- Posso dizer qualquer coisa aqui? - Ela disse.
- menos anunciar que tem um cururu aqui - ele disse.
- Então... eu posso ficar calada? - Ela disse, abaixando o tom em algumas oitavas.
- Qual parte de 'dizer' eu não entendi? - Ele fez aquela cara de incompreensão que eu não gostava.
- Posso ir pra casa? - Ela disse, olhando para baixo. Não estava com coragem de olhar pra ele. Provavelmente ele iria dá um carão só por ela ter pedido isso.
Ele se ajoelhou, ficando com os olhos na mesma altura que a dela e disse: - você pode ir para casa sim - falou isso bem calmo e só continuou a falar quando ela olhou para ele - mas muitos estão esperando que você fale. Não vai ser difícil. Não precisa ter medo. -
- Você vai rir? - ela disse, com uma pontinha de dúvida na voz.
- Só se você quiser que eu ria, Sophia. - ele disse isso com o olhar mais tranquilizador possível. Passou a palma da mão direita sobre os cachos de sua filha. Ela riu. Foi uma excelente oradora da turma de alfabetização da Escola saber.
< moral: As vezes só é preciso de um empurrãozinho para as coisas darem certo >