sábado, 19 de maio de 2012

Lingerie Azul Marinho

Era um adorno no meu corpo... Cheio de pequenos laços, cheios de fitas que seguravam cada peça... Pequenos pontos azul piscina sobre o meu colo... Era um azul marinho delicado... Eu não sabia dizer como uma peça de um tom daquele conseguia delinear meu corpo tão perfeitamente. 

Meus olhos estavam vidrados na imagem em que eu via no espelho. Como um tecido poderia ser tão macio? Aquela seda me dava vontade de passar, nem que fosse sorreteramente, a mão sobre a minha cintura. As fitas que seguravam a parte dos quadris e que passava sobre minhas pernas, reluziam como ouro... Brilhava... Será que isso provocava, de fato, alguma coisa sobre o homem? A janela abre de repente, o vento que entrou foi forte e acabou desatacando meus cabelos, fazendo, assim, meus cachos cobrir os detalhes que ficavam entre meus seios... Se eu ai ter coragem de vesti-la na frentee de alguém? Não sei. Mas o tom azul marinho me dava vontade de navegar, de mergulhar num mar, de sentir a brisa fresca do mar na minha pele... Olhei tudo. O babado curto que recaia abaixo das costas nua me dava vontade de dançar, de ver até onde ele poderia subir. Minha nova lingerie Azul Marinho.

O Deserto

Estava caminhando a 7 dias... Dias pesados... eu estava tonta... Muito tonta... O que eu poderia fazer, afinal, eu estava completamente perdida. Perdida... Perdida num dos lugares mais desconhecidos da face da terra... eu estava tão intricada em meus pensamentos que eu não conseguia me despertar para esse mundo novamente... Procurei por tanto tempo a água para sanar a minnha cede, que nem reparei as opções que eu tinha... Eu fui teimosa a tal ponto que ignorei a água de coco, ignorei as frutas secas, ignorei até os cactos... As nuvens... As nuvens não ajudavam... Era sete dias... Eu estava no sétimo... Cansei, meu objetivo era chegar ate alguem... sendo que esse alguém sempre me jogava neste deserto.

domingo, 13 de maio de 2012

Amir

De todas as noiter que eu te esperei,
Hoje sei de sua vivacidade,
Nasceste com o destino nato,
Nem sei quando comecei a te amar.
Nesta tua noite, O sol iluminou até a mais amarga segunda-feeira,
Até a estrela mais opaca brilhou.
És doce, és guerreiro! És um exemplo de garoto!
Não temas, não sofras!
Tão pequeno.., de tao longe desejado.
És um Abramowicz.
Seu nome, sua vida, você vingará!
Ao nobre pequeno

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Instante

Ela - Amor...
Ele - diga!
Ela - eu preciso fazer uma coisa... e é só com você, só com você.
Ele - só comigo?
Ela - é... sabe.., aqui tem muita gente. Vão reparar.
Ele se aproxima dela e chega bem próximo a orelha esquerda dela, quase encostanto os seus lábios lá.
Ele - é urgente, coração?
Ela - e como!
Ele passa a mão sobre os ombros dela, beija rapidamente a bochecha dela,a ajuda levantar...
Ele - você quer ir pra onde?
Ela aponta para o meio do nada. Entre as arvores daquele imenso jardim.
Ela - eu quero ir ali pro mato.
Ele - Fazer o que, amorzinho?- ele disse isso de uma maneira tão carinhoso.
Ela - eu preciso movimentar o mato.
Eles caminharam, ela estava com um pouco de pressa, até o local onde ela havia apontado. Ele para, pega em um dos botões da camisa, e olha diretamente nos olhos dela.
Ela - tas com calor, querido?
Ele - estou esquentando aqui.
Ela - esquentando? - Ela se aproxima dele, levanta a mão e toca em sua testa- será que você vai ficar doente?
Ele pega a mão dela, a que estava na testa dele, beija e continuar a encará-la. Ela sorrir e diz:
Ela - pronto. Podes ficar ai.
Ele, sem entender, pergunta:
Ele - Aqui mesmo?
Ela - é... fica olhando pra ver se alguém vem... Não quero que ninguém veja eu fazendo xixi...

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A Deserdada

- Pai... Então você... A casa... - O que tem a casa? - A casa é de sua esposa? Tipo...Fisicamente... Ela está no nome dela? Ou isso é uma espécie de metáfora? ... Digo isso por imaginar que... Que quando se casa... A mulher... De certa forma... Toma o controle da casa... - Não. Ela é dona desta casa. Está no nome dela. - Na hora do acordo com a tia... Vocês uma parte a sua irmã mais nova... Sua esposa ficou... Com a casa... - Mas ou menos isso. De repente ela para de falar, olha para uma direção cega por alguns instantes. Ao voltar a olhar pra ele, os olhos estavam marejados de lágrimas. - O que foi que eu fiz, pai? Para o senhor ter me deserdado? Sou filha do primeiro casamento, mas me sinto como se eu fosse um caso... Eu envergonhei-te de alguma maneira? Meu sentimento de escanteamento já vivia comigo, e agora?