.
- como é então?
- aprendi certas coisas com o seu toque.
- Isso faz amortecer o meu ego.
- não estou dizendo que foi um erro,  Apenas que eu não estava tão... Não era algo que eu pudesse controlar.  Perdoe-me.
- não diga isso.
- e outra coisa, a melhor maneira de ter a mim, é não me tendo.
- o que queres dizer com isso?
- que quando descubro que não te tenho, o meu desejo por ti brota e cresce como o pé de feijão da história João e o pé de feijão.
-Se eu te desejasse agora?
-Simples,  irias com calma, elogios em excesso me assustam. Não estou dizendo que sou difícil,  só estou explicando como eu penso. Acho que outras mulheres também têm. Pode parecer besteira, mas eu sou assim.
-Compreendo.
-Preciso ir agora.
-Antes,  poderias me dizer o número do teu celular?
-o número é o mesmo desde que eu tinha 15 anos.
-Você não muda?
-comprei um beta, mas eu uso os dois.  Bem, vou indo.
-espera.
- ... diga.
- seu número.
- 1234 4321. Té mais.

quinta-feira, 24 de abril de 2014

Reza a lenda: idades

Rezalenda que nossas idades variam a cada anoNesta mesma lendadiz que os anos sempre voltamQuandopor exemplotens 23, na verdade tens 5, pois se soma o 2 com o três, e assim serás sempre jovem. 
Reza lendanesta mesma lendaque quanto mais vezes tiveres esta idademais jovem ficarás. 

O estranho indiferente

Curioso é esse mundo em que todos podem ver, podem ouvir, mas não pode tocar. 
estranho é que este mundo é veloznele  pode se encontrar mais de mil línguasmil lugaresmas ninguém pode, de fatotocá-lo. 
Nesse mundo podemos ver todas as pessoas em que estão conectadas nele, mas nenhuma podemos tocar. 
O incrível, mesmo sendo crível, é que mesmo o estranho, ele não pode ser indiferente. 
Neste mundo, não tão belo, mas com facilidades que mil vidas não compreenderiam, podemos encontrar seres que um dia fez parte de nosso mundo. 
Pessoas que se tornaram estranhasmesmo depois de tanto que se foi vivido. 
E o que fazemos? 
Podemos observar ou simplesmente esquecer, mesmo que saibamos que há certas coisas em que não podemos de modo algum esquecer. 
Lembranças podem magoar, podem iluminar. Nada poderá apagar da mente o que foi vivido, simples assim. 
Não é porque não deu certo uma, duas, três ou algumas vezes, que você será obrigado a se fazer esquecer de uma vida que te fez tanto sorrir. 
É incrível como algumas pessoas são capazes de mexer com a gente, e mais incrível ainda é saber que mesmo elas sendo elas mesma, mesmo te machucando ou te fazendo brilhar mais do que o sol, nada poderá mudar o seu ponto de vista, o sentimento que por ela sente.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

dadaismo de coerencia

Do silêncio oportuno, 
Da vasta viagem inglóriosa.
Do sonho de padaria, 
Da louca da locadora. 

De sonhos sem nexos, 
De salada sem tomate, 
De palavras sem sentido. 

Da curiosidade inata, 
Do orgulhon sem orgulho. 
Só no sono meio doido, 
Dos pensamentos sem pensamentos. 
Da vontade louco de dormir, 
Da vontade de tudo descobrir. 

Dos mistérios cheio de méritos, 
Dos pássaros sem asas m
Das loucuras sem curas,
Sem citar o mar sem o salgar. 


domingo, 20 de abril de 2014

De onde vens?

Da terra dos muros sem fins, 
Das agonias dos Serafins, 
Do esplendor sem amor, 
Dos tremores sem temores. 

De onde vens? 
Da terra dos acrobatas, 
Dos arranjos dos psicopatas,
Da terra dos sem bens. 

De onde vens? 
Da terra das perguntas, 
Dos afazeres inacabados, 
Dos segredos rebelados, 
Das verdades jamais reveladas. 

Pra onde vás? 
Nem para o céu e nem pra morada de Satanás. 
E pra onde queres ir? 
Se fosse tão simples,  eu já não estaria aqui. 

E com os olhos,  pra onde gritarás?
Pra qualquer lugar minha bússola me  guiará. 
E o que tanto buscais? 
Algo que a minha alma poderá consigo o sentimento de poder amar, 
E o que certos buscais? 
Algo que agora não consigo com palavras definir. 
E como podes? 
Não posso. 

E de onde vens? 
Da terra dos sonhos e nada mais. 
E pra onde vás? 

sexta-feira, 18 de abril de 2014

O último Adeus - Episódio 4

Já Leu a Introdução, o episódio 1,o episódio 2 e o episódio 3?
4 
Sentei-me na ponta de um tronco e observei os homens trabalhando. 
 Eu podia sentir cada corpo que ali existia. Algo estranho aconteceu, quando levantavam o corpo inerte, uma sombra com o mesmo aspecto do material do corpo que era levado, ficava. Não era uma sombra negra, tão menos uma transparente, mas sim algo semelhante ao que era levado. Eu nunca acreditei que existisse vida após a morte, também nunca quis acreditar na existência de um Deus. Era tudo... Como posso dizer? Tudo continha falhas. Se um deus existisse, estaria além da compreensão humana. Estaria muito além de qualquer outra definição falha do homem. Eu não era... É, eu já não ''sou'', afinal, eu morri, certo? O conceito de identidade já fica pesado agora. Eu não era capaz de dar crédito a um deus formado por definições humanas. Homens tem a falha descrita na própria criação. Se deus existe, simplesmente existe. Ele está na consciência? Mas o que é a consciência se não algo manipulado pelos seres humanos presentes em nossa vida? É um perfeito encadeamento, que você não está fora, a não ser se for largo para fora deste mundo antes mesmo de ser atingido. 
Se eu estou morto, por que eu ainda tenho a capacidade de pensar? Seria possível isso ou eu teria enlouquecido com alguma coisa? Se penso , quer dizer que eu existo, assim como um antigo filósofo, mas me falha a memória agora... Memória... É possível tê-la, mesmo não tendo uma cabeça corpórea? 
Ainda sentado, vi o movimento de uma esperança que estava em cima de uma pedra. Com movimentos lentos e, ao que parecia ser algo tranquilo, juntava suas patinhas, ou algo do gênero, eu nunca li algo sobre isto antes, mas ela estava parecendo em paz... Paz? Falando em paz, o que iria acontecer à minha natureza? Eu não estava mais no mundo dos vivos e, ao que parecia, eu  não tinha feito nenhuma bifurcação, ou passagem para o reino dos mortos, seja lá para o que pendesse, para o bem ou para o mal. Um sorriso amargo pareceu-me em meus lábios: eu não iria poder ver mais minha filha ou a minha doce esposa. 

Leia o episódio 5 (em 25 de Abril de 2014)

Corpo colado

De boca fechada,
Baque ao chão.

Ponteiro suspiro,
Cabeça encostada,
Nossos corpos em perfeita sintonia.

Olhos fechados,
Prazer encontrado,
Sentimentos selados.

Corpo colado,
destinos traçados,
amor consumado.

Corpo colado,
Alma impulsiva,
desejo consumado.

Corpo colado,
Desejo fugido,
Corpo consumido.

Corpo colado,
suspiro soltado,
desejo consumado.

Corpo consumado,
Boca beijada,
grito emanado.

Corpo colado.
desejo consumado,
ritmo aumentado,
folego perdido.



quarta-feira, 16 de abril de 2014

do silêncio Até a próxima primavera

E do silêncio se fez o sorriso da primavera, 
Que do próximo movimento de respirar cobri o desejo do novo buscar, 
Travei uma imensa conversa comigo até esta resposta encontrar, 
Que Pra tantos mundos meu olhar nada vale, 
Mesmo que carregue a intenção de toda primavera. 

Não tenho medo de dizer o que acho, 
Apenas me traço com movimentos involuntários, 
Que fazem de mim uma Pessoa esquisita. 
O que em muitas vezes me deixa no chão caída. 

O silêncio cobre o meu peito, 
E a solidão em mim reina,
Mas não há outro conceito, 
Que defina melhor este meu grave defeito. 

E ao mundo pouco importa, 
Se em meu coração um estupido silêncio entra em todas as portas. 
Se um sonho em mim algum dia eu tive, 
Não sei por onde eu o larguei. 
Sei que por noites por besteira eu lamentei, 
E que ajuda certa eu não procurei. 

Se isto é doença ou mera frescura, 
Eu agora apenas desejo a cifra
Que no tom certo me trará a cura, 
De algo que Apenas em minha mente vive.
poderei um dia a mim mesma perdoar? 
Sempre fui aquela que lágrimas desejava não derramar. 

Do tormento que se passa nos meus piores pesadelos,
Não há nada que possa ser apagado dos meus cabelos. 

De pensamentos e vaidades, 
Não há nada que eu queria mais, 
Apesar de sempre me achar não encaixar. 

Sabe o que mais dói? 
É saber que posso ser diferente
Mas há algo em mim que me é impenetrável, 
Algo que sempre busca fugir do contentamento. 

Sabe o que eu não consigo esquecer, 
Todas as feridas são lacradas em meu ser, 
E só alguém que me verdadeiramente ama, 
Vai querer comigo viver. 
Doces mentiras, 
Falhos pensamentos, 
Ilusões, 
Desentendimentos. 

Onde posso encontrar a menina em que eu penso ser?
Do silêncio inquietante, 
Da solidão inadequada, 
Do sorriso mais amargo,
Do inverno sarcástico, 
Da Puma impura, 
Do coração descompassado. 

Se eu escrevesse mil linhas, 
Não seria possível, 
Não seria preciso, 
Vendo que mesmo meu pedido, 
Ele seria interpretado como um presídio. 

Algumas pessoas tem um gosto nada apreciável, 
Gostam de brincar com as pessoas como se um brinquedo fosse. 
Deturpando o que elas dizem, 
Aproveitando pra criar situações constrangedoras, 
Traindo, 
Mentindo, 
Abandonando. 

Não tenho ninguém em mente quando isso aqui escrevo,
Apenas me sinto num pesadelo, 
Quando próxima ao meu aniversário eu me vejo. 
Do silêncio Até a próxima primavera, 
Como assim espero, 
Me sentir novamente como a garota de quinze anos. 





segunda-feira, 14 de abril de 2014

De volta pra casa

De todos os sonhos que tive,
Este foi o que eu quase esperando estive.
Se um dia eu imaginei isso,
Confesso que guardei em um lugar nada preciso.
Só sei que um grande desejo eu nutri,
Que era a única certeza que eu tinha sob ti.

Mesmo com oceanos a distância,
Em meu peito grita a dúvida cheia de ignorância.
Mas tenho saudades,
Tenho o que outrora era felicidade.
Minhas raízes ainda estão bem vivas,
Montar uma vida às vezes gera muita expectativa.
Quem tudo sabe, concerta com harmonia a vida.
Quem com a própria vida epíteto procura,
Saberá que propiciará uma vida de felicidade e não de loucura.

Se assim o penso,
Poderei dizer que em minha vida eu tento a mim um certo compenso,
Mas sonho com o dia de entrar em casa, 
E de ter a certeza que lá eu vou te encontrar, 
Mas mesmo que você não acredite, 
E eu não sei se o que falo é um mero palpite, 
Minha casa por mim sempre vai esperar
E tão repleta de realidade minha vou encontrar, 
Mais felicidade não é a certeza de saber o que vai ver, 
Mas saber que no seu presente um propósito será encontrado, 
Que no seu futuro podes crer, 
Pois não és um ser abandonado,
és um ser encontrado.
De volta pra casa.

domingo, 13 de abril de 2014

Sonhos e pesadelos ep.1: novamente.

Qual é diferença entre sonhos e pesadelos?
Isso depende da maneira em que se acorda.

Sonhos estranhos todos nós temos,  o que se pode variar de apenas um banho em um desconhecido,  ou um vôo ďe longa duração no espaço sideral.
Quanto a este, em que falo agora? Tudo começou quando...

...o medo se passou em mim, criando uma lacuna grossa de insegurança. Uma agonia claramente visível brotava do meu rosto, eu estava, sem dúvida, ferrada.
O tempo não era tão verdadeiro assim, o sonho era movido por pra coisa,  não por ponteiros.  Eu começava a ter dificuldade em respirar, eu sabia que tinha que ir a outro canto, talvez, apenas talvez, eu poderia dali fugir, mas com toda certeza eu seria exposta, e, juro, não gostaria de atrair os olhos humanos pra mim,  isso seria, no mínimo, embaraçoso.

O enterro assustaria qualquer um,  lágrimas trás consigo uma experiência nada agradável.  Quem, afinal, tinha criado este t tipo de coisa?
Fechei meus olhos novamente e pensei: isso não deve estar acontecendo uma vez mais, eu não tenho como acreditar.  Se já havia sido ruim a perda de minha irmã no ano passado , perder meu sobrinho agora estava sendo perigoso.  E eu não iria conseguir passar por isso novamente. 

sábado, 12 de abril de 2014

corpo e mente confusos

Corpo que encorpora,
Corpo que mente, 
Corpo que tudo transforma, 
tudo o que em mim não entende.

Corpo confuso,
Corpo desejado,
Corpo que encorpora,
Corpo que em só trás o contente.

Por que me sinto assim,  meu presente?
O que te trás do passado, ser presente?
O que te faz querer comigo falar,  ser de mente?
O que eu faço com essa curiosidade mega descontente.?

O que faço agora, se eu não consigo essa voz de Minha mente calar?
O que faço pra diminuir esse meu ao de questionar?
Eu não desejo ser assim novamente,
Não desejo ter essa agonia em meu peito.

Se outra vida eu tivesse,
Gostaria de nunca te encontrar,
Pois somente assim eu não teria esta dúvida em mim pular,
Isso não é brincadeira,
Mas eu não tenho ideia do que isso seja

quarta-feira, 9 de abril de 2014

bela bala no peito entre namorados

Não fique assim, ela o disse.
Como assim não ficar?, ela cuspiu.
Eu não posso agora explicar, ele prontamente respondeu.
Eu gostaria de ouvir.
Mas agora não dá.
Por que não.?
Estou ocupado tentando salvar a sua vida.
E como farias isso.?
Apenas tirando a sua atenção do peito.
Do peito. ?
Só algo em que eu pensei agora.
O que queres. ?
Que você não perceba que consegui tirar a bala do seu corpo.
Para, isso dói!
Não.
Eu vou morrer!
Não vai!
Vou sim!
Confia em mim.
Confio, mas não pára de palpitar.
Eu só estou ajudando.
Eu não...
Não tens permissão de dormir.
Eu não vou dormir.
Escutas-me, não podes dormir.
Eu estou sonolenta.
Não podes.
Estou cansada.
Não estás.
Estou sim.
Te darei um motivo pra não dormir.
Qual é. ? diga-me.
Pretendo me casar contigo, mas preciso de você disposta.
Eu sei.
Estou quase conseguindo.
Eu sei...



FIM

Conheces

Conheces o sol?
Conheces a lua. ?
Conheces os pássaros. ?
Conheces profundos lagos?
Andas a passos largos. ?
Conheces teu verdadeiro amado. ?
Conheces a cor dos seus próprios olhos quando Feliz estás. ?

Conheces o que te alegra. ?
Conheces o que trás o sorriso em sua boca. ?
Conheces o que te atrai nas pessoas. ?

Conheces o teu só mesmo?
Conheces a sua ânsia nos descobertos?
Conheces as diversas formas em que falhas com os outros. ?
Conheces a delicadeza em que amas as pessoas próximo a ti?

Conheces o teu pensamento em quanto estás em silêncio. ?

Conheces a tua alma Quando o mundo está em completo tormento. ?

terça-feira, 8 de abril de 2014

Fragmentos: palavras

O que são palavras?
O que são verdades?
O que são mentiras?

Apenas um conjunto de letras, que aliadas a um contexto, aliadas a um sentimento, torna vivo aquilo que nunca soprou, da vida aquilo que nunca respirou. 

entre

Entre após,
Entre todos os amores,
Entre nossos descendente,
Entre os rios e as nascentes
Não existe nada no mundo que justifique o ser carente.

Entre  as ilusões,
Entre todos os sonhos,
Entre todas as espécies de desejos e anseios,
Entre tudo o que se martela em meu peito
Não há nada em que se possa justificar este meu jeito.
Entre os livros e entre todas as ignorância,
Estaria em mim o ser que me ver sem simples discordância.

Entre o que pensei em receber,
Entre tudo o que penso aqui escrever,
Nada posso, se assim posso dizer,
Que entre uma letra e um desejo de te beijar,
Sempre surge algo que me faz não rimar,
Mas que brota em mim o desejo de consumar,
Tudo aquilo que contigo muitos anos estive a sonhar.

Palavras são tão fáceis de escrever,
Assim eu poderia bem mais do que um dia pude viver.

Se já lá o que agora pensei,
Algo em mim fez-me esquecer.

De todos os sonhos em que eu tive,
Foste tu que me fez em muitos sorrir.
Tenho muito a ti agradecer,
Mas estaria sendo egoísta ser a ti nomeasse,
Apesar de sempre ter achado que era a ti que para sempre eu amasse.

Sabe o que é mais estranho. ?
É sentir que a este texto uma musa eu não tive.
Se eu o tive,
Algo em meu ser,
Fez-me certamente esquecer.

Apenas entre. 

sexta-feira, 4 de abril de 2014

O Útimo Adeus - Episódio 3

Já Leu a Introdução, o episódio 1 e o episódio 2?
3 
Dias se passaram até eu perceber onde eu estava. 
Eu estava morto? Em coma? Ou tudo isso fora apenas um pesadelo? Só sei que eu acordei em um campo escuro, repleto de destroços e um cheiro forte de algo em que eu nunca tinha sentindo. Seria o cheiro do desespero? Eu vi pessoas largadas por todos os latos, gente jovem e gente de idade avançada. Todos mortos? Não haveria possibilidade disso, não haveria. 
Eu levantei-me, eu tinha minhas pernas, eu tinha minhas pernas, eu tinha o corpo todo sujo e minhas vestes estavam rasgadas. Bem, eu estava bem. Como? Não havia respostas certas do como, e eu só queria sair dali. Onde eu estava? Comecei a procurar por sobreviventes, mas todos estavam intactos, no chão, como se apenas dormissem. E eu andei olhando, no que se pareceu horas. Um pouco antes do amanhecer, surgiram policiais e, logo em seguida, bombeiros e ambulâncias. 
Eu não entendi absolutamente nada. Eles falavam de um jeito diferente, de um jeito, como se fosse de outro mundo. Tentei falar com eles, mas eles ignoravam-me, como se eles não pudessem me ver, me ouvir e me sentir. 
Agora vibrou em meu ser, o que me fez gritar, gritar tão alto, mais tão alto quanto a agonia que em mim vestia, mas nem eu pude ouvir a minha voz, ela se fora. 
Vi uma porta aberta em um dos carros em que ali se encontrava. Corri e cheguei lá, entrei e sentei. Tentei dirigir, mas não consegui, minhas mãos não conseguiram tocar em absolutamente nada. Eu estava morto. 

Leia o episódio 4 ( em 11 de abril de 2014)

quarta-feira, 2 de abril de 2014

fragmentos: todo os dias

Todos os Dia é um novo começo. olhe para Tudo o que te faz bem,  e o ficarás. 

Kassem

Coisas que provavelmente eu nunca mais vou lembrar.  

Se isto pudesses ler,.  
Te diria que no início sua amizade eu não desejava ter, 
.mas era divertido contigo falar,. 
 Apesar de seu diferente modo de pensar 
Apenas teu adeus posso aceitar 
Enfim nossa amizade foi parar no céu,. 
 E lá fez sua Morada. 
  
Das ist alles. 
---- 
Eu tinha escrito outra coisa, mas por infelicidade dos meus eletrônicos, só consegui recuperar esta parte.  
Se tiveres lido esta postagem no dia 2 de abril, e se por ventura tiveres copiado pra si por lembrança, poderias me enviar? Seria de tão grande utilidade, e com certeza irás ter salvado uma vida.

terça-feira, 1 de abril de 2014

Fluxo de um diálogo

Verdade. 
Mentira! 
Verdade! 
Que verdade? 
Apenas verdade. 
Eu não estou entendendo. 
Eu sei que entendeu. 
Não 
Sim 
Juro que não. 
Não é o que parece. 
E o que é que parece? 
Que estás logrando comigo. 
Não estou 
Como não? 
Como eu faria isso? 
Eu não sei 
e como podes afirmar isso? 
não posso? 
não. 
Não? 
Talvez. 
Por que talvez? 
Tudo pode acontecer, de uma maneira que faça a gente duvidar. 
Posso duvidar de ti? 
As vezes acontece. 
E agora é uma vez? 
Não. 
Ok, se assim você diz. 
Pra onde você vai? 
Vai fazer alguma diferença? 
Sim. 
Apenas vou esclarecer um pouco minha mente. 
Não, fique. 
Por quê? 
Por favor. 
Não me pa isso. 
Você é tão infantil. 
Sou? 
Sim. 
Se assim o diz, assim deve ser. 
Espera, desculpa. 
Desculpa? 
Sim, desculpa. 
Pelo que? 
Eu não queria te contar. 
Se não querias me contar, bastava dizê-lo. 
Mas você iria se chatear, 
não ia.  
ia. 
Céus! 
Inferno! 
Ei! 
Oi?! 
Está tudo bem? 
Sim. 
Sério? 
Não sei. 
Não sabes? 
Sim. 
O que tens? 
Dúvidas. 
Que tipo de dúvida? 
Todas. 
Todas?! 
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Fluxo de um diálogo poderia ser qualquer diálogo. 
Quando eu escvrevi pensei entre um casalonde a primeira é uma garota e o segundo um garoto.
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